O belo Puma GTE 1974 recém restaurado é do meu amigo Mazinho de Criciúma-SC. As imagens são inaugurais, pois o Puma apenas participou do XV Encontro do Veteran Car Club de Criciúma em Termas do Gravatal-SC, no último final de semana.
Gostei bastante da restauração, quem te viu, quem te vê. Ah, a placa é sensacional, como manda o figurino, com o ano do automóvel. A cor branca, que está na moda atualmente na Europa, fica muito bem no Puma "tubarão". Na época era uma das cores preferidas para automóveis compactos, médios e esportivos, seria como hoje o prata. A justificativa para isso era porque o branco não queimava, já que as cores médias e escuras perdiam seu brilho depois de quatro a cinco anos e no caso de qualquer vermelho, marrom, verde e azul escuro chegavam a desbotar.
O Puma branco é sóbrio, mas ao mesmo tempo se destaca. E Mazinho seguiu as regras impostas pelo Puma Classic, originalidade absoluta e foi além, se tornou meu adepto, com espelho somente do lado do motorista, como era.
Uma coisa muito comum nas restaurações de GTE desse período é não pintarem a saída do ar interno de preto, mas meu amigo seguiu a risca.
Outra coisa importante que também era comum naquele tempo são as rodas todas iguais, com a mesma tala, porque as traseiras tala 7" eram opcionais, mas nem todo mundo pagava. As rodas estão corretamente com o polimento e pintura em preto fosco automotivo. Quando falo em preto fosco automotivo, coloco esse nome comprido, porque existe o preto fosco para construção civil e não é igual, desde a qualidade da tinta como a aparência.
Como padrinho da criança, eu gostei muito.
Apenas o volante que já reclamei com o pai da criança, que não é original, pois do GTE 1973 a 1974, o volante era 340 mm e esse é do modelo 1972 com 320 mm. Mas isso se justifica porque o Mazinho é alto e dirige com o pescoço dobrado, então não bate nas pernas dele, mas se comprometeu a pintar novamente o volante, porque está com tinta brilhante, possivelmente preto fosco vinílico (tinta moderna) e na verdade deveria ser preto fosco... AUTOMOTIVO!
Gostei de ver o conta-giros original, sem as marcas de limite em amarelo e vermelho, que só vieram em 1975.
Internamente mantém sua característica: originalidade. O belo console original, as calhas de chuva, tudo perfeito! Um senão, os acabamentos das maçanetas de abertura da porta estão cromadas e eram em preto, aquele que já cansei de falar.
Os bancos, apesar de não ter o tecido central original (se existisse para comprar ele colocaria), mantém o desenho e formato de fabrica, assim como as laterais de portas e traseiras.
Os limpadores na cor alumínio uso geral, frisos polidos e lavador (brucutu) originais.
Uma coisa que me chamou atenção foi o porta-malas, sempre relegado a segundo plano, nesse caso o Mazinho caprichou ficando exatamente como era, inclusive a cor do tanque...
... E das dobradiças do capô. O reservatório de água do lavador de para-brisa, não é mais o modelo original, mas não compromete por ser muito similar.
E aí estão os protagonistas daquela foto do "O que pensam disto?". Claro que aquela imagem foi editada para não parecer que estavam em cima de uma plataforma de reboque.
Mesmo assim eu teria ficado com o coração na mão, mesmo durante a viagem.
Agora vejam como estava o GTE quando o Mazinho comprou há alguns meses. Na fotografia parece muito bom, mas não para os padrões do proprietário, que até os para-choques trocou.
Parabéns Mazinho, um belo trabalho.