sexta-feira, 28 de junho de 2013

Feras e Gatas

Local Guatemala.

Plaqueta lateral Puma para exportação

Falando em Puma exportação, os veículos Puma tinham a plaqueta lateral, na coluna da porta do motorista, como já vimos algumas vezes. Nela algumas informações atendendo a legislação do local destinado.
Há alguns dias, o meu amigo Leandro Guilherme Pascholatti publicou no Face a foto desta plaqueta, não lembro quem foi, procurei, procurei e não achei. Vejam que ela está na coluna da porta do passageiro e não contém as mesmas informações da anterior, somente carga máxima e de passageiros, mais a pressão dos pneus. Além disso, não é plaqueta de alumínio rebitada e sim um  adesivo. O emblema Puma é no estilo Alfa Metais, supondo se tratar de plaqueta para o Puma exportado em foma de kit. Na plaqueta anterior a frase cita:  "This vehicle conforms to all applicable Federal Motor Vehicle Safety Standards in effect on the date of is manufacture." 
Ou seja: "Este veículo está em conformidade com todas as leis federais e Normas de Segurança de Veículos Automotores vigente na data de fabricação." Por isso a recusa daqueles modelos que voltaram ao Brasil, não atendia as leis federais. 
Na forma de kit, os veículos não se enquadravam nas leis federais de veículos novos, portanto, sem necessidade da plaqueta padrão. Foi uma brecha que o importador achou para continuar tendo Puma nos Estados Unidos. Veja que nesta plaqueta consta as medidas dos pneus originais Puma de 1976 em diante e outra medida com pneus de perfil mais baixo. Isso se deve ao fato, que a mecânica, rodas e pneus eram colocados pelo comprador do kit.
Esse adesivo poderia ter vindo em todos os veículos Puma desde o começo, pois a calibragem dos pneus é importantíssima na condução de um automóvel e ainda mais sendo um esportivo. Aí teríamos algo assim:

Puma pelo mundo - GTI em Ottawa, Canadá

Este Puma GTI 1981 está em Ottawa, província de Ontário no Canadá e à venda aqui. A dica foi do meu amigo Mazinho. No site diz que repintou o Puma há três anos e está bem original, então vamos conferir.
As faixas brancas nos pneus ficam estranhas e ao mesmo tempo singulares. O espelho retrovisor da linha Ford Del Rey, equipava os modelos a partir de 1983, mas para o Canadá, pode ter sido original antes disso. Outro GTI 1984, publicado aqui, é idêntico a este, com os mesmos espelhos e teto solar grande com bolha difletora do ar.  
Vejam que este teto solar não é o Webasto, por ser maior. Acontece que alguns importadores exigem equipamentos que facilitam a venda do automóvel de acordo com seu público.
O discreto aerofólio...
... É invenção e das grandes. Um pouco exagerado.
Os modelos Puma que foram para o Canadá em 1981, não tem nada a ver com aqueles para os Estados Unidos, esses foram e ficaram. Olhando a foto abaixo, vemos o bocal do tanque de combustível no centro do tanque, como aquele Puma GTC 1981 - Exportado e repatriado. Mas não podemos considerar essa modificação sendo original, porque o local é parecido, não idêntico. Deste o bocal está mais para frente que naquele, apesar dos dois estarem com a forração com depressões e estragadas do mesmo jeito. A Puma não colocaria cada bocal em um lugar, deveria existir gabarito para execução deste serviço e aqui não foi o que aconteceu.
Internamente como todos Puma GTI exportados no começo da década de 80, relógio no console...
... Velocímetro em quilômetros e milhas e interruptor para ligar o desembaçador do vidro traseiro. Interessante notar que o volante não é original, mas o cubo e botão da buzina são originais.
No motor, porta-filtros originais, apenas pintados de vermelho, a tampa do distribuidor centrífugo original foi substituída por outra vermelha, assim como os cabos de vela e a bateria está à esquerda. Parece existir um filtro de óleo ou algo parecido, pelas mangueiras. Até aí nada de mais, o mai legal de tudo é que o motor ainda conta com a plaqueta que era rebitada na parte superior da caixa de ar.
Nos modelos brasileiros,  a partir de 1981 ou 1982, não se tem registros, o modelos GTI / GTC / P-018 saíram com essa plaqueta. Mas poucas sobrevivem por terem sido trocados os motores ou simplesmente pintavam a caixa de prata e a plaqueta junto, achando que colocaria originalidade no motor, quando na verdade era tudo preto mesmo. Na remoção da tinta prata, a tinta da plaqueta vem junto e só sobram os números.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Feras e Gatas

Puma GTE 1972 de Sylvio Fujioka - Modelo Tainá Roland - Fotografo Eduardo Svezia - Edição Thais Barakat - Revista Nova.

