quarta-feira, 31 de março de 2010

Fora de área - Gurgel Motofour

O nosso amigo Ronaldo Brochado me mandou essa reportagem sobre o último projeto da Gurgel, o pouco conhecido Gurgel Motofour. Interessante, mas não fiquei quieto e logo perguntei ao meu amigo Ricardo Gurgel, diretor do Puma Clube e sobrinho do João Gurgel e veio a resposta dele:
Felipe, Este protótipo está com minha prima (filha do João) e por decisão dela se mantém “inacabado”. Ele tem a mesma mecânica do Supermini e posso garantir que funciona pois recentemente puder dirigi-lo em sua chácara, anexo as fotos. Abraços Gurgel





Inspeção Veicular 2010 (2) Resposta do Conama

Prezado Senhor,
O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA é o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente-SISNAMA, foi instituído pela Lei 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, regulamentada pelo Decreto 99.274/90. O Departamento de Apoio ao Conselho Nacional do Meio Ambiente - DCONAMA realiza o trabalho de secretaria executiva do Conselho. Somos responsáveis pelos processos que vão desde a proposta preliminar de resolução, a realização de reuniões até o envio dos documentos aprovados para publicação. Assim, o DConama não trabalha na implementação, na interpretação ou aplicação técnica das resoluções.A partir do momento que as resoluções CONAMA são publicadas, os responsáveis por seu cumprimento são os órgãos federais executores, como as Gerências Executivas - GEREX do IBAMA ou Secretarias estaduais e municipais de Meio Ambiente. Em relação à Resolução Conama 418 de 2009, que "Dispõe sobre critérios para a elaboração de Planos de Controle de Poluição Veicular - PCPV e para a implantação de Programas de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso - I/M pelos órgãos estaduais e municipais de meio ambiente e determina novos limites de emissão e procedimentos para a avaliação do estado de manutenção de veículos em uso." publicada no DOU nº 226, de 26/11/2009, informamos que encontra-se disponível no seguinte endereço: http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=618Outras informações, tais como lista de presença, pauta, convite, nome dos participantes, resultados e versões ocorridas durante a discussão da referida resolução estão disponíveis no: http://www.mma.gov.br/port/conama/ctgt/gt.cfm?cod_gt=161
Atenciosamente,
DConama

Eu, verefiquei a Ata das reuniões, são muitas as informações, mas pelo que pude entender, quem fornece os parâmetros para o Conama é o IBAMA, a tabela das referência para regulagem dos aparelhos foi fornecido pela própria montadora conforme este anexo de uma das Atas:

ANEXO VIIPARÂMETROS DE REFERÊNCIA PARA INSPEÇÃO DE VEÍCULOS EM USO

A presente tabela é uma compilação dos valores limite de opacidade em aceleração livre e deruído na condição parado, rotação de marcha lenta, rotação de potência máxima e rotaçãomáxima livre publicados até 22 de setembro de 2008 pelos fabricantes e importadores deveículos comercializados no Brasil, sob sua inteira e exclusiva responsabilidade, conformeexigência da Instrução Normativa 127/2006 do IBAMA e são considerados parâmetros oficiaispara os Programas de Inspeção e Manutenção, de acordo com as Resoluções do CONAMA.Esta compilação será atualizada anualmente através de Instrução normativa do IBAMA a partirdas correções e inclusões solicitadas por fabricantes e pelos órgãos responsáveis dosProgramas I/M e dos dados dos novos lançamentos de veículos.§1º O fabricante que desejar alterar qualquer valor constante Tabela de Parâmetros de Referência para Inspeçãode Veículos em Uso deverá requerê-lo ao IBAMA, com pedido de revisão da LCVM existente, se aplicável.

Vejam, quem pode solicitar alterações nos parâmetros é o fabricante, sendo assim devemos cobrar a VW, precisamos da ajuda dos Clubes, eu também enviei e-mail para VW e estou aguardando a resposta. Aluizio Proença de Lemos

E nós da marca Puma, vamos solicitar a quem? Vamos depender parte da VW e parte da GM?

Fora de área - Kombi 60 anos

Para quem gosta de Kombi, no Fusca Classic tem vasta matéria sobre as Kombis sobreviventes de 1950, o primeiro modelo a chegar no Brasil, além de um vídeo sobre a produção de Kombi no Brasil.

