segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Posição da Bateria - 1968 a 1972

No Puma VW de 1968 até 1972, sua bateria era colocada no portamalas dianteiro, abaixo do estepe, que ficava inclinado e não na posição horizontal, conhecida nos modelos mais modernos. Esse determinação de projeto foi para transferir um pouco de peso para a dianteira, já que a maior concentração de peso ficava na traseira, com o cambio e motor. Com essa localização, longe do motor de arranque, o cabo positivo (fio mais grosso) necessitou de um bilota maior, porque devido ao comprimento, ele dissipava energia no percurso, não tendo voltagem suficiente para virar o motor de arranque. O fio negativo (fio mais fino) permaneceu inalterado. Eles saíam do portamalas pela parte inferior, em direção a suspensão.
O fio positivo ia para o orifício no centro do túnel do chassis e o negativo ficava fixado na suspensão dianteira.
O fio percorria todo o túnel central, pela parte interna até sair junto ao trabulador do cambio e ir direto ao motor de arranque.
Não vou dizer que essa era uma boa solução, porque eletricamente era péssimo. Quando a Puma passou a bateria para junto do motor em 1973, eletricamente ficou ótimo, o cabo positivo era curto, próximo ao motor de arranque e o cabo terra ligado direto ao motor, bons locais para a exigência maior de eletricidade, quando da partida. Quanto à distribuição de peso, o carro perdeu alguns quilinhos na dianteira, nada que pudesse mudar muito o comportamento do carro nas curvas, mas em contrapartida, resolveu todos os problemas elétricos que estavam sujeitos.

9 comentários:

Pedro Lins e Silva disse...

O outro lado da moeda nesta re-locação da bateria fica por conta do fator calor que é o assassino numero um de baterias, uma vez que o excesso de calor provoca auto-descarga e a consequente corrosão no polo positivo...embora a curto prazo melhore o desempenho, a médio vai encurtar com certeza a vida dela. Talvez a solução fosse um cabo de maior qualidade (será que era disponível na epoco?). Dequalquer forma é interessante este re-posicionamento da bateria em 1972..."outro" carro, de motor traseiro, tem se mantido com a bateria na frente por quase 6 decadas...

Leo Gaúcho disse...

Felipe, obrigado!!!!Agora é mãos a obra!!!!(risos).Vou colocar a bateria do 69 na frente, ainda mais com o este depoimento do Pedro, pois o compartimento do meu carro esquenta pra caramba!!!Nota 10 Felipe!!!

Eric disse...

mais mudanças... mais mudanças... hehehe... bom, mas hoje temos cabos que aguentariam bem essa "viagem" até o motor?

Um abraço!

Pedro Lins e Silva disse...

Eric...quando o virus da originalidade te pega...é ladeira abaixo na banguela! rsrsrsrs... acredito que nos climas mais temperados, um bom cabo moderno vai levar a energia até o motor de arranque (maior demanda) sem problemas...nos estados de inverno rigoroso entretanto (SP,PR,SC e RS) eu sugiro associar um bom cabo com a melhor bateria que o dinheiro pode comprar, uma vez que ela será a mais rica em "CCA" (cold cranking amps) e vai compensar naqueles dias que o motor de arranque está preguiçoso e o óleo extremamente viscoso devido ao clima...

Eric disse...

É Pedro... estou com dois problemas então!

Um o virus da originalidade me pegou em cheio! e o outro é que estou de mudando de Vitória-ES para Curitiba-PR... hehehe... to lascado mesmo!

Valeu a ajuda, um abraço!

Pedro Lins e Silva disse...

Eric, na verdade vc. ainda tem salvação!rsrsrs...não com relação ao virus, pois para este não tem antidoto, mas para o sistema elétrico...a vantagem do clima frio é que a bateria aguenta, sem descarga, por um tempo muito superior ao do clima quente. Num clima quente, uma bateria vai começar o processo de descarga em aproximadamente 24 horas quando não recarregada (por uso ou mantenedor), já em clima frio, ela pode "sentar" por dias sem perder a força. A melhor receita então seria
1- Bateria de qualidade e infelizmente o preço acompanha.
2- Conexões limpas e ajustadas.
3- Manter o nivel correto de agua sempre, desta forma as placas de chumbo nunca estão secas e em contato com o ar. (esquecer este item em caso de bateria lacrada).
4- Completar o nivel unicamente com AGUA DISTILADA. A bateria tem 35% de acido sulfurico e 65 de água, esta combinação (chamada eletrolito) gera uma reação quimica que produz eletrons. Agua com minerais atrapalha esta reação enquanto a distilada é pura e vai gerar um eletrolito ideal.
5- Em clima quente nunca encher as celulas "até a boca" pois com o calor o fluido expande e os eletrolitos são empurrados para fora, em forma de gás, causando oxidação nos terminais (aquele pó branco esquisito que forma nos terminais da bateria, principalmente no positivo).
6- E melhor de todos, comprar um "Mantenedor de bateria" para deixa-la sempre com carga ideal quando o carro estiver em repouso por mais tempo. Ideal se o seu Puma não é veículo do "dia a dia". Um mantenedor de bateria pode extender a vida dela por mais de 5 anos.

Boa sorte em Curitiba...ouvi dizer que o "movimento" de Pumas por lá é super ativo...

Felipe Nicoliello disse...

Pedro, aqui no Brasil não existe mais bateria para colocar água, só tem as seladas. Vc acha que aqui tudo atrasado? Nós somos da zona sul da Terra, essas coisas de baterias antigas só prô pessoal da zona norte... da Terra! E ainda por cima, o melhor chopp aqui é oBrama! rsrsrs

Eric disse...

Valeu mais uma vez Pedro! vou seguir as suas dicas, exceto por completar a agua... hehehehe...

Um forte abraço!! e mais uma vez, obrigado!

Pedro Lins e Silva disse...

Quem quer originalidade tem que botar agua na bateria!rsrsrsrs...
Felipe...sabe que estava no Rio mes passado, cheguei num bar e pedi um chopp escuro...o garçon me olha com desdenho e me avisa que agora só tinha Brahma Bréqui...deve ser o tal do Obrama mesmo!rsrsrsrs