sexta-feira, 30 de março de 2012

Projeto Puma GTE 1977

Vejam o que consegui, o projeto do Puma GTE desenhado pelo meu amigo Paulo Sérgio Fonseca Alves, mais conhecido como PS. Vejam no carimbo do projeto o belo logotipo dele. Uma pena ser fotocópia da cópia heliográfica e não do papel vegetal, ficando com muitas manchas, mas o pessoal de miniaturas ficarão loucos, porque agora podem reproduzir o GTE fielmente. Notamos também os traços do PS no desenho, que era feito a mão, em papel vegetal e canetas de nanquim com diversas espessuras de pena. Cada risco mais fino ou mais grosso é uma caneta diferente. As curvas eram feitas com uma régua, se assim podemos chamar, que tinha formato de vários tipos de curvas, para riscarmos sem nenhum tremor. Essa peça é chamada de curva francesa. Se olharmos atentamente ao desenho do para-lama, vemos as junções das curvas. Por serem feitas a mão, sempre há marcas dos traços, diferente dos computadores que são "chatamente" perfeitos. Cada risco paralelo que vemos nos vidros eram feitos um a um e com uma precisão suíça, usando o tecnígrafo, uma espécie de régua paralela mais eficiente, cara e moderna (para época). O xis da questão nesses traços era não borrar o desenho, a pressão da caneta deveria ser constante e uniforme. Hoje... bem hoje é só mouse e funções.
Ontem, quando mandei o desenho para o PS, porque precisava das dimensões exatas para um projeto que está desenvolvendo a meu pedido, ele me respondeu empolgado:
Caro Nicoliello
Não poderia ser melhor. 
Está na proporção certinha. Eu que fiz medindo muito!!! Já que as carrocerias não tinham projeto técnico, eram modeladas e nada mais.
Agora sai uma coisa técnica mais decente.
Comparação proporcional.
Até breve, com o resultado! PauloSérgio
O meu amigo Maurício Morais limpou a imagem ficando melhor para visualização. Valeu Maurício

Foto do dia - Pequeno Pumeiro

Há poucos dias minha esposa mostrou-me as fotos de meu filho primogênito, com três anos de idade  fantasiado para o carnaval de 1984. Ao que perguntei: - E daí? Ela simplesmente me falou: - Olhe o colar dele. Acredito que não preciso dizer mais nada.
  

Revestimentos laterais traseiros GTE após 1976

Em complementação a publicação Revestimentos laterais das portas GTE /GTS após 1976, hoje vamos tratar do assunto laterais traseiras do modelo GTE após 1976 2a. série, com chassis de Brasília. Essas laterais fabricadas do mesmo material (courvin) das laterais dianteiras, não tinha desenhos e era a resultante do espaço existente. O calombo da caixa de roda era coberto pelo carpete e apenas as partes retas pelas laterais.
Na outra extremidade, próxima ao assoalho, as laterais terminam na altura do vão da porta...
 ... de forma um pouco inclinada. Aproveitamos para ver o botão da abertura do capô traseiro, que sempre foi nesse local em todos os Puma com motorização Volkswagen e a peça com o mesmo formato, para dar boa pega para puxar.
 Aqui vemos o detalhe da junção da lateral com o teto, não esquecendo que esses dois materiais são diferentes. As laterais de courvin  e o teto de um tipo de napa, mais fina que o courvin, que foi utilizado na linha Ford Galaxie. O enrugado existente próximo a janela não proposital, como o Puma fotografado tem as laterais originais, com mais de 33 anos, "as rugas" aparecem com o tempo. 

Escapamento - A volta do Kadron (2) EcoScap

Como já comentamos anteriormente aqui, o escapamento Puma que era fabricado pela Kadron está sendo produzido pela EcoScap. E a novidade está aí pronta para ser consumida. Ele realmente é igual ao Kadron sob todos os ângulos. 
A "aranha" com as curvas exatamente iguais, portanto não é uma cópia e sim o próprio escapamento Kadron. A empresa vendeu o ferramental e os direitos de fabricação para a EcoScap, somente o nome não poderá ser utilizado pelo novo fabricante, porque a empresa Kadron continua em atividade, apenas deixou o mercado de reposição, fabricando escapamentos somente para indústria automobilística.
O escapamento Kadron era um dos únicos a conter a separação do fluxo de gases do motor, para que os gases dos cilindros 1 e 2, não se chocassem com os gases dos cilindros 3 e 4, quando da união na saída única. Esse sistema é mantido no escapamento EcoScap.
A parte do silencioso é exatamente a mesma de quando era fabricado pela Kadron.
 Para quem estiver interessado em adquirir o escapamento Puma, entre em contato com o fabricante:
 e-mail vendasecoscap@gmail.com ou o telefone (19) 3893 2187.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Anuncio (121) Panther Volantes e Espelho

A Panther fornecedora de volantes e espelhos para a Puma, ela vendia alguns modelos usados no Puma no mercado de loja de acessórios com a marca da pantera. No anuncio abaixo de 1976 vemos o volante utilizado pelos modelos GTE e GTS em 1975 (o primeiro no alto à esquerda).
Interessante que já em 1976, a Panther tinha um espelho com controle interno e a Puma não o usou para o Puma GTB S2 de 1979, preferindo colocar o "raquete", que além de ficar mais feio, não era eficiente. Esse da propaganda ficaria ótimo no S2, com o conforto esperado pelo proprietário do automóvel mais caro do Brasil.

