segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Natal 2013



quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Foto de época - GTS 1977 dourado

O meu amigo Glauber Acquati mandou a foto de um GTS 1977 que foi do amigo dele, o Peppe, no ano de 1987. Ele diz que era moda naquele tempo os espelhos tipo BMW e as maçanetas de Alfa, mas mantinha os faróis amarelos, de uma moda mais antiga (1973 a 1979). A cor não dá para saber qual é, devido a qualidade da imagem, mas pode ser o Ouro Puma Metálico ou Ouro Imperial Metálico GM 1977.

Puma Hot - GTE 1978

O Puma GTE 1978 é de Luciano Rebouças Guimarães, de Salvador-BA, que o deixou ao seu gosto. Sua história de mais um apaixonado pelo Puma, das muitas histórias que conhecemos, as quais existem por causa da atração que o felino nos transmite.
 Ele nos conta sua história:
Adquiri há quatro anos, onde fiz algumas modificações para deixar ao meu gosto, com aspecto de esportivo mais atual, porém, mantendo as linhas originais. Gosto muito do Puma Classic de onde tiro muitas dúvidas. 
Pretendo parar o Puma no final de 2014 para uma pintura geral, corrigindo também algumas imperfeições na fibra. Talvez mude a cor para o laranja ou branco. O vermelho é muito bonito mas tem uma associação com a Ferrari muito grande, coisa que por sinal fico irritado, quando chamam de "ferrarizinha". Não que eu tenha alguma coisa contra Ferrari. Chego até a brincar respondendo: - Trata-se de um Puma, se fosse prá chamar de Ferrai, eu compraria uma" rsrsrs. Sonho ter um Puma desde a infância, lembro-me como hoje a primeira vez que andei em um, eu tinha 17 anos. Um dos gerentes de uma empresa que eu era estagiário tinha um GTE na cor branca, do mesmo ano do meu. Peguei uma carona até o ponto de ônibus e desse dia em diante ficou a certeza que um dia teria o Puma. Demorou 20 anos, mas cheguei lá. Esta paixão já está transferida para minha filha de 4 anos, que sempre pede para levá-la à escola de Puma.
 O que vocês acham: O Luciano deve trocar a cor do Puma?


quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Puma pelo mundo - GTE 1971 na França

Este Puma GTE 1971 esteve à venda no ano passado em uma loja na cidade de Sorocaba-SP e anunciado nesse site grafado nas imagens. Muitos me perguntaram se não era um Espartano, mas logo demonstrei aos amigos que jamais poderia ter sido o raro modelo, pois a inclinação do vidro traseiro está mais para Ferrari Dino, do que para o Espartano 1971 de capô grande. Além disso, existem muitas modificações que não existiam naquele tempo e se por um acaso este Puma foi um Espartano, agora já era, nunca mais voltará a ser. 


Ontem eu recebi um e-mail do meu amigo Antônio Mendes, de Fortaleza-CE, proprietário da Antique Auto Parts. Nesse contato ele me fala que no mês de julho deste ano, chegou a atender um pedido de peças "Made in Ceará" para o senhor BH Wattinne da França: uma plaqueta de identificação, calotinhas, emblema do capô e duas caras da fera para serem aplicadas nas laterais do seu Puma. Ficou feliz por registrar a primeira exportação de sua empresa. E o Antônio continua: - Contudo, durante esta semana recordei desse pedido e solicitei ao Sr. Wattine que contasse um pouco mais da história de como seu Puma chegou a França. E assim o fez, me enviando fotos de sua bela garagem.
Vocês não podem imaginar, nem eu imaginava olhando as fotos do site de venda,  tamanha a modificação na carroceria do Puma GTE. Com as fotografias enviadas pelo Sr. Wattinne, em melhores ângulos, vemos que o Puma estufou nas laterais. 
Minha opinião? Tem pessoas que quando morrem deixam um vazio muito grande na gente. Agora, tem certas pessoas que quando morrem fazem um baita favor.