Chassi Puma VW (2)

Tudo começou com o estilista Rino Malzoni e seus arames. Logo depois do GT Malzoni e com o fim do Puma GT DKW, Rino começou trabalhar no Projeto P-3, utilizando a plataforma VW Karmann Ghia. 
Falamos aqui desta utilização e as modificações sofridas no chassi para compôr a mecânica do Puma, que primeiramente utilizou a plataforma VW Karmann Ghia e depois a plataforma VW Brasília.
Vamos mostrar algumas diferenças entre as plataformas. A plataforma Brasília abaixo tem assoalho 10 cm mais largo que do Karmann Ghia; o túnel central é mais baixo e mais "quadrado" na parte superior; a alavanca de cambio fica posicionada mais atrás em relação a outra e a alavanca do freio de mão mais curta; para citar as partes visíveis nestas fotos.
Foto e chassi Puma (VW Brasília) do meu amigo Ney Baú
Na plataforma Karmann Ghia abaixo vemos todas as diferenças enumeradas anteriormente, apenas a suspensão dianteira é igual nos dois modelos. Esta suspensão de pivôs, se refere ao modelo lançado em 1970, junto com os freios a disco e panelas de quatro furos.
Foto e chassi Puma (VW Karmann Ghia) do meu amigo Marcelo Mosca
Na parte traseira, suportes da suspensão traseira e facão são diferentes. Abaixo chassi Brasília.
Foto e chassi Puma (VW Brasília) do meu amigo Ney Baú
E nesta fotografia, a plataforma encurtada do Karmann Ghia, portanto, Puma, de 1968 a 1969. O chassi VW antigo, com panelas de freio de cinco furos e suspensão dianteira de embuchamento. Na traseira o suporte da suspensão também é diferente da posterior (1970-1975).
Foto e chassi Puma GT4R (VW Karmann Ghia) do meu amigo Péricles Cruz
Uma plataforma Karmann Ghia sem corte do chassi e do modelo antigo, com suspensão de embuchamento.
Foto assoalhos Multi Land

Foto do dia - Garagem dos brasileiros

Apesar do alemão muito conhecido dos brasileiros, as raridades são todas brasileiras, sendo três delas, com projeto e desenvolvimento no Brasil.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Feras e Gatas


Puma GTC 1981 - Exportado e Repatriado

O Puma GTC 1981 é um dos 150 Puma que foram exportados ao Estados Unidos e voltaram por não poderem desembarcar devido a não atender a legislação norte-americana, que acabara de sofrer alteração. Posição autoritária do órgão americano, mas como o país vinha enfrentando uma crise econômica, principalmente na indústria automobilística,  a decisão pendeu para o lado mais fraco.
Este Puma é do Luiz Bomediano de Pirapozinho-SP, próximo a cidade de Presidente Prudente. 
 Por se tratar de um modelo monocromático, a capota é com vinil na cor bege acinzentado. A saia traseira deveria ser em preto fosco, mas atualmente não está mais.
 A saia dianteira (spoiler), nesta imagem, ainda está em preto. As lanternas de sinalização laterais estão numa cor diferente da âmbar original. O espelho retrovisor é dos anos 90, modelo BMW. Detalhes estes que o Luiz está providenciando a volta ao original.
 Entrando no Puma...
 ... Vemos que as laterais já foram substituídas, pois estão com costuras por máquina de linhas e na verdade eram costuras eletrônicas, aqueles que parecem apenas uma depressão no courvin. O desenho é correto, assim  como maçanetas e puxadores.
 O interior identifica a origem do modelo.
 Os bancos e forrações originais em bom estado de conservação.
 O banco do passageiro.
 O volante foi substituído, mas o painel...
 ... O velocímetro marcação em quilômetros e milhas.
 Os instrumentos e botões originais - central do ascendedor de cigarros e os das extremidades do controle do ar. O sistema de ventilação forçada foi introduzido posteriormente.
 No console modelo exportação, o relógio análogo de horas. A bolota do cambio vai voltar a ser original, por enquanto esta alternativa cumpre a função.
 Muito procurado, o relógio de horas fabricado pela VDO exibia a marca Puma.
 O console tinha cinzeiro - aquele traseiro do Opala 2 portas - próximo da alavanca do cambio.
 Os controles do vidro elétrico ficavam no console, mas neste caso, foram adaptados. Podemos ver os ressaltos marcando a posição dos dois botões originais, que não foram perfurados, indicando que este Puma não tinha o opcional.
 O console, como nos modelos antigos, chegava até o final do túnel. Aqui vemos a chave geral da bateria, item obrigatório nos Estados Unidos.
 Do outro lado, o puxador de abertura do capô traseiro, o botão original na cor marrom.
 O carpete é original, com debrum e tapete sobreposto. No canto, abaixo do logo Puma Classic outro indicador...
 ... A plaqueta fixada na coluna da porta do motorista, obrigatoriedade americana, indicando data e pesos.
 Um Puma ainda muito integro.
 Detalhe da presilha e forração da capota.

 Como o Luiz não gostava do spoiler em preto fosco automotivo, porque na cor do carro, segundo ele, o Puma fica mais encorpado e mais atraente.  Mandou pintar da cor do carro, contra a minha vontade.
 No porta-malas ainda bem original, o bocal do tanque foi mudado de lugar, talvez para evitar os incômodos  vazamentos de combustível, desde os primeiros Fuscas com tanque baixo.
 A plaqueta exportação na língua inglesa.

 O motor 1600 cc com seus respectivos carburadores, coletores e filtros, tudo original. Apenas o distribuidor centrífugo foi substituído por outro de avança rápido.

 Detalhe do coletor Puma...
 ...E do carburador Solex.
 A cor, o branco perolizado, era muito querido no começo dos anos 80.
 As rodas são originais...
 ... Fabricadas pela Scorro...
 ... Na medida 14 X 7 polegadas.
Como este, outros 149 Puma modelos GTI ou GTC retornaram ao Brasil, mas questiono: - quantos sobrevivem? Talvez muitos ainda estejam por aí descaracterizados.