segunda-feira, 29 de setembro de 2008

PUMACOR

A Puma, no começo adotava muitas cores sólidas da linha VW, as metálicas da linha Ford e GM, mas tinha as cores especiais exclusivas, chamadas de mixing, feitas na própria fabrica. Assim existiram o Amarelo Mixing, o Verde Nobre Metálico, etc. Nada impedia de um comprador escolher uma cor especial, afinal o proprietário "acompanhava" a fabricação de seu Puma e ainda era um automóvel para poucos. A partir de meados dos anos 70, as vendas aumentavam e havia a necessidade de acelerar a produção em série, deixando de atender seus compradores nos mínimos detalhes. Para tanto, em 1979 a Glasurit criou um catálogo de cores Puma: o PUMACOR. Esse catálogo vigorou até 1980, sendo que a partir daí, volta a ser adotadas as cores de outras montadoras.

Laca Acrílica Original - PUMACOR - Glasurit do Brasil Ltda.

Branco Polar - COD 0750-3712
Ouro Amaralina Metálico - COD 0750-3882
Ouro Puma Metálico - COD 0750-3939
Azul Vincennes Metálico - COD 0750-4175
Prata Continental Metálico - COD 0750-3958
Bege Champagne Metálico - COD 0750-3942
Amarelo Puma - COD 0750-3940
Verde Acqua Metálico - COD 0750-4191
Amarelo Igaratá - COD 0750-4285
Vermelho Mont Carlo - COD 0750-4330
Verde Cactus Metálico - COD 0750-4331
Cinza Castor Puma Metálico - COD 0750-4491

Para as tintas metálicas, a Glasurit utilizava a Laca Acrílica (base da tinta), que não é mais fabricada, mas encontra-se a mesma formulação de cor em outra base o poliéster. As tintas de cores sólidas eram fabricadas em base Duco, que ainda pode ser encontrada, mas o usual atualmente é a base PU ou poliéster.





Nos motores VW, somente a caixa da ventoinha era pintada de Alumínio Uso Geral Duco, tinta não mais fabricada em base Duco. A pintura da caixa da ventoinha era promovida pelo fato de a Puma ter que soldar na caixa, o suporte do acionador das varetas dos carburadores, para utilização da dupla carburação. Como tinha que repintar por causa da queima da pintura feita pela solda, já pintavam de uma cor diferente da cor preta brilhante VW.

Nos motores Chevrolet 250S a pintura era a mesma utilizada pela GM, o Vermelho Marte GM.
A cor do veículo é um item excludente na vistoria da PP (placa preta), ou seja, nem é aceito para vistoria. Como existiu o catalogo de cores exclusivas Puma de 1979 até 1980, então é esse o adotado pelo Puma Clube. Nos anos anteriores e posteriores, como não existiu catalogo de cores exclusivas, então o clube adota a cor de linha dos automóveis nacionais do mesmo ano, desde que não seja uma cor conflitante, que sabemos não ter sido utilizada. Como exemplo de 1971: não aceitam o branco Everest da linha GM, porque as cores adotadas pela Puma, era o branco Lotus VW.
Uma cor atualmente muito utilizada nas restaurações de GTE Spyder é o verde Tropical do Charger R/T 1971, cor muito bonita, que chamou muita atenção no lançado desse Puma.No caso do meu Puma, a formula da cor está abaixo:
Montadora: VW Linha: 022 (PU) Cód. da Cor: 3284 Nome da Cor: BEGE ALABASTRO Ano da Cor: 1974 País: BRA
Base - 500 ml - 1000 ml
M0------98,3-------196,7
M60----415,2------830,5
M5-------88,2------176,5
M974-----11,3-------22,6
A172-----10,0-------20,1
M146-----5,3--------10,7

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Segredo de Fábrica

Em agosto de 1972 a Revista Quatro Rodas anuncia um Segredo de Fábrica: O Puma 1973. Como todo segredo, quando se descobre, nunca é exatamente como se ouviu falar e nessa reportagem vemos que houve uma mistura de informações, porque em meados de 1972 a carroceria e detalhes do Puma 1973 já estavam definidos e execução de ferramental. Naquele momento deveriam estar projetando o novo lançamento para dali alguns anos. Então notamos que na reportagem falam da colocação de uma janela lateral e novas rodas, alterações do modelo de 1976. E, espelho, lanternas dianteiras, traseira mais comprida e vincos laterais, acertando a previsão do modelo lançado em 1973. Mas o importante foi criar a expectativa da nova surpresa, que realmente deixou todos impressionados no Salão, porque o que era belo, ficou lindo. Importante ressaltar que a maior alteração para 1973 foi à nova carroceria, com dimensões diferentes, apesar de parecer muito com o modelo de 1972. Vejam a reportagem.