A história do Sr. Wattinne, com as palavras corrigidas na redação:
Não é muito fácil para mim, porque esqueci todo meu português desde que morei na Bahia.
No verão de 2012, eu vi o anúncio do Puma no Maylaski Automóveis em Sorocaba.
Levou quase nove meses para finalizar o preço, registro da loja ao sistema RADAR, as formalidades brasileiras para exportação, etc., até chegar na minha casa!
A loja só pode entregar o Puma até o Porto de Santos, apenas no início de abril de 2013.
Foi em um navio de Santos até o Panamá e um segundo navio do Panamá até Zeebrugge na Bélgica, próximo a minha casa na França.
Eu peguei o Puma só em junho de 2013.
Já paguei os impostos alfandegários do Puma na França e agora eu posso registrá-lo com placas francesas. É triste para o brasileiro não ter o registro de 1971, que naturalmente não posso guardar. 
Já testei o Puma na estrada. Eu precisava limpar os carburadores, porque o motor não girava muito bem. Realmente o estado dos carburadores era deplorável, talvez porque estivesse guardado por muito tempo sem funcionar. Também troquei o distribuidor por um novo.
As diferenças de carroceria foram efetuadas por um artista que já é falecido. O último dono não conheceu ele, que me forneceu fotos do estado em que estava quando comprou. Quando comprou o Puma, ele estava jogado em um terreno sem cobertura. Mesmo assim o proprietário não queria se desfazer do veículo. Ficou cinco anos para deixar no estado final. Eu nunca vi nada parecido ou similar.
Você talvez se pergunte por que eu queria comprar (ainda mais importar) um Puma.
A razão é simples, eu vivi em Salvador, na Bahia entre 1972 e 1973, onde eu vi pela primeira vez um Puma e gostei muito.
Infelizmente naquela época eu tinha uma criança de um ano, não sendo muito prático com só dois lugares. 
Nesse tempo, eu tinha um Fusquinha e depois um Fuscão, também amarelo.
Abraço
BH Wattinne

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Puma GT DKW 1967 - A Catedral - parte 1

O Puma GT DKW 1967 n° G1043 pertence ao Dr. Zanetti, que ganhou de seu pai ao entrar na faculdade de Medicina. Em outubro de 2007, ele deixou o Puma nas mãos de Hélio Claro para restauração, o qual somente desmontou algumas partes.
 Extremamente original, o GT DKW ainda exibia a placa amarela, que deixou de existir em 1994.
 No porta-malas vemos o detalhe do quantil já utilizado nos primeiros modelos.
 Esta imagem do forro de porta já foi utilizada para ilustrar matéria sobre o assunto, para demonstrar como era a forração. Nela falta apenas o friso cromado superior.
 Apesar dos bancos terem encosto de cabeça, sua estrutura e desenho ainda permanecem originais.
 A parte interna da porta, onde vemos que a estrutura de aço é bem diferente dos modelos GT 1500.
 Opcionalmente, o proprietário poderia escolher o console grande, que além de charmoso, ostentava um lindo cinzeiro.

 O painel de imitação de jacarandá contornado por friso de alumínio polido, assim como a tampa do porta-luvas, mantém suas características, instrumentos e botões originais.
 Os instrumentos eram da linha DKW, mas o conta-giros central, exclusivo Puma.
 Apesar das marcas do tempo, amarelado e com manchas, o teto ainda era o original, com o friso central.


 O detalhe do botão de abertura do porta-malas.
 Apenas as bolhas foram retiradas no passado.
 As calhas de chuva e quadros de portas, originais.
 Limpadores exclusivo da linha Puma, tinham como base, os encaixes das hastes e pinos da linha DKW.
 O motor 2 tempos DKW, com bomba d'água - exclusivo Puma - devido ao deslocamento do radiador.

 Após o curto período na oficina do Hélio no Ipiranga, o Puma foi removido para a Rubbo SP, na Vila Maria, em São Paulo-SP.
 Onde seria feita a restauração da carroceria e pintura.
 E o Puma começou a ser desmontado.