Inspeção Veicular 2010

Nós que gostamos de veículos antigos, estamos sofrendo com essa inspeção veicular criada para diminuir a emissão dos poluentes no ar das grandes cidades. Para aqueles que tem placa preta à inspeção está dispensada, mas e os veículos que ainda não podem ter a placa preta por não terem completado 30 anos, como ficam? Ou mesmo aqueles carros que ainda rodam e um dia poderão ser de coleção? Estes se forem proibidos de andar, serão sucatados e as coleções futuras vão diminuir drasticamente de tamanho, por que quem irá guardar um carro por 30 anos sem rodar para depois emplacar a placa preta e ter o direito de andar?
O meu amigo Aluizio Proença de Lemos, diretor técnico do Fusca Clube do Brasil resolver escrever uma carta ao CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente, a qual transcrevo abaixo:
Senhores . . . Bom Dia,
A Inspeção Veicular Ambiental, por seguir as regras do Conama, só permite uma emissão de CO, em marcha lenta, da ordem de 6% para modelos fabricados até 1979 (exceto carros de placa preta).
Porém, apenas para citar um exemplo, o Dodge Charger R/T 1971, segundo testes feitos na época pela Robert Bosch do Brasil com um medidor EFAW-173 (de sua fabricação), estabeleceu que este carro emitia 10% de CO em marcha lenta. No mesmo teste o Dodge Dart emitiu 9%, o Aero Willys 2600 8,5%, o Chevrolet Opala SS 4100 7,3%, o Chevrolet Veraneio 8,0%, o Volkswagen (Fusca) 1500 7,6% e o Puma GT 1600 7,2%.
Existe uma grande diferença entre CARRO VELHO e CARRO ANTIGO . . . Vale lembrar que VEICULO ANTIGO não roda todos os dias pela cidade, pois não são carros de uso diario . . .
Em São Paulo esta muito complicado um veículo antigo, em otimo estado, as vezes de baixissima quilometragem passar pela inspeção, justamente na MARCHA LENTA.
Portanto, gostaria de solicitar informações sobre os critérios utilizados para os limites de emissões de carros antigos NA EPOCA DE FABRICAÇÃO DOS MESMOS.
O Conama criou estes padrões de emissões para a inspeção veicular atual e, para tanto, baseou-se em critérios DE ÉPOCA.
Esses dados de época são importantes para que os proprietários de automóveis antigos tenham conhecimento sobre os critérios utilizados na fiscalização e medição de poluentes durante a inspeção veicular no Municipio de São Paulo.
Gostaria de saber tambem, porque a mesma inspeção no Rio de Janeiro é diferente da de São Paulo ? Pois no Rio se consegue o licenciamento mesmo sendo reprovado na inspeção e em São Paulo não . . .
Creio que o CONAMA está ferindo o direito adquirido do proprietário do veículo, que comprou, pagou, recolheu IPVA por 3 décadas (ou mais) e agora tem restringido um direito (uso da propriedade) por imposição de regras novas com efeito retroativo. Em tese há inconstitucionalidade na limitação de emissões para veículo fabricado antes da fixação dos próprios limites de emissão. O argumento da mistura do álcool na gasolina não pode ser considerado válido, mesmo porque, a cada vez que aumenta o valor do açúcar no mercado internacional, o combustível vegetal some, fazendo os carros a gasolina poluirem mais. Independente disso, as normas do CONAMA são imutáveis. Dai, nada garante, por exemplo, que um carro que tenha passado na inspeçao em 2010 passe em 2011, mesmo sem ter rodado sequer um único quilometro (que provoca desgaste de anéis) entre esses 365 dias. Além disso, se os "carros velhos" feitos até a década de 80 terminarem seus dias no depósito de sucata, os antigomobilistas do futuro, daqui a 10 ou 20 anos, nada terão para preservar. Tudo sem contar que um carro antigo pequeno (ou mesmo grande) irá poluir menos que um modelo popular 2010, pois não passará quatro horas por dia preso em congestionamentos, tendo em vista que seu uso será esporádico.
Aluizio Proença de Lemos

terça-feira, 30 de março de 2010

Comercial MM - Passado e Presente

Demorou mas encontrei a foto da Comercial MM de Veículos S.A., o primeiro concessionário Puma do mundo. Localizava-se na Avenida Santo Amaro, no Itaim-Bibi em São Paulo, em uma área onde ficavam a mais importantes oficinas de carros de corrida de São Paulo. A MM vendia Puma, fornecia peças e serviços, além de também ser concessionária da linha VW.
Março de 1980 Março de 2010
Hoje a área que era ocupada pela MM foi dividida e no local principal funciona um Snoker Bar.