Puma de amigo - GTE 1978 Prata

 O Puma GTE 1978 é do leitor José Francisco Dias Toledo de Barbacena-MG. Ele nos conta que é proprietário desse Puma há doze anos e muito apaixonado pela marca.
 Externamente o Puma mantém toda sua originalidade, apenas as lentes das lanternas traseiras foram trocadas por modelos atuais. Deveriam ser bicolores, toda vermelha e translúcida para luz de ré.
 As rodas originais de raios curvos parecem ter os raios polidos, mas na verdade é o desgaste sofrido pelo material, que ao contrário do metal, que quando desgasta escurece pela oxidação, o antálio brilha, como se tivessem polido.
 As linhas são impecáveis, certamente nunca sofreu nenhuma grande reconstrução.
 Internamente o volante foi substituído, o tecido de forração dos bancos e a bolota da alavanca do cambio, o restante é plenamente original. As forrações das laterias de porta, apesar de desgastadas, ainda são originais de fabrica.
 Os cintos originais para o modelo 1978.
 No motor, o distribuidor centrífugo original Puma deu lugar ao distribuir de avanço da linha VW; as polias deixaram de ser na cor preta, assim como a tampa do alternador na caixa de ventilação; as mangueiras sanfonadas de ligação do ar quente foram retiradas. No restante é original, principalmente uma peça atualmente muito rara: os suportes dos filtros de carburação. De diâmetro menor que os elementos filtrantes encontrados à venda da linha VW, o José Francisco preferiu mantê-los, mesmo com as bordas dos elementos filtrantes sobrando, ao invés de substituí-los pelo do modelo 1979 (igual da linha VW), com o muitos outrora fizeram.
Vejam o detalhe da marca Puma estampada no porta filtro. A boa notícia para aqueles que não tem essa peça em seu carro, um fabricante está viabilizando a volta da fabricação desse suporte com a marca Puma estampada.
 Parabéns José Francisco por manter viva nossa paixão.

terça-feira, 27 de março de 2012

Anuncio (120) Dragster 1976

A loja de acessórios paulistana Dragster gostava de colocar em seus anúncios o Puma. Aqui encontramos a Fera e a Gata, em março de 1976.
As rodas apresentadas no anuncio: no Puma a roda Scorro de antálio aro 13. Da esquerda para direita: Duralum para Corcel; Scorro S27, Duralum e Titânio Venus SE todas para para Opala, Maverick e Dogde Dart. O volante não sei quem era o fabricante.

Artigo (49) Ágio na aquisição Puma

O meu amigo Mazinho descobriu mais um artigo na revista Quatro Rodas de abril de 1976, sobre o ágio cobrado pelo revendedor para compra de um Puma zero km. Mais uma vez o diretor José Maria Hellmeister não se esquiva e fala o que é o correto, afinal a Puma era contra esse método. Mas sempre o que vale é a lei da oferta e procura, favorecendo os maus intencionados. O problema é que nem sempre o revendedor consegue conter seus funcionários, que podem praticar algo não correto, sem que a gerência saiba, prejudicando o nome do estabelecimento. E não me venham falar que é falta de controle, porque quando a pessoa quer fazer mutreta faz, mesmo com o melhor esquema administrativo. Somente as denúncias dão cabo dessas atitudes.

Puma GTS 1979 Leilão

O meu amigo Jaison Rossi deu a dica, o Puma GTS 1979 está sendo leiloado no SuperBid., por enquanto o preço está bom, tem que ficar atendo. Não esquecendo que está vendo o carro por fotos e a localidade em que se encontra, isso gera frete de entrega.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Puma de corrida

Os três Puma abaixo estavam na mesma corrida. 
Primeiro o Puma Mineiro de Antonio da Matta e Clóvis da Gama Ferreira.
 O segundo é o Puma #48 da paulistana MM, com Angi Minhoz e Freddy Giorgi.
 E o terceiro o Puma Baiano de André Burity e Godoy.
Vamos ver se vocês conhecem: em que corrida eles estavam, qual o ano e qual a classificação de cada um?