Anuncio (7) Pirelli Cinturato 1967

Outro dia mostrei o CN-36, pneu muito conhecido por ter sido original Puma. Mas antes, os Puma saíam com os também famosos Pirelli Cinturato, o primeiro radial no Brasil, ou seja, pneu com cintas de aço na banda de rodagem. Antes tínhamos apenas os diagonais, feitos somente com composto de borracha. O Cinturato era um pneu muito firme nas curvas, de excelente aderência, mas muito duro para os automóveis nacionais, ainda mais com as condições das ruas e estradas que enfrentávamos na época. Os carros com suspensão que não foram projetados para pneus radiais, quase desmontavam devido à dureza dos impactos. Eu mesmo, em 1974 coloquei 4 rodas Cruz de Malta com pneus Cinturato (saídos de um Puma), em um Brasília também 1974, depois de 6 meses, tinha barulho em tudo quanto é lugar, além de desregular portas e capô traseiro. Pelo menos o Brasília ficou lindo.

Fora de área (3) Puma Concolor

O Puma (Puma concolor) é conhecido também por suçuarana, jaguaruna, cougar, onça-parda, onça-vermelha, leão-baio e leão-da-montanha. Felino grande e solitário das Américas é o segundo felino mais pesado do Novo Mundo, depois da Onça pintada, e o quarto mais pesado do mundo, depois do Tigre, Leão e Jaguar.
Um hábil predador espreiteiro-emboscador, o Puma é o maior saltador de todos os felinos, atingindo a marca de 4,57 m de altura, conforme quadro ilustrativo da reportagem da Revista Quatro Rodas "A Aventura e o Mistério da Velocidade" de 1971.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Raio X

Poucos foram os modelos Puma tratados por desenhistas técnicos mostrando o Raio X.
Walter Brito executou um detalhado trabalho de um Puma GTS 1975 para a Editora Abril, e assim podemos admirar todos os itens que compunham esse modelo.

Tunel do tempo (1)

Imagem de uma época que traz muitas saudades.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Puma pelo Mundo...

Recebi de meu amigo Dario Faria, historiador e colunista sobre Fuscas Jurássicos, proprietário de um GT 1969, a revista Kit Car de janeiro de 1989, onde aparece um Puma na capa, apesar de estar ao fundo, atrás de belas réplicas, nosso Puma brasileiro está lá. Dentro uma reportagem "O caro vindo de Ipanema - O Conversível GTC construído no Brasil", sobre o Puma GTC com motor 2110 cc.

Dia A Dia

Inaugurando a coluna Dia A Dia, com fotos de Puma encontrados ao acaso nas Ruas. Nesse caso reconheci que era o GTS do meu amigo Marco Rinaldi nas ruas de Moema em SP, pena que a foto não ficou lá essas coisas, porque a máquina fotográfica era emprestada.

Puma+Arts

Fora de área - Peças para Lotus de corrida

Propaganda veiculada nas Revistas Quatro Rodas de 1969, era dirigida a um público bem específico, será que obtiveram retorno? A marca Lotus era a paixão dos automobilistas.

Feras e Gatas

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Puma GT 1600 2008 Africa do Sul

