sexta-feira, 20 de julho de 2012

Fora de área - Salão do Automóvel 1990

No Salão do Automóvel de 1990 os fabricantes dos Fora-de-séries já estavam ameaçados. Ninguém esperava a abertura dos portos tão rapidamente, pegando essas fabricas de calça curtas. Até então reinavam no mercado da exclusividade e novos projetos estavam surgindo. A Puma vinha se erguendo do renascimento em 1988 na Alfa Metais. Nem presença marcou nesse salão. 
Um dos projetos audaciosos era o Aurora, projeto de Oduvaldo Barranco. Suas linhas eram baseadas na Ferrari F40 e tinha motor VW refrigerado a água. Nem chegou em produção continua, sendo produzido dois ou três automóveis.
 Outro lançamento era do fabricante mineiro Farus, era o Farus Quadro, um esportivo 2+2 com motor na dianteira.
 O Hofstetter já era bem conhecido, mas continuava empolgado. O único problema era o preço alto.
 O tradicional fabricante gaúcho lança o Miura dos sonhos, o modelo X8, com direito a neon, portas com acionamento por controle e computador que falava. Mas nem esse modelo salvou o Miura dos importados.
 O irreverente Gurgel com seu derivado do BR800, o Motomachine, alegre, colorido, transparente e pequeno. Todos gostaram, mas só para ver, as vendas foram baixas em comparação a outros modelos Gurgel.
 E por último, o desconhecido Sabre, fabricado pela L'Autocraft  de São Bernardo do Campo-SP. Esse esportivo luxuoso com mecânica Chevrolet 4100 era para concorrer com o SM, Lafer LL e Phoenix, mas não chegou a ser produzido em escala.

7 comentários:

Glauber disse...

O pai de uma amiga minha tem um motomachine novinho, só as rodas estão alteradas... vou te mandar uma foto por e-mail!

walter ramos disse...

Esse modelo Aurora é bonito mesmo.
Até nos dias de hoje , chamaria a atenção se nos deparassemos com ele nas ruas.
Estilo bem esportivo.

Walter

gabriel disse...

O
oto
achine deveria ter sido o carro de entrada no mecado de acrro com mecanica propia para a gurgel, mais ai ele tentou bater de frent com os garndes novamente e os importados e não deu para a gurgel. hoje com este trasito caotico que vive São Paulo ele seria o carro ideal para chegar e sair rapido e parar e sair sem ser importunado pois as vagas estão cada vez mais raras e o conbustivel tambem. já pensaram quanto ele faria com 1 litro se ele tivesse o sistema de injeção da kombi só para exemplificar. quantos kilometros ele não faria. tai felipe vamos vêr se alguem se habilita colocar injeção no br 800 e fazer um teste ou num motomachine e tiramos a prova de que o gurgel estava certo nesta empreitada que ele levantou mais os governantes que não governam nada não fizeram a exemplo do projeto que gurgel tinha para o Ceará e não foi em frente emuitas outras coisas,na minha cabeça se eu tivesse conhecido o gurgel nesta epoca eu teria dado outra direção para ele pra este moto macahine,mais tube bem deus sabe o que faz. Um abraço a todos e que elenos abençoe

Mario disse...

Eu me lemnro deste salão.. foi realmente o melhor e o ultimo que foi possivel apreciar a industria nacional de esportivos.
O Aurora na realidade tinha motor do Monza com cilindrada aumentada.
Lembro tambem do motomachine e do Br 800
A Gurgel nao deixou seus carros abertos para o publico.. estavam trancados com manequins dentro. Isso causou uma pessima impressão - Pelo menos para mim

Felipe Nicoliello disse...

Gabriel,
O primeiro a ferrar com o João Gurgel foi o ex-governador do Ceará Ciro Gomes, então Ministro da Fazenda do governo Itamar. Em entrevista no Jô Soares, Gurgel falou do acontecido para não conseguir montar a fabrica no Ceará, a qual já haviam prometido recursos. Depois a Gurgel foi quebrada, e nunca houve uma explicação coerente para pedirem sua falência. Então, como sempre, os interesses dos poderosos sempre prevalecem e Gurgel foi um grande guerreiro, lutou até onde pode. E ninguém pode defender as atitudes do governo, pq no caso dos carros populares, que era para ser dado incentivo ao carros econômicos, que a principio era para ser até 800 cc, de repente a lei mudou e passou a ser 1.000 cc, pq se fosse só até 800 cc, iria favorecer apenas a Gurgel e no novo caso, ajudou a Fiat, que já tinha o motor 1050 cc, que foi reduzido as pressas e as outras montadoras fizeram o mesmo. Nisso, aquilo que seria uma vantagem ao carro urbano da Gurgel virou um mico, pq o BR800 era mais fraco e não tinha a vantagem de ser bem mais barato.

Anônimo disse...

Fui neste salão, bons tempos em que tinha novidades no mercado de carros fora de serie, gurgel morreu porque não dava para concorrer com os unos milles da vida, eu já tive dois br800, toda vez que freava o vidro fechava,rs,fora o calor que é dentro uma torradeira, mas nós gostamos mesmo de uma boa tranqueira,rs

Varlei Martines

Daniel Pardo disse...

Eu me lembro desse Motomachine, acho que se bobear eu fui nesse salão do automóvel de 1990, pois eu tinha 14 anos nessa época e eu me lembro disso que o Mário falou ai em cima, por acaso não foi nesse salão que tinha uma minivan baseada no BR 800 que no lugar do interior tinha uma espécie de compensado na altura dos vidros das portas tampando o que estava abaixo da linha dos mesmos???