Bom, essa semana estava colocando a chapa de proteção das flautas dos tuchos do motor, o meu Puma não tinha essas chapas e sei que elas ajudam no sistema de refrigeração do motor.
Como eu acho que nenhum engenheiro que projetou o motor boxer era "retardado", sei que todos os componentes do motor são importantes para seu perfeito funcionamento.
En tão, reparei que no lado direito do motor (visão de quem olha ao abrir a tampa do motor), bem no cantinho, embaixo das flautas e aonde esu estava fixando as chapas, vi um furo rosqueado que claramente não era para aparafusar a chapa. Enfim, perguntei ao mecânico e ele me respondeu que ali vai um tipo de sensor, mas não soube precisar direito.
Sendo assim, fui pesquisar na Internet do que se tratava e a opção mais lógica, para encontrar uma resposta foi olhar o manual do motor boxer em pdf e saber que peça iria ali...
Bom , a peça em questão é o Termostato do motor.
Fui pesquisar o assunto e achei as seguintes informações sobre:
SISTEMA DE ARREFECIMENTO A AR
No mercado automotivo o uso deste sistema não se estendeu por muito tempo, apenas algumas marcas como Porsche e Volkswagen foram mais longe em seu uso. Este sistema tem como maior característica sua simplicidade. Não há circulação de água dentro do motor, o arrefecimento é realizado pelo fluxo de ar que passa por ele durante o deslocamento do veículo. A temperatura de funcionamento em motores arrefecidos a ar é maior que em motores arrefecidos a água, por sua vez o óleo lubrificante acaba por ter um importante papel na troca de calor com componentes internos, o que motivou o uso de óleos de qualidade e radiadores de óleo para esses motores. A temperatura do óleo é monitorada por um termostato. Aletas usinadas no cabeçote garante maior área de contato com o fluxo de ar e assim melhor arrefecimento. Embora estes motores atinjam sua faixa de temperatura de trabalho mais rapidamente, em situações de baixo ou inexistente fluxo de ar, como paradas em marcha-lenta ou subidas muito longas, o arrefecimento ficaria comprometido. Isso não ocorre devido ao uso de uma ventoinha, que pode vir montada na árvore de manivelas, garantindo o fluxo de ar necessário para o motor. No entanto, nos momentos que o motor precisar atingir ou manter a temperatura de trabalho, como nas partidas à frio, deslocamento em alta velocidade ou descidas de montanha, utiliza-se um obturador que cessava a passagem do fluxo de ar para as aletas do cabeçote para garantir a temperatura ideal de funcionamento. A limitação deste sistema está no fato da grande variação de temperatura durante seu funcionamento, e de sua sensibilidade a variação de carga do próprio motor e da temperatura ambiente, resultando em tolerâncias de projeto maiores e óleos mais viscosos. Sua manutenção está vinculada a correia que liga a árvore de manivelas a ventoinha, e nos casos de ventoinha diretamente acoplada na árvore de manivelas, não há nenhuma manutenção. Fonte www.carrosinfoco.com.br.
TERMOSTATO DA CAPELA DO MOTOR
Muita gente desconhece, pois a ignorância dos mecânicos brasileiros tornaram essa peça quase extinta. O motivo até que justo: ela controla aletas na parte inferior do motor e, caso ela deixe de funcionar com as aletas fechadas, o motor não terá a refrigeração adequada e fritará mesmo.
A função dela é deixar as aletas fechadas quando o motor está frio, fazendo com que a refrigeração seja limitada e este se aqueça mais rapidamente, aumentando a eficiência da combustão e menor desgaste do mesmo. Quando está quente, ela abre as aletas, direcionando o ar exatamente para a parte superior dos cilindros, onde ocorre a combustão e, portanto, onde aquece mais. Sem asa aletas, o ar simplesmente sai uniforme, ventilando da mesma forma os cilindros por completo, ao invés de mais ar onde eles esquentam mais.
Se você tem um relógio de temperatura no seu Fusca, corra atrás do termostato, do mecanismo das aletas incluindo a mola e a vara que os aciona. Digo do relógio, pois, caso um dia o termostato venha a falhar, você poderá averiguar o aumento de temperatura no ponteiro antes que seja tarde demais. Mas elas raramente falham. No exterior, onde faz mais frio e, portanto, o uso delas é fundamental, o uso dela é consenso.
Como aqui no Brasil o clima é quente, não fazia muita diferença, pois o motor se aquece bem mais rapidamente do que lá. No entanto, sem as aletas e o termostato, a ventilação nunca se´ra a projetada pela VW: o ar sendo direcionado mais para a cabeça dos cilindros do que para o resto.
Fonte www.fusca4ever.com.br.
Bom... a dúvida surgiu.
No Puma a verificação de pressão e temperatura do óleo se dá atgravés da "cebolinha" do óleo e do sensor de temperatura (foto abaixo), que está do outro lado do motor:
Então, no caso, como se resolve esse dilema?
Por um lado o termostato do motor faz parte do processo de arrefecimento e verificação da temperatura nos motores a ar, por outro, a verificação da temperatura nos Puma se dá de outra maneira...
Você saberia alguma informação sobre isso? Se o motor do Puma tinha o termostato também?
Por um lado o termostato do motor faz parte do processo de arrefecimento e verificação da temperatura nos motores a ar, por outro, a verificação da temperatura nos Puma se dá de outra maneira...
Você saberia alguma informação sobre isso? Se o motor do Puma tinha o termostato também?
Eudes e amigos, isso é velho! A peça, não a questão. Poucas pessoas conhecem ou ouviram falar, mesmo aqueles aficionados em Volkswagen. O sistema realmente tem essa função de abrir e fechar a passagem de ar para os cilindros, e quem vai regular isso é o termostato. Mas vamos lembrar que o motor foi criado na Europa, onde as temperaturas chegam abaixo de zero em algumas localidades. Em locais com muito frio, qualquer motor sofre para pegar. Imagine na situação, um motor refrigerado a ar, quando vai dar a partida, a ventoinha mandando ar gelado em cima dos cilindros? Congelando ainda mais o metal? Vocês sabem que no frio extremo, qualquer peça para se movimentar endurece, até as juntas do corpo humano.
Então esse ar gelado não é bem vindo no motor, por isso, o termostato fecha a passagem de ar.
Aqui no Brasil, os primeiros Volkswagen chegaram com o termostato, mas logo percebeu-se que não funcionaria no país tropical, onde alcançamos temperaturas muito altas. Providencialmente as peças foram removidas pela VW. E aqueles carros que ainda tinham, os mecânicos retiravam e jogavam fora.
Agora vocês imaginem se por algum problema não abre essa passagem? O motor a ar frita inteiro. E as chances desse termostato falhar no Brasil era muito grande.
O termostato foi criado para uma situação específica, mas ele nunca irá substituir nenhum outro equipamento (cebolinha) que mede a temperatura do motor, porque se o motor aquecer demais por algum problema de refrigeração, tendo ele ou não, vai continuar o problema. Exemplificando: não ter a vedação correta dentro do compartimento do motor, misturando ar quente que veio da parte baixa com ar fresco das tomadas de ar. A refirgeração será comprometida e de nada adiantará o termostato, porque ele continuará aberto. Ainda bem, porque se fechar com motor quente... um abraço, o motor já era!
São duas coisa distintas, a medição da temperatura do óleo dentro do motor para a "cebolinha" será um aviso ao condutor. No termostato será para abrir a passagem do ar.