sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Barracão do Puma

O meu amigo Marcos Virgínio Pasini, Engenheiro Mecânico Automobilístico, ex-funcionário da Engenharia da Puma, me mandou a foto com o título "Barracão do Puma".
Logo respondi: - Barracão hoje em dia, porque na época era a fabrica na Avenida Presidente Wilson, no Ipiranga, em São Paulo-SP.
Para minha grata surpresa a tréplica:

É verdade, Felipão!!!

Tenho saudades lá da Pres. Wilson, quando estava com o saco cheio de corrigir desenhos, saía da sala para ver os protótipos na modelação ( na época estava germinando o Puma P-018), percorrer a linha de montagem, com aquele cheiro de fibra, misturado com estofamento, cola, etc.

Eu "escolhia um carro qualquer (normalmente GTS - isso foi entre 1979 e 1980) e acompanhava a evolução dele na linha até ficar pronto e sair de caminhão cegonha ou o proprietário vir buscar pessoalmente. Meus prediletos eram os vermelhos e azuis, com capota creme. Mas as outras cores também eram lindas.

Na entrada eu estacionava a minha Honda Turuna, logo após a "Setegalo" (Honda 750 Four) do Luiz Carlos Costa. Era uma Setegalo com as "tunnagens" da época, banco rabeta, guidon Tomaselli, escape 4x1, rodas Scorro, pintada de dourado e preto com a cara da fera Puma (enorme) em cada lado do tanque.

Sinto que trabalhar na Puma foi um presente que ganhei e agradeço a Deus por isso. Não poderia ser melhor meu "debut" como Engenheiro na Indústria Automobilística.

Hoje, pouco antes do almoço, dei uma navegada no Google e achei umas fotos do Puma Classic. Via a foto do sobretudo cinza e a foto onde aparecemos o Zambone, o PS (Paulo Sérgio) e eu, quando da tarde de autógrafos do meu livro.

Nessa hora parece que voltei de novo, desta vez para a Rua Vemag, para onde a Engenharia Puma e mais alguns departamentos se mudaram em 1980. Foi ali que começamos a montagem do P-016 e foi de lá que saíram os dois protótipos que tanto testamos nas ruas e estradas.

Foi um momento único... Nunca poderia imaginar que o sonho de todo Engenheiro Mecânico Automobilístico, que é "fazer um carro" iria, de certa forma, se realizar comigo... Da prancheta aos testes de rua.

Minha realização profissional já tinha começado ali e eu nem tinha percebido.

Por isso que digo, para mim participar da Puma foi um presente de Deus.

Obrigado!

Marcos Virgínio Pasini

Fotos de época - GTE 1974

O Puma GTE 1974 foi do meu amigo Carlos Hansen que nos conta:
Comprei este Puma na Feira de domingo no Anhembi em São Paulo, no ano de 1978. Fiquei com ele por dois anos até comprar o Puma GTS 1978 que tenho até hoje.
Dá para notar que as rodas foram trocadas por aro 13" de tala 8" na dianteira e 10" na traseira, com pneus marca Esso. As lanternas traseiras redondas de Opala e não tinha luz de ré. Os faróis eram amarelos e lanterna dianteira branca. A cor do carro também foi alterada, acredito que a original era roxa clarinha. Quando comprei já estava com essas alterações. O pessoal não tinha dó, mudava tudo! 
Este Puma tinha motor muito forte, dava pau nos meus colegas que tinham Passat TS e SP2.
As rodas eram o modelo Titânio, que apesar do nome, não tinha nada desse material.
 Era muito comum isso, alterar as rodas era padrão e outras alterações eram pequenos detalhes, como os faróis amarelos muito em moda no ano de 1974; trocar as lanternas dianteira por branca ao invés das de cor âmbar; pintar os limpadores de preto fosco e em alguns veículos trocar o espelho retrovisor externo. Como o Puma tinha espelho esportivo, não trocavam, como neste caso.
 Alterações de carroceria era menos comum, porque custava muito caro. Este Puma tem os limpadores cruzados, identificando ser do começo de 1974. Esse modelo de antena fixa com molinha foi a maior "onda'.
 O Puma até que estava bem mais original que muitos que encontramos hoje em dia. Dobradiças do capô bicuda, saída do ar interno em preto fosco, frisos nos vidros, apenas as lanternas foram trocadas, adaptaram as lanternas do Opala 1975 e serviço com bom senso de estética. Essa lanternas eram saltadas devido a inclinação do painel traseiro do Opala e aqui, eles embutiram para que elas ficassem retas e menores em diâmetro, lembrando muito as lanternas do Puma GT 4R, que eram as do Chevrolet Corvair.
Quando ao motor "mexido", era de praxe, porque quem gostava de automóveis, não queria ser ultrapassado com facilidade, mesmo na cidade. Os rachas involuntários aconteciam frequentemente e terminavam mais rápido do que começavam. Era apenas para mostrar daquilo que seu carro era capaz.

