sexta-feira, 28 de novembro de 2014

A COMPRA DE UM VEÍCULO ANTIGO

Parece simples, gostei e comprei, mas com certos cuidados podemos eliminar problemas indesejáveis.

A primeira reação da paixão por um “antigo” é o desejo de possuir, muito fundamental. Antes que a emoção tome conta de seu desejo, raciocine e faça muitas pesquisas para saber mais sobre o automóvel desejado, como preços, raridade, problemas e manutenção.

Entender sobre o modelo desejado é imprescindível para uma compra de sucesso. Hoje, através de sites, podemos aprender muito sobre qualquer modelo de automóvel antigo.

Aprender sobre originalidade, um pouco da história do modelo e, principalmente sobre o valor dos carros praticado no mercado ajudando na conquista, pois conhecerá os extremos máximos, que seria o veículo mais original, seu valor e sobre a história, quantos foram fabricados, para se ter idéia da dificuldade de encontrar peças de reposição. Tudo é relevante.

Em seu pensamento, primeiramente monte um plano para seu veículo antigo:
- qual a utilização?
- qual o ano e modelo mais desejado?
- qual seu tempo disponível para essa empreitada?
- qual o capital máximo a ser investido?

A partir destas respostas veja qual veículo se encaixa o máximo dentro delas.

A utilização é importante, pois saberá se o veículo vai rodar muito, pouco ou quase nada, para certos modelos o quase nada é essencial. 

O ano e modelo é para saber em que valor se encaixe seu sonho, sendo viável ou não e aquilo que se vai encontrar no mercado à venda. Modelos com bastante ofertas tendem a diminuir o valor.

Tempo disponível é para saber se compra um veículo restaurado ou para restaurar. Se não tem tendo para “correr atrás” de uma boa restauração, opte por carro restaurado. É fundamental conhecer profissionais capacitados em restauração de veículos antigos da marca para se dar bem em uma restauração. Fazer serviços duas vezes ou gastar muito são os problemas mais comuns.

O teto do capital a ser empregado é muito importante, porque vai determinar a viabilidade do projeto. Imaginar que se consegue fazer algo com apenas uma ideia superficial de valores, resulta em projetos encostados e inacabados. Pesquise muito antes de comprar um veículo a ser restaurado. Saiba antes de tudo o que tem para fazer e quanto custa de verdade cada item. Tem pessoas que pesquisam preços de pintura automotiva em qualquer oficina, mas para “antigo” os valores podem ser diferentes. Uma cor especial que não fabrica mais ou uma preparação de pintura mais trabalhosa podem encarecer o serviço.

Uma vez tomadas as devidas providencias com seu celebro e as contas – a matemática é exata, não mente – vamos ao trabalho de comprar.


Comprar um veículo restaurado parece ser mais fácil, mas é um engano. Primeiramente deve-se entender muito do modelo para saber quais itens não são originais e quanto custará para deixá-lo impecável. Precisa também de um olhar mais técnico para saber se funilaria e pintura foram realizadas a contento. Se não entender do assunto, pague um profissional de confiança para lhe dar um laudo. Pague, porque pedir favor não responsabiliza o profissional, esse custo será um dinheiro muito bem gasto, pois evitará entrar numa fria. Já vi um caso de um carro se dizer todo original de fabrica, inclusive com os selos nos vidros. Um profissional após vistoria condenou o carro que tinha sido todo repintado, descobrindo também que os selos eram falsos, reproduções caseiras e coladas nos vidros. Quilometragem marcada no velocímetro pode ser facilmente adulterada, inclusive em veículos atuais onde impera a eletrônica.

O veículo aprovado pelo profissional e com cerca de no mínimo 90% das peças originais ou reproduções de qualidade, você estará no caminho certo. O valor pago deverá estar dentro da pesquisa inicial sobre o modelo restaurado.