Puma de corrida - Vários

Naquele assunto sobre o Puma n° 63 Souza Ramos, o meu amigo José "Josamar" Martins, me enviou diversas fotos de vários Puma de corrida. Abaixo o n° 48 com rodas "mexirica".
O n° 63 Souza Ramos...
...E esse de n° 80, quem era?
E nas duas fotos abaixo, muitos Puma de corrida, mas muitos mesmo! Como era bom ver Puma nas pistas, dá muita saudades. Mas isso só foi até 1972, porque depois "excluíram" eles das pistas. Vendo algumas fotos do final da década de 70, começo de 80, nem em sonho poderíamos ver um Puma na pista. Conseguiram acabar mesmo com um grande vencedor.

Puma P-016 (3)

O desenho do projeto Puma P-016 feito pelo meu amigo Paulo Sérgio Fonseca Alves publicado há alguns dias, gerou certas dúvidas que o Paulo esclarece abaixo:
Roda do P-016
Não foi cópia de nenhum veículo. Pergunte ao Eng. Pasini. Foi cópia mesmo de um disco de telefone da época. Foi lançada com sucesso depois como calota no Uno 1.5R há 25 anos, com relativo sucesso. Todos a compravam para colocá-la em todas as versões. Mesmo tendo que trocar também as quatro rodas que eram maiores. Se lembram?
P-016 como cópia Lotus
Aquela parte traseira com o cofre do motor daquela maneira facilitaria muito o molde da carroceria e a visibilidade traseira. Se aquela "parte" se assemelhava ao sistema usado no Lotus, não torna o veículo inteiramente Lotus. Aquela era também ¨só uma" das soluções propostas.

Ninguém inventa nada
A natureza estabelece padrões estéticos e nós estilistas temos a sensibilidade de interpretar e aplicar isso. Quem se preocupa somente em fazer o "diferente" de tudo, se dá mal.

Protótipo Bertone Athos de 1979

Entradas de ar
Um leitor notou e comentou sobre as entradinhas de ar na lateral do protótipo branco. Ele está certo. O Pasini me pediu para refrigerar mais o motor da Variant II que estava ali. Fui no bar da frente, pedi duas garrafinhas pequenas, depois de laminadas e "curadas" estavam prontas. Protótipo é assim, tem é que rodar.

Um abraço. Obrigado Paulo Sérgio

segunda-feira, 29 de março de 2010

Puma de corrida - Estréia GT Malzoni de fibra

'As fotos são da estréia do Malzoni de fibra de vidro nas competições automobilísticas.
A fonte é a Revista Autoesporte de Abril de 1965 (N° 6).
A prova é a I TRÊS HORAS DE VELOCIDADE disputada no dia 14 de Março de 1965 em Recife-PE, no circuito da cidade universitária de aproximadamente 2.600 metros.
Conforme a reportagem: " A grande vedeta era, sem dúvida, o novo protótipo DKW-Malzoni, de Número 9, carroceria de fibra de vidro, 150 quilos mais leve que o modelo anterior. Tinha peso de cerca de 680 quilos, motor Grupo 3, pistão 78 e equipado com carburador duplo e um duplo cortado. O carro foi pilotado por Mário César de Camargo Filho mais conhecido como Marinho. Ele liderou a prova no seu inicio, bateu o recorde do circuito e abandonou por quebra da embreagem na 47ª volta de 97 totais".
Abraço Renato Pastro'

Anuncio (62)

Anuncio veiculado em dezembro de 1980. O Fibrão já fazia modificações nos Puma para o modelo novo, mas não era aquela que a MM fazia, cortando a traseira toda e colocando a nova, essa era um adaptação mesmo, veja o comparativo abaixo com um modelo GTI original.
Quando o produto é trabalhado por profissionais da área e competentes, percebemos que fica bem melhor, porque não é somente cortar o local da lanterna e colocar, fizeram o enchimento dos cantos da traseira e do capô.

