quarta-feira, 15 de julho de 2009

Artigo (12) Motor Fiat no Puma?

Artigo publicado na Quatro Rodas de maio de 1984. O sonho da maioria de ter um Puma com motorização mais moderna. A resposta da Quatro Rodas foi muito simples, ressaltando apenas no espaço para o tamanho do motor e o peso. Na verdade o grande problema seria a adaptação do motor no chassi do Brasília, também antigo e com suspensão robusta, porém pouco eficiente para conforto e velocidade. Já na época, em 1984, sabíamos da possibilidade de adaptação de um motor mais moderno, no caso, o do Passat (AP 600), com caixa do cambio da Kombi Diesel. Espaço tem, peso, não muda muito do motor a ar para o a água, mas a solução para refrigeração é problemática. Outro fator é o centro de gravidade e a posição do motor, que muda consideravelmente de um motor para o outro. No veículo de carga como a Kombi, isso não é tão problemático, afinal ela não foi feita para fazer curvas em alta velocidade, mas no esportivo esse fator deve ser levado em conta. O motor a ar originalmente fica pendurado, com um peso bem distribuído pela sua construção boxer (cilindros opostos na posição horizontal), já no motor AP, cilindros em linha, portanto mais alto e mais comprido. Para viabilizar o conjunto mecânico mais moderno no Puma, seu chassi deveria ser alterado, assim como as suspensões. Acontece que o chassi é o pouco mais crítico na construção de um veículo, sendo ele responsável por grande parte dos acertos e erros de um carro. Por isso desenvolver um chassi custa muito caro e as fábricas dão preferência para a família de modelos, evitando esse alto custo. Quando a Volkswagen Germany adquiriu a Matchbox (fabricantes de miniaturas de carros), por ação do então presidente Ferdinand Karl Piëch disse em uma entrevista: "- Meu sonho seria fazer a VW como a Matchbox, um chassi para diversos modelos de carros”. Com a Puma não poderia ser diferente, desenvolver um novo chassis era um custo longe de suas possibilidades, mas mesmo assim a Puma tentou. Em 1979/80 um protótipo com chassi próprio, motor AP 600 e carroceria de GTI foi testado durante dois anos pelo Engenheiro Marcos Pasini. Era o projeto P-016, que foi retomado, mas devido à crise enfrentada pela fábrica, e a falta de dinheiro para continuidade do projeto, teve seu fim decretado. Paralelamente ao P-016, a Puma desenvolveu o P-018 nas mãos de Milton Masteguin, utilizando o velho e bom chassi do Brasília, sendo que este modelo conseguiu ser lançado em 1981.

4 comentários:

Leo Gaúcho disse...

Existem fotos do P-016?Detalhadas?

Anônimo disse...

Foi nesse 'Salão de 81' -Anhembí, eu já 2 anos longe da Puma!- q o braço direito do Milton na 'Produção', o conhecido 'Seu Nelson' me confidenciou s/fortes problemas com 'capital de giro'(*).

(*)algo que dificultou mt uma prática recorrente da PUMA: o 'carro consignado', q facilitava mt p/os revendedores.

Felipe Nicoliello disse...

Existe as iniciais de 1976. Já o desenho daquela testada, não foi fabricada e o desenho ainda estou a caça, através do Marcos Pasini, que iria falar com o ex-desenhista da Puma.

Daniel Pardo disse...

JISUIS!!!!! naquela época também já existiam os "vileiros"...