sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Puma GTE 1975 - Verde Nobre

Esse GTE 1975 é do mesmo colecionador daquele GTE 1971 cinza da publicação de ontem. Estava também no Chamonix Classic Challenge 2005 na pista da Pirelli. 
Lindo, maravilhoso,  e tudo que essas palavras significam. Eu adoro esse modelo de Puma, principalmente  com rodas "cruz de malta". Por que será?
 Essa cor também é linda, um tom dos clássicos Jaguar. Não posso afirmar 100% que a tonalidade é original, mas o Verde Nobre fornecido pela Puma em 1973 a 1975 é bem próximo. Digo isso, porque as tintas atuais são bem mais brilhantes e tem um realce maior, não conseguindo transmitir exatamente o mesmo efeito antigo. Essa cor era uma das muitas preparadas dentro da Puma, não sendo encontrada em lojas de tintas.
Nesse Puma, também não foi pintado de preto a moldura das saídas do ar viciado interno. As dobradiças do capô deveriam ser as "bicudas".
 Essa foto mostra bem a beleza do Puma "Tubarão". Mostra também o meu amigo Alberto (camisa verde) da Suspentécnica, que prepara os motores desse colecionador...
 ... E deem uma olhada no que tinha embaixo do capô. Além da carburação HPMX Empi * (pode ser 40 ou 44 porque o corpo é o mesmo), um belo compressor para o ar condicionado.
* Informação dada pelo meu amigo Irineu Desgualdo Jr.

Emblema Puma GT 1600

Babem, esse emblema da foto é original, nunca restaurado e ainda com a resina vermelha, que era importada e não se encontra mais.
Adotado em 1966, a criação desse emblema foi muito feliz e mais feliz ainda foi a Puma por ter permanecido com ele até o fim dos tempos. Ele era contemporâneo para época da criação e nostálgico ao longo dos anos. Quando a Puma mudou seu material para plástico preto em 1979, muitos proprietários não gostaram. Apesar da nova configuração ser mais moderna, na moda no final dos anos 70, o comprador Puma mostrava ser tradicionalista. Por isso encontramos muitos veículos Puma após 1979 com emblemas cromados. Muitos fabricantes mudam os emblemas de seus automóveis ao longo do tempo, atualizando,  e nunca ouvi falar que alguém reclamasse. No caso do novo Punto eles mudaram o logotipo e eu não gostei, mas vai ver que são poucas pessoas com o meu pensamento. O antigo tinha uma criatividade muito boa e se tornava singular, sendo uma marca registrada do veículo, mas a Fiat mudou. Agora eu pergunto: Puma teve medo de mudar ou os consumidores não deixaram? Eu fico com a segunda opção. Poucos artistas conseguem esse feito: criar uma arte que seja adorada pela grande maioria.

Onde está o PumaWally?

A loja no bairro paulistano da Vila Nova Conceição não existe mais, para dar lugar a um edifício, mas a imagem permanece.

PUMACOR - Amarelo Igaratá (2)

O meu amigo Regis a procura do bege de seu Puma me perguntou que cor era essa. Esse é o Bege Igaratá, que foi incluído no catálogo PUMACOR de 1979. A cor originalmente foi criada para a linha Ford de 1979, com código Glasurit FD-4285. Para a Puma o nome era o mesmo, mas o código mudava a inicial que identifica a montadora na nomenclatura da Glasurit: 0750-4285. 
Foto Sylvio Fujioka - 2003
A formula dessa cor está aqui.

Dia A Dia

Recebi essa foto do meu amigo Barata, que atualmente reside em Brasília-DF. Ele conta: - Hoje (30.08.2012) tive que ir à Campinas-SP (avião) e de lá até Cotia-SP (carro). Na volta a Campinas, olha o que encontrei na estrada. Acompanhei e deveria estar aproximadamente a 110 ou 120 km/h.  
Imediatamente um amigo nosso, o Paulo Mostardeiro, que também recebeu a mensagem respondeu:  - Maravilha Barata, são os poderosos Puma, no caso um Puma GTS, que pela velocidade informada deveria estar ainda em primeira marcha...
Só me restou sorrir. O importante é: quem gosta usa, mesmo em velocidade de cruzeiro como esse aí, não precisa correr.