Chaveiro Puma - Posto Padre Vitor

No chaveiro do Posto Padre Vitor, da cidade de Nepomuceno-MG tem entre duas camionetas, o desenho de um Puma antigo em destaque. 

O chaveiro pertence a coleção do meu amigo Paoluccio.

Dia A Dia

Quem gosta cuida e leva para passear, arrumar, mesmo que na plataforma. O importante é passear. Em dia chuvoso em São Paulo, o meu amigo Carlos Xavier não perdeu o clique.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Anuncio (141) Primo Jet

A mocinha está utilizando o aspirador em um Puma GTS 1973, que é muito bom, o Puma. O aspirador nunca utilizei esse modelo, vi na época, não tinha muita força de aspiração, mas para pequenos detritos funcionava. Comprar? Acho que não. Mas para aqueles que insistem em querer consumir, melhor ver o equipamento pessoalmente na Mesbla, Mappin ou Sears ...

Feras e Gatas

Falando em maçanetas de porta, achei essa imagem que, se olharem bem atentamente verão a pontinha da maçaneta, mas acredito que não vão enxergar...

Maçaneta de Abertura de Porta - 1967 a 1972

As maçanetas de abertura de porta do Puma de 1967 até 1972 era a mesma utilizada pelo Fissore DKW. O desenho era moderno e singular para época. O funcionamento era idêntico a de maçanetas de outras marcas, um leve para cima e a abertura é realizada. O travamento se dava abaixando a maçaneta.
 Desde o primeiro Puma GT com mecânica DKW. A maçaneta de acionamento do vidro já falamos na matéria Maçaneta do vidro Puma 1967-1976.
 E continuou na linha Puma GT com mecânica VW. A forração de porta continuaram com o mesmo desenho, apenas o puxador de porta era mais "bojudo", com sua linha curva mais acentuada e...
  ... A inclusão do cinzeiro nas laterais de porta, vindos também dos DKW.
 No Puma GTE, as maçanetas continuaram as mesmas, só perdendo o cinzeiro e o puxador de porta voltou a ser esguio como nos Puma DKW.
A partir de 1971 o friso cromado que cortava a lateral desde os primeiros modelos, deixou de existir. Aproveitando, vejam o detalhe da terminação pontiaguda deste friso.
Nos GTE e GTE Spider de 1971 as mesmas maçanetas.
 Agora a parte mais chata para os perfeccionistas, o mecanismo de abertura das portas, fechaduras, travas e batentes eram todos do Fissore DKW.

 O suporte e batente de apoio da porta, utilizado nos veículos europeus da década de 50, seguiam no Puma e eram da linha DKW, mas da linha VW década de 50 é a mesma coisa. Até o VW SP2 utilizou esse artifício de apoio das portas, mesmo não tendo mais nenhum modelo em toda sua linha que os utilizasse. Quando digo que muitas coisas existentes do SP2 era baseada no Puma, algumas pessoas não concordam.
 E aqui vemos a mocinha acionando o travamento da maçaneta. Importantíssima essa imagem, pena não ser a cores para os devidos detalhes.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Puma pelo mundo - GTE 1973