 Seu chassi foi retirado da carroceria para ser encaminhado a um especialista em mecânica DKW.

 E a carroceria recebia o tratamento ideal para recuperação da fibra.


Após algum tempo, a carroceria pronta, ficou esperando a restauração da mecânica, com isso houve a paralisação dos serviços e ganhou o injusto apelido de Catedral - porque nunca fica pronta.
Mesmo sem  eu ou o proprietário gostar desse apelido, o Catedral será conhecido mundialmente, por causa do seu apelido e sua interessante  história, que começou hoje.

Reportagens - Leão da Montanha

No jornal "O Globo" de janeiro de 1967 a matéria "A Triunfal Trajetória do Leão da Montanha", contando a corretíssima história do recém lançado Puma. Não citam o autor da reportagem, mas este escreveu com o coração, além de relatar fatos históricos corretos, comenta com muita precisão as alterações do Puma GT em relação ao GT Malzoni.
 A matéria é tão boa, tão perfeita, que vale a pena ler na íntegra, ampliada abaixo.
Agradecimento ao meu amigo Eduardo Tonin pelo achado histórico.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Eventos - Águas de Lindóia 2014?

O maior evento do Brasil de antigomobilismo vai mudar de cidade. Havia rumores que se confirmaram hoje no site do evento. Em 2014 será na cidade paulista de Campos do Jordão. Aquele nome forte, que ficou conhecido por anos, Águas de Lindóia, terá que mudar na boca do povo. Não será nada fácil, porque o nome do evento Encontro Paulista, nunca foi popularmente conhecido e chamá-lo de Campos do Jordão será difícil assimilar.
Seja como for, vamos ter que alterar a agenda e procurar ganhar mais dinheiro, pois a linda cidade de Campos do Jordão é das mais caras do Brasil. E ainda por cima, nesta data de quinta-feira, proporcionando  um feriado prolongado, com o frio chegando, tudo naquela cidade fica mais caro. Já as reservas de hotéis devem ser feitas com muita antecedência. Acredito que o evento será elitizado, com um público menor, mas com mais qualidade. Espero que o evento continue fazendo muito sucesso.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Puma GT 1500 1968 n° 31