Eventos - Campo Largo 2012

No dia 25 de agosto de 2012 foi realizada a 5a. Exposição de Veículos Antigos e Especiais de Campo Largo - PR, onde comparecem alguns Puma. O Puma GT DKW na cor prata está muito bem restaurado e pela minhas contas é o oitavo Puma DKW prateado que conheço.
O Puma conversível...
 ...Como o "tubarão" não poderiam faltar.





 E claro, como de praxe, os modificados também estavam presente.

Vejam todas as fotos do evento aqui e o belo filme feito pelo Gil.

Eles fazem sorrir

O jornalista Flávio Gomes escreveu esse texto e foi publicado na revista Quatro Rodas em 2005. Como saiu com alguns cortes, publicou na íntegra em seu blog, em dezembro daquele ano.  A dica foi dada pelo meu amigo João Guilherme de Campinas-SP. Nessa história do Flávio me fez relembrar de um ocorrido em dezembro de 1997, quando em viagem de São Paulo ao Guarujá, meu carro com seis meses de uso apagou perto da curva da onça na Rodovia Anchieta. Parei, abri o capô, olhei, olhei e fiquei pensativo. Meu filho mais velho, então com dezesseis anos, saiu do carro e disse: - E aí pai ? Você não entende de carro, por que não arruma?  Olhei para cara dele e disse: - Eu entendo de carro, não de eletrônica. Aqui só tem caixas, não tem um parafuso ou porca para a gente apertar... Era combustível adulterado que deixou o computador central louco. Na época nem se falava sobre adulteração de combustível com solventes, mas já existiam salafrários de plantão em posto de combustível na região nobre de Moema. 


Por Flavio Gomes*
Não queira ter uma relação com seu carrão cheio de botões, reboque cromado para não puxar nada, flex powers, trios elétricos, fly by wire, e ABS igual à que eu tenho com os meus. Você vai perder.
Meus carros têm nome, eu converso com eles e entendo o que se passa no seu coração. Ninguém olha para você nesse esquife filmado com vidros escuros como o breu. Para mim, todos olham e acenam.
Se o seu carrão pifar no meio da rua, ou numa estrada no fim do mundo, ninguém vai parar para te ajudar. E se alguém se aproximar, você vai achar que é ladrão. Se um dos meus estancar no meio da avenida mais movimentada de São Paulo, vem um monte de gente para empurrar. E é o pai de um que teve um igual ao meu, o tio do outro que dirigia um táxi idêntico, a avó de um terceiro que ainda tem o seu guardado na garagem que só usa para ir à feira, e se eu não souber o que fazer para ele pegar de novo, alguém saberá.
Meu kit de sobrevivência nas ruas é barato. Um joguinho de ferramentas, desses que se compram em camelôs, com uma chave de fenda, um alicate, algumas chaves de boca. Um frasco com gasolina para jogar no carburador de vez em quando, um galão de água para refrescar o radiador. Oh, que coisa mais primitiva, dirá você.
OK. Tenha uma pane no seu carrão eletrônico para ver o que acontece. Nem tente abrir o capô. Você não sabe o que tem lá dentro. Cuidado, ele pode te engolir. Torça para o celular estar com o sinal pleno e chame um guincho, a seguradora, o papa. Sente e espere. Seu carrão só vai funcionar de novo quando conectarem um laptop nele. E prepare o talão de cheques.
Meus carros, não. Têm carburadores, distribuidores, diafragmas, bobinas e velas, tudo à vista. Sei quando o piripaque é na bomba de gasolina. Sei quando é sujeira da gasolina. Sei assoprar um giclê. Aliás, sei onde fica o giclê. Procure algo parecido na sua injeção eletrônica.
Seu carro é um emérito desconhecido sem história ou currículo. Os meus têm 40 anos ou mais, já passaram por muita coisa nessa vida, e quando saíram de uma concessionária, décadas atrás, estacionaram na garagem em forma de sonho realizado. Carro fazia parte da família, antigamente.
Ah, mas o meu tem ar-condicionado, disqueteira e controle de tração, dirá você. Sim, mas você nunca terá o prazer de dirigir de vidros abertos e cotovelo para fora da janela, meu rádio toca as mesmas músicas, e não me faça rir com o seu controle de tração. Quantas vezes ele foi necessário?
Além do mais, existe um negócio chamado prazer. Prazer de ter algo que lhe é caro e precioso, mesmo que não valha muita coisa. Carros iguais ao seu todo mundo tem. Vejo aos milhares todos os dias, e nenhum deles tem a cara do dono. Os meus têm. E quando eles quebram, eu mesmo conserto. E eles me agradecem andando de novo, fazendo com que as pessoas sorriam quando passam, fazendo barulho e soltando fumaça.
Não há nada como um automóvel que faça alguém sorrir.
* Flavio Gomes, 41, é jornalista, tem sete DKWs, cinco Volkwagens e uma Lambretta, todos fabricados entre 1958 e 1970. E mais umas coisinhas escondidas que não revela nem sob tortura, porque não está a fim de se divorciar.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