Eventos - Retro Classics em Stuttgart

Por Jürgen Munz
Você quer comprar um novo carro  velho? Começou hoje a Retro Classics realizada na cidade de Stuttgart, Alemanha.
 São nove salões com carros, peças, literatura, empresas de restaurações, etc. Qualquer coisa que você desejar e ainda muito mais.
Detalhes no site da exposição Messe Stuttgart
 
 
 
 
Os pumeiros Bernd Eise e Walter Steffen da Suíça também estavam lá. 

quinta-feira, 22 de março de 2012

Bolha dos faróis

Na década de 50, os projetista de automóveis de corrida, preocupados com a aerodinâmica, começam a usar as formas arredondadas nas carrocerias, dando contornos aos para-lamas integrados. Com isso economizariam material, consequentemente menos peso. Os faróis nessas formas de para-lama tinham duas opções: ficarem chapados ou embutidos. Nesse último caso, não teria grande fluidez do ar, como no resto da frente do carro. A solução foi criar uma peça com o mesmo formato da frente, porém que fosse translúcida, para passar o facho de luz. Assim foram criadas as bolhas de faróis em acrílico translúcido, parecendo um vidro. Esse tipo de desenho se intensificou na década seguinte, com muitos carros de rua usando esse artifício. Um dos problemas no uso da bolha era a umidade que poderia acumular internamente e embaçar o acrílico, obstruindo a passagem do facho de luz. Alguns modelos utilizavam essas peças com uma pequena distância da carroceria favorecendo a entrada de ar, mas entrava sujeira também. Outros criaram orifícios internos para passagem de ar e o devido respiro do local.
No Puma a bolha do farol começou no GT Malzoni. Com o formato da dianteira, com a grade mais a frente e alta, o corte para embutir os faróis ficou com um desenho um pouco torcido, dando trabalho para confecção das bolhas. Para um acabamento melhor, a Puma usava um filete metalizado no acrílico, no contorno das bolhas. Quando colocadas, com a borracha entre a carroceria e a bolha, o visual fica bonito, pelo cromado da metalização e o preto da borracha.
 No Puma GT DKW, esse detalhe foi modificado, com a grade mais abaixo e as bolhas com um desenho mais leve e formato maior. No GT DKW a bolha se integra tão perfeitamente ao desenho do carro, que ela não chama muita atenção, passando desapercebida. A Puma utilizava o orifício interno, que era um furo coberto com uma borracha furada, que ligava o ar da parte interna da bolha com o ar da parte interna dos para-lamas. Havia também um furo menor, com borracha, bem embaixo dos faróis que serviam para escoamento de água, caso entrasse por algum motivo.
 O Puma GT 1500 não poderia deixar de ostentar a famosa bolha no farol, pois seu antecessor utilizava e seu desenho pedia isso. Também nesse modelo a bolha não comprometeu o desenho do carro, mas ela é muito mais notada que a bolha do GT DKW. No Miura Lamborghini, que todos dizem ser o inspirador do GT 1500, ele não usava bolhas, seus faróis eram basculante, ficando na posição deitada quando apagados e em pé quando acessos.
 No Puma GT 1500 1968 e 1969 os furos para passagem do ar eram bem acima, devido ao  duto de ventilação que passa internamente por esse local.
 Já no Puma GTE 1600 de 1970, a entrada de ar da ventilação interna mudou para cima do capô, não existindo mais o duto dos modelos anteriores. Com isso o furo da ventilação da bolha passou a ser em local mais baixo.
 No detalhe.
 Quando do lançamento do GTE Spider em dezembro de 1970 no Salão do Automóvel, como modelo 1971, o conversível já tinha as tomadas de ar sobre o capô...
 ... E o furo também era mais abaixo que nos modelos GT. Se olharmos atentamente na foto acima, podemos ver a sombra do furo de escoamento de água ao centro e embaixo dos faróis.
 Como as bolhas de faróis seguiram no Puma até 1973, mesmo sendo uma nova carroceria, o conceito era o mesmo para a passagem de ar e escoamento de água.
Claro que para  utilizarem as bolhas fizeram seu respectivo encaixe na carroceria. Esse degrau era em ângulo fechado, para evitar infiltração de água. No final de 1973 as bolhas foram eliminadas por questão de preferência dos consumidores. Um grande modismo se manifestava naquele tempo com os proprietários de Puma, que pagavam os concessionários ou oficinas para a realização dos serviços de eliminação das bolhas. Era um grande trabalho, porque tinha que fechar os degraus com fibra de vidro, afinar as bordas e depois repintar o local. Claro que alguns faziam esse serviços bem barato colocando apenas massa plástica nos degraus. Consequência, a borda ficava grossa, denunciando o serviço.
 Agora, POR FAVOR, NÃO INVENTEM, colocar luz da lanterna no respiro... dói muito!!!