Das 151 unidades fabricadas deste modelo restam menos de 20% em circulação, das quais, metade em condições originais com ou sem restauração, se tornando atualmente mais raro que Puma GT DKW, que sobrevivem no mínimo 60 unidades das 125 fabricadas, todas registradas pelos colecionadores em uma tabela que circula em nosso meio. 
Este que apresento agora foi restaurado há pouco tempo no Rio de Janeiro, exibindo bastantes detalhes originais... 
 ... Como as raras calotas com imitação de cubo rápido. Apenas o emblema com a cara da fera está errado o desenho, aliás de todos que tem essas calotas. A culpa é minha, pois ainda não publiquei o desenho correto, mas quando souberem será surpreendente um pequeno e interessante detalhe.
As rodas de aço 5 JK x 14 e pneus 7.00 x 14 ou 185 x 14, na verdade eram da Kombi 1968, sem janelas de ventilação. Para vocês verem como o Brasil era limitado em peças e equipamentos. No final daquele ano a Puma já oferecia como item opcional as rodas de magnésio desenvolvidas pela Puma e Scorro.
 A cor escolhida para este GT foi o vermelho Granada da linha VW de 1967 e 1968. Apesar da Puma oferecer as cores: branco, amarelo, vermelho, laranja e prata como opcional, o proprietário poderia escolher a cor de seu Puma e encomendar a fabrica outra cor de alguma montadora nacional, pagando um extra bem salgado. Uma cor que a Puma recusava-se a pintar era a cor preta, alegando que não combinava com o veículo. Mas acredito que fosse mais uma questão técnica de produção, pois o preto seca mais rápido e a limpeza dos equipamentos é mais demorada. A partir do modelo GTE, a Puma aumentou sua gama de cores, algumas desenvolvidas dentro da própria fabrica e já não havia mais essa possibilidade da escolha da cor fora da relação existente.
 Na traseira o charme fica por conta das lanternas oriundas da C-14, da traseira truncada e do vidro reto. As dobradiças do capô são as originais, vindas do capô do Willys Gordini, assim...
 ... Como os emblemas Puma GT 1500.
 No capô traseiro, o reforço interno foi pintado da cor do carro, quando deveria ser em quantil, formula esta adotada, pois quando tem quantil nessa área, o desgaste desse acabamento é maior que a tinta. Pensando em melhorar, foi pintado também.
O motor, um 1500 cc, não tem como a maioria dos GT 1500, os coletores, carburadores e porta-filtros originais. O porta-filtro ainda não fabricaram a réplica, está para ser lançada. Agora carburador Solex 32 PDI não dá para quem gosta de usufruir do carro. Mecânico para mexer em dupla carburação já está ficando raro, imagine achar reparos de PDI? Eram os carburadores do Gordini.
A soleira do compartimento do motor de alumínio original. Essa soleira também era utilizadas nas portas do Karmann Ghia e na entrada e saída das antigas escadas rolantes.
A lanterna de placa que está não é original, mas um detalhe fácil conseguir.
As bolhas nos faróis e para-brisa canto reto são marcas registradas dos primeiros modelos. Os limpadores estão em preto, mas iram para a cromação e assim ficarem corretos.
 O capô que abre invertido em comparação aos modelos GTE de 1970 ...
 ... Dobradiças de perfil reto originais...
... E fechadura pelo sistema de pino.  Reparem nas saídas de água da canaleta do capô.
 Na frente o famoso "bigode" com a cara da fera ao centro.
 As maçanetas são do Fissore DKW ...
 ... E essa chave com a cara da fera foi fabricada especialmente, como um detalhe charmoso. Originalmente a chave tinha o emblema DKW-Vemag.
 O espelho F1 de metal cromado era moda no mundo, nos anos 1950/60, quando em 1968 apareceu o espelho Le Mans, aerodinâmico e leve. Também conhecido por Sebring, a Puma logo adotou no novo modelo GT 1500 em detrimento àquele usado no Puma GT DKW, o F1. Neste caso, a opção foi feita pelo antigo espelho, por oferecer uma visão melhor para andar no transito louco das grandes cidades.
 Como o GT 1500 1968 era o primeiro modelo, muitas alterações foram feitas ao longos dos dois anos que foi fabricado e as pessoas as vezes desconhecem alguns itens que pouco se usou, como os puxadores de porta, que antes eram mais arredondados. Aqui para correção, a forração de porta deveria ter apenas o friso que corta a parte superior sem costuras, falta o cinzeiro de Fissore ou Fusca antigo e a maçaneta do vidro era da linha DKW e VW, muito fácil de ser conseguida. A rara maçaneta de abertura da porta, do Fissore, está lá.
 Internamente o aspecto é bem original, mas se tratando do n° 31, o painel deveria ser de metal e imitação de jacarandá apenas ao redor dos instrumentos. As saídas de ar deste Puma são essas redondas, vindas do FNM 2000 JK, pois não tem as saídas de ar junto ao para-brisa.
 O volante é o correto F1 e os bancos, apesar de serem originais, não deveriam ter os ilhoses e gomos, itens incluídos nos modelos GTE de 1970 a 1972.
 Os para-sóis foram colocados de veículo moderno apenas para vistoria e serão substituídos pelos originais.
 A forração do teto, com o desenho parecendo furinhos, vindo do Fusca, é cortada por um friso cromado...
 ... E costuras formando dois retângulos, tudo original.
 Conclusão, apesar de ter alguns detalhes apontados nesta matéria, o Puma n° 31 tem uma carroceria integra, perfeita, supondo que foi bem tratado ao longo dos anos e nunca deve ter sofrido algum acidente sério. Um ótimo carro para quem quer ter exclusividade, afinal, além de raro, um GT 1968 nessa cor será inconfundível, dando um aspecto nobre e charme dos esportivos ingleses.
O veículo está à venda e interessados favor contatar felipenicoliello@gmail.com.