sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Reportagens - Puma GTE 1970

Muitos já conhecem a reportagem de Expedito Marazzi com fotos de George Love, na revista Quatro Rodas de outubro de 1970. Mas só quem tem a revista conhece a matéria completa. Isso porque quem tem a coleção dos Testes Quatro Rodas em "cd", não tem a última página, n° 69, da reportagem. O repórter Fabiano, que fez a digitalização me disse que fez todas as páginas, mas houve uma falha na confecção e a página saiu em branco. Aí estou para publicar o assunto há tempos e quando fui pegar a revista, meu escaner quebrou. Como sempre há uma alma salvadora e nesse caso, o meu amigo Fernando Gusmão de Porto Alegre, me ajudou. Quem quiser essa última página sem a marca d'água e em boa resolução, é só escrever para mim que eu mando. Chega, vamos falar um pouco de Puma.
Já no segundo semestre de 1970, a Puma fabricava o modelo GTE para exportação, mas ainda fabricava o modelo GT, conforme foi mostrado anteriormente na linha de montagem. Tanto o GT como o GTE vinham com motor 1600 cc, freios a disco e rodas de quatro furos. Isso se deve ao fato que em 1970 a VW mudou o Karmann Ghia e como o Puma utilizava esta plataforma, a mudança foi automática. Para atender o mercado externo mais exigente, a Puma promoveu diversas mudanças no GTE e alguns aperfeiçoamentos. Externamente o para-brisa ficou curva na parte inferior, para evitar o acumulo de água e consequente infiltração. Infelizmente não resolveu, "originalmente" continuou entrando água, menos, mas entrava. A instalação de lanternas laterais de sinalização e lanternas traseiras com luz de ré foi para atender a exigência do mercado norte-americano. Na mecânica, com o recebimento do novo chassi, com suspensão melhor e freios a disco, adiantou bastante para a Puma, mas a motorização, mesmo passando de 1500c para 1600 cc, continuava fraca para a competição no mercado internacional. A solução foi melhorar o motor em 1600 cc, com comando P2 (mais bravo) e dupla carburação 40, conseguindo importantes 90 HP.
Internamente foi a grande mudança, afinal o Puma GT era muito pobre para um esportivo de alto preço (no Brasil, bem entendido). Novo volante, nova forração dos banco e carpete de melhor qualidade, inclusão de console inteiriço, com porta-objetos e porta-luvas, deram um aspecto mais luxuoso ao felino. Mesmo assim, Marazzi só aprovou as modificações internas para o mercado nacional, porque segundo ele, no mercado externo, o Puma ainda continua fraco. Seja como for, os compradores internacionais receberam muito bem o Puma, sendo que este foi o modelo que abriu as portas para o mundo. Mais tarde, outros aperfeiçoamentos foram incorporados, solidificando ainda mais o Puma no mundo.

8 comentários:

Felipe Nicoliello disse...

Fernando,
olha o seu amarelo canário aí...

Dr. JMM disse...

Felipe, tem as manhas de mandar essas fotos em boa resolução pra mim. Eu não as tenho, aliás, tens a capa da 4rodas? pois tenho todas, so me falta a coragem pra procurar tudo.

Leo Gaúcho disse...

Repararam que o modelo ainda utilizava o carburador 32 PDIS, do modelo mil e cinco, ou seja, o do corecel?

Dr. JMM disse...

sim.
léo, gato "fofo", qdo quero esquecer, vc me lembra dos benditos véio.

smarca disse...

Felipe, lembra que comentei que tentaria fazer o kit de CD da QuatroRodas rodar a partir da base de dados no próprio HD?

Infelizmente não consegui. O aplicativo só roda chamando os CDs mesmo.

Fiz um contato telefônico com a Editora Abril, mas por ser muito antigo ninguém mais sabe de nada por lá.

Por isso não falei mais no assunto.

Seu amigo repórter Fabiano, será que ele saberia ou teria algum contato para resolver essa parada?

[ ]s.

smarca disse...

Algumas curiosidades que notei na reportagem:

- Carburador de Opala adaptado. Afinal era do Opala ou do Corcel? Ou os 40 eram do Opala e os 32 do Corcel?

- Temperatura do óleo do motor: 105/110 graus centígrados considerada realmente como normal. E isso numa época quando os óleos lubrificantes estavam a anos-luz da aditivação dos óleos atuais. E 120 graus centígrados "entrando na faixa crítica". Realmente não é para ficar preocupado com os 100 graus centígrados que "incomodam" quando sabemos que atingiu esta temperatura. Nos Fuscas e demais modelos VW a ar (exceto talvez o SP2) o motorista não sabe ... e não esquenta a cabeça (trocadilho infame, eu sei, hehehe).

- No início da reportagem quando se compara o que se podia comprar com os US$ 3,200.00 nos EUA: um Mustang, um Camaro, um Triumph, etc. Realmente, um Puma nunca foi barato. Nem aqui e nem lá.

Felipe Nicoliello disse...

JM, Mandarei.

Leo, obcecado. Mas vc reparou que eles falam que o Puma testado estava com 40 e na foto é um 32?

Sandro, O Fabiano só fez a digitalização, depois vai para outro departamento, que não é a área dele. Como em toda grande empresa, essas coisas ficam difíceis de ter acesso até para quem está dentro. E não acho que eles vão te dar essa dica, aí ficaria mais fácil difundir o conteúdo sem eles receberem nada por isso, acredito eu, sei lá.
Os carburadores eram 40 do Opala e 32 do Corcel.
Puma nunca foi barato, concordo, mas aqui nunca custou 3,200.00 doláres, sempre foi mais caro, como diz no final da matéria, aqui Cr$ 28.000, representando US$ 6,000.

Leo Gaúcho disse...

Felipe, realmente, o teste fala da utilização dos carburadores 40, mas as "torrezinhas" dos 32 são indiscutiveis!!!!