 No mesmo The Samba/fórum da publicação anterior, no final aparece uma outra pessoa mostrando seu Puma, um GTE 1973 que está em Nantes, na França. Este também exibe um alto índice de originalidade. Neste os limpadores ainda são os cruzados; as rodas 'Estrela' originais e maçanetas de botão, item lançado nesta nova carroceria de 1973. Faltam as metalizações das bolhas dos faróis e capas dos para-choques.
 Apesar de 1973, que já tinham as lanternas dianteiras redondas, para exportação continuava as lentes bicudas das lanternas de motocicletas em geral e a cavidade do local era menor que nos modelos brasileiros. Isso se deve ao fato que as lentes das lanternas do Puma brasileiro após 1973 eram da recém lançada Honda 400 Four e na Europa ainda não havia oferta em grande escala dessas lentes, tornando a reposição mais um item importado.
Na traseira as lanternas de Saab Sonett III e o grande problema dos europeus, a falta do escapamento Kadron para substituição. 
 
Acontece que na Europa, os escapamentos esportivos para a mecânica VW a ar, levavam em consideração a carroceria do Fusca e seus derivados, que tem um bom espaço entre o motor e o final da saia traseira, o que não acontece com o Puma. Nos primeiros modelos Puma, o abafador (silencioso) ficava sobre a aranha, que vimos em Escapamento Puma, justamente por essa falta de espaço. 
Desde o começo dos anos 60, a Kadron fabricava o escapamento esportivo para VW, como o modelo abaixo, o qual não serve no Puma por falta de espaço e além disso, a Puma utilizava o escapamento dimensionado, ou seja, o comprimento dos canos de exaustão percorrem um espaço que dê exaustão mas ao mesmo tempo fornecem compressão ao motor. Esse modelo de aranha simples não oferece essa situação. Muito tempo depois, a Kadron idealizou o escapamento especial para o Puma, dimensionado como a Puma tinha projetado, mas com o abafador na lateral. 
Voltando ao GTE 1973 na França, internamente também está bem original, painel, volante, botões, console e bancos. Bancos com o tecido freeze original do modelo 1973/74!!!
Apenas o cinto de segurança, carpete e umas estranhas saídas de ar no console, não são originais.
Esse Puma no Brasil, na mão de um bom proprietário conhecer da originalidade Puma, ficaria show!

Puma pelo mundo - GTE 1972

Este Puma GTE 1972 está no The Samba/forum, dica dada pelo meu amigo Luís Claudio Falgão. O GTE está na Holanda e o proprietário diz que está na família há 30 anos, dos quais, 10 anos parado em uma garagem. Agora eles reviveram o Puma, arrumando motor e outros detalhes.
Muito original, o Puma ainda exibe as lanternas dianteiras redondas de motocicleta - com a lente arredondada e não retas como nos brasileiros após 1973. Rodas, maçanetas e muitos detalhes originais. Os limpadores cruzados foram substituídos por um único, faltam as bolhas dos faróis e espelhos trocados.
 Internamente ainda tem o painel original, que ao contrário do brasileiro, não tinha imitação de madeira e sim uma peça de fibra de vidro corrugada. Volante e console originais, bolota da alavanca de cambio dos modelos para exportação...
...E bancos originais.
E o Puma voltou a ver a luz do sol.
Como o proprietário diz no fórum, os bancos custariam muito caro para restaurar e resolveram guardá-los e instalaram outros no lugar. Infelizmente trocaram o volante e deram um novo acabamento na parte interna, pouco profissional.  
As lanternas traseiras são as originais do Saab Sonett III,
que já incorporavam nas extremidades internas das lanternas, a luz da placa de licença, como vemos a imagem de um Saab 1972. Para facilitar a reposição de peças na Europa, a Puma adotou essa lanterna, que era muito parecida com as lanternas do Puma brasileiro.
No vídeo abaixo, o Puma testando o motor no dinamômetro.  