The Best of Puma - GTE 1600 1971

Esse Puma GTE 1971 é de um colecionador de Puma de São Paulo. Ele estava no evento da Chamonix de 2005 na pista da Pirelli em Sumaré-SP para o Classic Challeng. O GTE, assim como outros modelos do colecionador foi levado pelo meu amigo Alberto da Suspentécnica, que deu apoio mecânico ao evento.
O espelho do lado direito não era usado na época, apenas alguns pilotos optavam por utilizá-los. 
Bem original em todos os detalhes...
 Apenas na saída do ar viciado do interior do veículo, a moldura não foi pintada de preto e as saídas do ar quente da parte baixa do motor foi alterada para furos redondos ao invés dos rasgos.
 O alinhamento da carroceria, portas e capôs é muito bom para um veículo de 1971. As bolhas não ostentem mais as partes metálicas, que hoje podem ser substituídas por fabricarem novamente.
 O detalhe das dobradiças "bicudas" e do logotipo no canto inferior direito do vidro, ainda original. Como já mencionei a moldura da saída do ar deveria estar em preto.
 No interior mais originalidade, volante, instrumentos, botões, console, bancos, etc. Já a madeira do painel foi substituída por outra de qualidade muito melhor que da original. A bolota do cambio também é moderna.
As rodas "tijolinho" de magnésio aro 14 são exatamente as mesmas de quando saíram da fabrica, assim como as lanternas laterais de sinalização de direção e as maçanetas de Fissore DKW.
Apesar de alguns pequenos detalhes não serem originais, esse Puma é muito bom, bonito e transmite perfeitamente a imagem de um Puma daquele tempo. Por isso é merecedor de estar na galeria do The Best of Puma.

Galeria do Rinaldi - GTS Monocromática

Esse Puma GTS 1980 monocromático é do meu amigo Ricardo Gurgel. O clique foi feito pelo meu amigo Rinaldi no VII Encontro Nacional do Puma realizado em Florianópolis-SC em 2010.

Eventos - Pirenópolis 2012

No dia 18 de agosto de 2012, a cidade de Pirenópolis-GO foi palco para a Exposição de Puma e o I Encontro do Clube do Puma Centro Oeste e V Encontro do Clube do Puma de Pirenópolis, realizado pelos Puma Clube de Brasília e Puma Clube de Goiás. Peço desculpas pela demora da publicação, ocasionado por problemas técnicos com nosso correspondente em Brasília... O Léo esqueceu a máquina fotográfica, somados ao minha falta de tempo, atrasou bastante. Parabéns ao meu amigo Jânio pela organização do evento e pelo aniversário.  Vamos lá com texto de Carlos Paniago e fotos do Araújo e Léo Gaúcho.
A pose para fotos com o fundo dos Jerivás. As pessoas se encantavam e paravam para tirar fotos, admirando a beleza dos carros.


O encontro aconteceu no Centro Histórico da cidade, junto a Igreja da Matriz. Foi um grande sucesso, reunindo 41 automóveis Puma de diversos modelos. 




A noite houve o jantar de confraternização em um salão de festas da cidade, oferecido pelo Puma Clube de Pirenópolis e organizado pelo amigo e aniversariante Jânio e sua família. Houve a entrega dos troféus aos participantes...

... Bem como a entrega de medalhas às mulheres.




O comboio na estrada, desde a saída de Brasília até àquela cidade goiana foi um espetáculo à parte, pois as pessoas que passavam, buzinavam, tiravam fotos e davam tchauzinho. Foi muito interessante.