Comprar um veículo para ser restaurado depende muito de uma boa compra. Não é qualquer veículo que se pode restaurar, alguns não tem potencial para tal sendo lixo mesmo. Lixo porque não tem nada que se aproveite. Não se esqueça que fibra apodrece, quando as camadas de manta de fibra de vidro começam a se soltar, como um doce folhado, pode esquecer, não tem solução.
Há casos em exceção de modelos muito raros, que mesmo estando quase destruído vale o investimento, porque seu valor final é muito alto.
Mais uma vez a matemática entra em ação, veja o preço final de um modelo bem restaurado e quanto custará o investimento total, o resultado será decisivo.
Primeiramente deve-se olhar sua carroceria, se ainda está em sua forma original, que não tenha modificações substanciais, pois retornar a originalidade pode custar muito caro.
Outros dados são: a quantidade de peças originais existentes (restaurar uma peça original sai mais barato que comprar uma reprodução, além do material ser de melhor qualidade e fiel); a mecânica e chassi devem ser originais, mesmo que em mau estado; detalhes de acabamento, como frisos, às vezes difíceis de encontrar, devem ter ou estar no lugar, mesmo que em péssimas condições, pois a partir dessas peças podem ser reproduzidas outras exatamente iguais; e o principal de tudo, a documentação que deve constar corretamente a marca,  ano, modelo do veículo e estar livre de impedimentos.

Como mencionei antes, o veículo a ser restaurado exige dedicação e tempo disponível para “correr” atrás de tudo que possa necessitar.

A escolha de profissionais para cada serviço também é muito importante para evitar desgosto, transtornos ou custos altos.

O profissional deve comprovar sua experiência no serviço a ser executado e no modelo de veículo. Também procure saber de outros clientes sobre seu trabalho. O mesmo vale para aquisição de peças de reprodução. Hoje no mercado existem muitos que só se preocupam em vender e esquecem da qualidade. De vale comprar uma peça barata que não se consegue usar porque não encaixa ou que o acabamento ficou péssimo e acaba jogando fora? Da mesma forma existe empresas que vendem peças caras e se enquadram na situação anterior. Nem sempre preço é associado a qualidade. Qualidade antes de tudo são as peças originais de fabrica. Quando o fabricante se propõe a fabricar com a mesma qualidade da peça original tem o sucesso de vendas. Um puxão de orelha para os fabricantes que insistem em achar que se a peça for cara não vende. Isso pode acontecer com veículos velhos, mas não com veículos antigos. Veículo antigo é aquele que deixou de ser um veículo velho e para ser colacionável.

Então o segredo de tudo está em pesquisas, muitas pesquisas e claro, na matemática. Lembrando sempre que a originalidade em todos os sentidos possíveis é primordial. Para veículos modificados, hots e outros a formula é outra, bem mais complexa, pois o referencial é determinado pelo executor ou proprietário, que nem sempre vai de encontro ao gosto da maioria das pessoas.

Um bom trabalho.


Selo Puma - Comemoração 50 anos (2)

Os selos "50 anos da Puma Indústria de Veículos S.A.",  já estão nas mãos da maioria dos compradores, que receberam ao longo deste mês.  
A folha com doze selos esgotaram. Agora somente com a sorte da desistência de alguns.
O selo representando o começo das atividades da Puma, inicialmente como Lumimari em 1964, mostra em primeiro plano o GT Malzoni #10, um dos três primeiros veículos encomendados pela Vemag-DKW. Um vencedor das pistas. Sucesso tal, que a Lumimari inicou a produção em série do GT Malzoni Espartano no ano de 1965, para atender outros pilotos e depois ao público em geral com a versão Luxo. 
Logo atrás, um Puma GT (DKW), veículo este que não brilhou nas pistas de corridas, pois seu curto período de produção (apenas 1967) não houve tempo hábil para o desenvolvimento. Mesmo assim, alguns Puma GT participaram de competições regionais e de rally. 
Por último, na imagem do selo, o Puma GT Espartano #8, o primeiro Puma Volkswagen de corrida. Um grande vencedor de provas, que abriu caminho para tantos outros Puma nas pistas de todo o Brasil, sempre com muito sucesso.
 Na folha dos selos encontramos duas assinaturas, sendo a primeira de Wagner Pinheiro de Oliveira, presidente da empresa CORREIOS. A segunda assinatura de Francisco de Assis Leme Franco, presidente da CMB - Casa da Moeda do Brasil. Sim, os selos são impressos na Casa da Moeda em Belo Horizonte-MG. Ainda nesta folha encontramos o código de barras numerado (canto superior esquerdo), referente a produção,  não representando alguma numeração de folha, pois todas tem o mesmo número. Por fim, o ano da confecção, 2014, no canto inferior esquerdo.