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Fora de área - Puma Youabian

Posicionado na entrada do Salão de Los Angeles, o Puma Youabian chama atenção de qualquer pessoa. Não somente pelo seu estilo, um tanto diferente, mas com seus 6,195 m de comprimento e 1,843 m de altura, não tem como deixar de olhar.
Com chassi de alumínio e aço, carroceria de alumínio e composto de fibra de vidro, seu desenho não é nada convencional.
 O motor, um V8 de 7.0 litros, com 505 HP da GM pode levar o carro de zero a 100 em 9,8 s.
Desenhado por Dr. K. Youabian e nome já muito utilizado por outros veículos, como Moto Puma na Argentina, 1952;  Puma GT no Brasil 1966 e Puma da Ford européia 1997, a questão do registro de patente do nome teria que saber mais nos registros das Marcas e Patentes norte-americanas. 
 Emblema do fabricante.
 Conversível de 4 lugares, como diz o fabricante de los Angeles: o Puma foi concebido para indivíduos que se atrevem a ser diferentes do normal, os que vão um passo além, alcançando o melhor que se pode ser. É simplesmente um veículo de prazer. 
 Internamente, muitas peças oriundas do Volvo e desenho tradicional, mas não abandonando todos os mimos que os veículos top de linha tem.
 Bruto. Talvez seja esse o melhor adjetivo para seu desenho. Outros veículos tem esse atributo relativo ao seu desenho, somado ao desempenho para fins específicos, mas não esse. Simplesmente bruto no visual. Jamais agressivo, pois suas linhas curvas e suaves nos dão certa fluidez ao olhar, mas ao mesmo tempo, por seu tamanho gigantesco, acaba se tornando um bruto,  como aquelas pessoas enormes que chamamos de armário 2 x 2.
 Sua exageradas rodas de 20 polegadas e pneus de 44 polegadas ajudam a lhe dar esse aspecto brutal.
E como todo bom conversível ele tem capota... E aí fica mais horroroso.
 Para se ter a verdadeira noção do seu tamanho, olhe a pessoa limpado o Puma na foto abaixo.
Ah! já estava esquecendo, custa só 1,1 milhão de dólares, nos E.U.A.
Veja mais no site do fabricante Puma Automobiles.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Puma GTE 1975 - Imagens para restaurações

 As fotografias são da Puma Veículos e Motores Ltda., nelas podemos nos basear para a realização dos vincos da carroceria na restauração. Atualmente muitos veículos Puma são vincados ao extremo e na verdade não era assim. Portanto, essas imagens devem ser seguidas para uma perfeita restauração.
Outros dados constantes nelas servem para balizarem os detalhes de acabamento e peças originais. Inventar borrachinha na lanterna de placa ou para-choques, e até pintar a saída traseira do ar interno da cor do carro, não são atitudes bem vindas na originalidade.
 Detalhes da pintura / polimento das rodas e limpadores são importantes para mostrar uma época.
 O capricho em uma restauração é copiar exatamente todos os detalhes originais, o resultado será reconhecido por qualquer amante da marca.
As imagens foram feitas no Parque Independência, em frente ao Museu do Ipiranga, local que a Puma adorava fotografar seus veículos.

Eventos - Auto Esporte Expo Show

Está acontecendo até domingo (24/11/2013) em São Paulo-SP, no Anhambi, o evento Auto Esporte Expo Show. O nosso amigo Sylvio Fujioka fez uma prévia antes da abertura do evento, que este ano diminuiu a área reservada aos automóveis antigos. 
A maioria dos veículos pertencem ao Veteran Car Club de Brasília, não me perguntem o por quê. Os veículos expostos são de primeira qualidade e retratam o desejo da maioria dos visitantes, como o GT Malzoni...
GT Malzoni 1966

GT Malzoni 1966

GT Malzoni 1966
 ... E outras máquinas.

Copersucar Fittipaldi FD 01

Copersucar Fittipaldi FD 01

Copersucar Fittipaldi FD 04

Copersucar Fittipaldi FD 04

Copersucar Fittipaldi FD 04

 O Formula Indy de Emerson Fittipaldi, o qual ganhou o Campeonato de 1989 e as 500 milhas de Indianapólis.
Penske PC18 Chevrolet 265A

 Excelente exposição, muito boa.

Porsche 911

Puma GTE 1978

Willys Interlagos Berlineta 1965

Willys Interlagos Berlineta 1965

Willys Interlagos Berlineta 1965

Willys Gordini 1967
 O Belo Antônio (bonito mas impotente), apelido dado ao Simca (E) e o Alfa Romeo do Sylvio Fujioka.
Simca 1966  e Alfa Romeo 2300 B 1976

VW Sedan 1952

VW Sedan 1952

VW Karmann Ghia 1970

VW Karmann Ghia 1970

Camaro SS 1967