A notícia não é nova, circulou na Internet no começo do ano passado: "O Puma voltou a ser fabricado na África do Sul".
A história começou em 1973, quando a Puma Veículos e Motores S/A licenciou a empresa sul-africana Bromer Motor Assemblies, para a produção do nosso esportivo. Durante quase dois anos de produção, a Bromer produziu 357 unidades. A história é longa e qualquer dia escrevo sobre o tema.
O interessante é que o antigo proprietário da outra empresa licenciada (depois da Bromer), a Puma Marketing, resolveu voltar a trabalhar na montagem dos carros Puma, sim porque ele estava aposentado. Mr. Jack H. Wijker, que ainda possuía os moldes, não hesitou em utilizar as mecânicas usadas de Fuscas existentes na África do Sul para montar seus carros. O Puma sul-africano, diferentemente do brasileiro, não utilizava a plataforma Karmann Ghia e sim a plataforma do Fusca, também encurtada. Essa modificação foi promovida pela Puma no Brasil, assim como o volante à direita, lá no começo da história em 1973, quando mandaram um chassis de Fusca para cá e depois da adaptação foi remetido para a África. Os freios, como na época, ainda são a tambor nas quatro, com panela de 5 furos e adaptador para colocação das rodas de liga leve de 4 furos. O acabamento dos carros não chegam nem perto daqueles produzidos no Brasil, mas o importante é que temos Puma saindo do forno e podem atravessar o Atlântico. O senhor Jack já demonstrou intenções quando falou com o Marcos Vieira de Almeida (Facão) Diretor do Puma Clube. Quem sabe...
O catálogo atual, simples mas bem produzido.

Escola italiana (2)

Em 1966 eu tinha, na parede do meu quarto, um pôster gigante do Lamborghini Miura. Muitas pessoas eram admiradoras do carro, mas eu não sabia na época, que existia um admirador ilustre: Rino Malzoni. Enquanto eu sonhava com o maravilhoso Lambo, Rino desenhava seu também maravilhoso Puma, com a mesma tendência, com o mesmo estilo, porém com identidade própria. Não podemos afirmar que o Puma seria uma cópia do Lambo, cada qual tem suas dimensões, com detalhes muito diferentes. Para isso, fiz algumas montagens de fotos com os dois carros e podemos tirar as próprias conclusões. Ainda bem que Rino Malzoni teve um belo exemplo de desenho, pode criar o seu com beleza singular. Dos primeiros Lambo até os últimos, as mudanças foram mínimas, como nos Puma (Tubarão), lanternas traseiras, pequenos detalhes, mas a essência sempre permaneceu inalterada.
Desenhado por Marcello Gandini e Bertone, o Lamborghini Miura foi à sensação do Salão de Genebra em março de 1966, surpreendendo o mundo, principalmente a Ferrari. O Projeto P400, concebido a revelia de Ferrucio Lamborghini tinha destino certo: as pistas. A Lamborghini não tinha intenção de fabricá-lo em série, mas os pedidos foram tantos no Salão, que a fábrica mudou de opinião. Na Osny & Osny Tapeçaria onde meu GTE fez algumas partes do interior, sendo que o restante permanece original. O Osny Júnior ao lado do meu carro segurando o Troféu Destaque de Águas de Lindóia 2004 e do outro lado, um Lamborghini Miura S 1967.
Nas aberturas dos capôs a diferença é gritante, como o chassis e motorização.
Como o Puma, o Lambo sempre será minha paixão.
Eu quero uma garagem dessa!!! buá buá

Puma GT 1968 (3)

Sabem aquela foto que o Fernando Asche mencionou que foi o único que viu? Pois bem, ela está aí embaixo. Em pensava ser de 1967, de uma grande revista de variedades, hoje tive a confirmação do Leo Gaúcho, que comprou a revista, por isso estou feliz da vida, é a Fatos e Fotos de abril de 1968.
Naquela época, minha mãe comprava a revista e quando me deparei com a beleza do novo esportivo Puma, o coração bateu fortemente. Como minha mãe não gostava que recortassem as revistas, cortei um pequeno pedaço, focalizando a traseira do GT e colei na parede de meu quarto, ao lado do pôster do lamborghini Miura. Imaginem um garoto de 13 anos (sou de 54, mas modelo 55) alucinado por carros, ver uma obra de arte como o Puma GT, os sonhos eram diários.
O carro que posou para as fotos era o number one, protótipo, pré-série ou como quiserem chamar, reparem nas saídas de ar quente do motor, localizadas na saia traseira: é única, nunca mais se viu um Puma assim. Também os escapamentos eram duplos, como nos Bugs (que apareceriam um ano depois). O friso da borracha do vidro também único, estilo Fusca, porque o friso parecido com o do KG deveria estar ainda em fase de negociação de produção.
Essa é à parte de trás do recorte da foto de cima, reparem nos quatro cantos a película de tinta que veio junto com a retirada da parede.
Assim que o Leo me mandar à revista escaneada postarei para vocês.