Fatos de época - Os Pumas

"... e para começar a semana nada melhor que sair com o felino brabo, a gata e tudo embalado ao som de "Os Pumas".
A+ Claude Fondeville"

sexta-feira, 26 de março de 2010

Anuncio (61) Pirelli Cinturato

Na publicação anterior, da Automóveis e Acessórios, no texto da matéria da primeira página, podemos ler o depoimento do presidente da Suíça falando sobre o Puma e ele não deixou de notar que os pneus eram Pirelli, o mesmo desse anuncio, os famosos "Cinturato", todos os Puma saíam de fabrica com esse modelo de pneus até o lançamento do Pirelli CN36. O arquivo foi enviado pelo meu amigo Henri Dainton Biedermann.

Reportagens - Automóveis e Acessórios 1972

A reportagem da revista Automóveis e Acessórios de março de 1972 conta o começo da história da Puma no árduo caminho do mercado de exportação. A pequena Puma começava seu caminho lutando contra as grandes e principalmente a VW, que sentia-se incomodada com a presença da Puma no exterior. E não sem razão, afinal tinha a confiável mecânica VW como um forte argumento e com um design bonito e muito interessante. Par quem gosta da história Puma, vale a pena ler o longo texto, com depoimentos de Luiz Roberto Alves da Costa, relatando as diversas dificuldades encontradas para entrar na Europa e Estados Unidos. Vocês tem o final de semana inteiro para a leitura com atenção e depois reflitam como foi importante a Puma para o Brasil.
Agradeço aos amigos Paulo Sérgio (desiger da Puma) e Mário Estiválet (site Lorena GT) pelas páginas enviadas.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Anuncio (60) Autozoom

O anuncio foi publicado na revista Autoesporte de maio de 1972, enviado pelo meu amigo Henri Dainton Biedermann. E olhem a grande surpresa, esse Puma era Espartano!!! A Autozoom era famosa na preparação de motores VW a ar, com diversas vitorias em corridas. Como diz o anuncio, o Puma 2000 corria na Divisão 4 até 2000 cc. No ano seguinte acabaram com a categoria, deixando muitos Puma fora das competições nacionais, não existia mais nenhuma categoria onde o Puma poderia se encaixar. O Josamar, que corria com o Espartano n° 48, quando me contou esse fato, percebia-se a tristeza em suas palavras. Desentendimentos entre a Puma e a Federação, porque Puma ganhava tudo.

Puma de amigo - GTB 1977 Street

O Puma GTB 1977 é do meu amigo Álvaro Romero, tem motor original com apenas a mudança no sistema de refrigeração que era de hélice e passou a ser ventoinha. O diferencial é de Maverick V8 com freios a disco na traseira.
Os demais detalhes do carro foram garimpados na originalidade. A restauração levou dois anos e meio para ficar pronta, mas muito exigente, o Álvaro diz: " No meu conceito ainda faltam pequenos detalhes para terminar (falta de tempo)."
No ano de 1977 (último trimestre) houve a grande mudança da lanterna traseira e é fácil saber quando o GTB usa lanterna de Alfa Romeo 2300 TI ou as raras lanternas de Saab Sonet III.
Reparem no ressalto na saia traseira inferior. Esse ressalto é para caber o jumelo das molas, pois o painel traseiro como um todo foi modificado. A Placa passou para a parte inferior e o painel ficou mais chanfrado, sendo necessário o ressalto.
Não tem jeito, o GTB precisa de rodas maiores para ficar bonito. A Puma também queria na época, mas não existiam pneus tão largos de fabricação nacional e importar custava muito caro. Além disso em 1976 os portos foram fechados.
Foi instalado o ar condicionado com todo o sistema original.
O painel de instrumentos foi desenhado e projetado pelo Álvaro, com os contagiros laterais. Depois de vários testes e 01 ano de projeto, chegou naquilo que queria e gostou muito.
A parte de tapeçaria, com os bancos, laterais e console forrados em couro, sendo que os bancos são da Procar do Kadett GSI com mudanças na altura.
As rodas em desenho original, porém em aro 15" ao invés do aro 14" original. A tala traseira é 10" e 8" na dianteira, com pneus 295/70x15 e 235/70x15, respectivamente.

Um primor de restauração, feita nos mínimos detalhes e com muito bom gosto. Eu gosto de GTB Street, são mais sóbrias. As Hots, tem que tomar muito cuidado na elaboração do projeto, porque senão acaba com o carro.