A matéria veiculado em um jornal local de Blumenau-SC, o autor fala do passado e pegou como exemplo o Puma. A dica foi do meu amigo Ricardo Schwanke.
Vejam o texto:
Em um texto curto e objetivo, o autor foi bem infeliz. Talvez não tenha vivido a época para conhecer melhor o assunto, antes de se pronunciar.
Claro que se compararmos um veículo de mais de 30 anos com os atuais, a diferença é brutal, inclusive para Rolls Royce, Ferrari, Audi e até mesmo um simples carro de entrada. Se olharmos o Fiat 147 em seu lançamento em 1977, que revolucionou o mercado brasileiro com conceitos inovadores para uma indústria antiquada, que vivia no passado e, comparamos com o Fiat Uno 2015 com muito mais segurança e inteligencia artificial, vamos achar que o 147 era uma bosta. Mas em 1977 não era. O carrinho era muito esperto, econômico e com uma estabilidade incrível. Não deixava de ser um carro de entrada, concorrendo com o VW Brasília, que utilizava tecnologia de 30 anos, sua base mecânica.
Na foto dessa matéria vemos um belo Puma GTC, que foi lançado no final de 1980, como modelo 1981. Nesse mesmo ano, o carro mais luxuoso era o Landau, baseado em um projeto norte americano antigo, com desenho de 1965. Outro carro luxuoso era o Chevrolet Diplomata, baseado no Opala lançado no Brasil em 1969, que por sua vez era quase o mesmo projeto do Opel Rekord C de 1967. Apenas algumas diferenças de lanternas em relação ao modelo alemão, que aqui mudaram para parecer mais o Chevelle americano, veículo de sucesso estrondoso nos Estado Unidos. A mecânica e dimensões eram as mesmas do Opel Rekord, veículo este que recebeu inovações radicais em 1977, mas aqui permaneceu o mesmo, sendo alterado apenas detalhes, perfumaria. Em 1981 nos orgulhávamos do Diplomata, um projeto de 14 anos, que tinha muitos defeitos, como todos os outros carros, que para nós na época não eram defeitos, pois eles eram bem melhores que os carros fabricados em 1966, pelo menos já não ferviam mais. A comparação sempre é com o passado para sabermos sua evolução. Comparar com o passado sim, enxergamos que evoluímos, mas falar mal do antigo produto? Só mais um exemplo, a Ferrari California Spyder de 1971 / 1972, sucesso de vendas nos States, tinha uma capota conversível complicada para abertura e fechamento. Andando com a capota abaixada e de repente, por chuva, precisasse fecha-la, a operação demoraria no mínimo 20 minutos. Por causa disso o podemos dizer Nem Tudo...
Os melhores tempos são aqueles que nos deixam marcas.