terça-feira, 4 de novembro de 2014

Selo Puma - Comemoração 50 anos

A ideia surgiu do meu amigo Flávio Braz no final do ano passado. Em negociação com a empresa Correios, enfim saíra o Selo Comemorativo aos 50 anos da Puma Indústria de Veículos S.A. A arte criada  por Felipe Nicoliello e Bruno Nicoliello, desenho com lápis no papel e inclusão digital dos emblemas e texto, representa o nascimento da Puma, através dos Malzoni de corrida, depois a evolução para o Puma GT (DKW) e por fim o primeiro Puma GT (VW), que ganhou o mundo com seu belo desenho. Todas as histórias do sucesso da Puma começaram nas pistas, sem o que, jamais alcançariam em tão pouco tempo, o sucesso mundial.

O selo será vendido por cartela, com doze selos destacáveis e uma imagem maior do selo. São válidos para uso nas correspondências, com valor de 1° porte - Carta Comercial Nacional.
A folha com doze selos custará R$ 50,00 (já incluso o envio) e as reservas podem ser feitas através do e-mail:  felipenicoliello@gmail.com e título "Meu Selo Puma - (nome da pessoa)". Neste e-mail colocar endereço completo, com CEP, Cidade e Estado.

A edição foi limitada em 100 folhas, das quais 10 folhas já estão reservadas.

sábado, 1 de novembro de 2014

Puma+Arts - Puma 50 anos

Nasceu nas pistas para ganhar o mundo - 50 anos de história.

História Puma - Motor boxer 8 cilindros

Esse motor boxer a ar de 8 cilindros e 3.200 cc  foi criado pela Puma em 1971, pelo Eng° Milton Masteguin, sócio-proprietário da empresa. 
Motor Puma 8 clindros
 O motor foi montado em uma plataforma de Karmann-Ghia e segundo Newton Masteguin, filho de Milton, que nos conta:
"Eu testei esse motor com meu pai, em um chassi de KG e os bancos, mais nada, em plena Avenida Presidente Wilson! Baita loucura. Felipe, era colocar qualquer marcha, soltar a embreagem e as rodas dianteiras saiam do chão!!! Se tivesse evoluído..."
Realmente Newton, se tivesse evoluído seria o caminho seguido pela Porsche anos antes, tanto que já falavam que o motor 8 Puma seria o Porsche nacional. A ideia foi juntar dois blocos de motor VW soldados, com apenas um eixo virabrequim, um eixo comando, um distribuidor e quatro carburadores Solex 32. O virabrequim e comando eram fabricados pela Puma, sendo o comando baseado no Comando Puma P3.
Hoje, existe um motor boxer a ar de 8 cilindros no Museu do Automobilismo Brasileiro do Paulo Trevisan, em Passo Fundo-RS. Eles achavam se tratar do motor dos irmãos Jamaro, mas assim como o motor dos irmãos Fittipaldi no Fitti-Volks, eles utilizavam um acoplamento por junta elástica entre os motores e não soldados os blocos.
O Dr. João Cesar Santos me enviou as fotos abaixo do motor existente no Museu e claramente observamos se tratar do motor Puma 8 cilindros.
 Com apenas um distribuidor...
 ... E blocos soldados.

História Puma - Montagem GTI / GTC

As imagens circularam as redes sociais há algum tempo, sobre a montagem dos modelos Puma GTI e GTC. Tentei em vão localizar a área fotografada, com esse teto baixo, mas ninguém da turma antiga soube dizer. As fotografias devem ser de 1981 ou 1982. Interessante notar o teto solar SlideAway (corrediço) no Puma branco.
Outro fato são as cores, diferente do que muita gente pensa, a cor mais preferida sempre foi o branco. Cores metálicas e escuras eram em menor número.