sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Friso da Frente e Capô Dianteiro Puma

O friso dianteiro que vai das extremidades dos para-choques e sobe pelo capô dianteiro até quase seu final nasceu com o Puma VW. Mais conhecido como bigode, ele é a marca registrada dos antigos Puma.
Foi utilizado de 1968 até 1972 nos modelos GT e GTE, deixando de figurar nos modelos a partir de 1973, com a nova carroceria "tubarão". Sim, era carroceria tubarão também, mas com muitas modificações, uma delas era essa. Nos modelos conversíveis, GTE Spider de 1971 a 1972, o friso NUNCA existiu.
Por causa desse cara aí embaixo...
... Que tinha o bigode, afinal era um GTE 1971, tive a necessidade de colher dados e fotos para a recriação do "bigode" do #48 que estamos fazendo.
E por causa do nosso amigo Rafael Maia, que pediu uma explicação sobre o assunto, resolvi fazer esta publicação, que deverá ajudar muita gente na reconstituição do "bigode".
O friso começa nas extremidades onde acabam os para-choques e se unem na altura do capô, formando um triângulo para abrigar o emblema da cara da fera.
A altura, vendo de perfil chega a quase dois centímetros, diminuindo para nove milímetro no corte do capô.
Muitos quando recriam o friso levam-no até o corte final do capô, mas na verdade ele para antes, sumindo suavemente.
Outro detalhe marcante do "bigode".
O friso é bicudo com a parte superior arredondada, caindo pelas laterais em ângulo aproximado de 30°.
O outro lado em detalhe.
Nas fotos foram eliminados os fundos e outros detalhes não interessantes, para não gastar muita tinta na hora da impressão das fotos.
Uma vista aérea.
E de perfil.
A diferença mais marcante entre os modelos GT (1968 a 1970) e o modelo GTE (1970 a 1972), todos com "bigodes", é a abertura do capô dianteiro, que no primeiro abre da frente para trás e no segundo o inverso, de trás para frente, mudança ocorrida junto com todas as modificações promovidas no GTE de 1970.

11 comentários:

Sergio Tempo disse...

Vai ser detalhista assim na pqp, parabens Felipe por mais esse post
abs

Anônimo disse...

Valeu Felipe.
você é o cara.
Abraço
Rafael Maia

smarca disse...

Sábado passado, passeando com meu Puma e um amigo de looonga data, paramos num tradicional bar da cidade onde ele haviam 2 amigos desse meu amigo.

Além das pessoas que normalmente param e rodeiam o Puma para ve-lo com mais detalhes, afinal é um bicho estranho na floresta da mesmice dos carros atuais, um desses amigos do meu amigo comentou que estava restaurando um GTE 73 ou 75, não me lembro agora. Só me lembro que náo é 74, por causa da menção do nome do Felipe.

Perguntei se conhecia o blog do Felipe e ele rapidamente disse que sim. Que o você, Felipe, estava ajudando-o muito na restauração do carrinho. O nome dele é Leandro.

Esse blog e a paixão do Felipe pela marca Puma, definitivamente, se tornou referência para todos que curtem a marca Puma.

Parabéns mais uma vez Felipe!

Em tempo ... na conversa ele apenas comentou que era difícil encontrar um determinado assunto neste grande blog quando precisava.

Então advinhe o que eu fiz?

Enviei para ele o índice do blog que, de tempos em tempos, disponibilizo para o pessoal.

Advinhem se ele não curtiu!

Mauricio Morais disse...

Felipe, você não é um mero apaixonado por Pumas, você é um cientista!
Medir os 30" do bigode é um esmero incomum aos simples mortais. Parabéns pelo belo e profundo trabalho.

roberto zullino disse...

vendo essas fotos dá até raiva de tanto que cagaram o carro depois do tubarão. as carrocerias até 1973 eram tortas na traseira, nada demais, mas aí passaram o carro no riscador e acertaram a simetria. depois disso foi ladeira abaixo.
tive um 1971 chamado de espartano, cascata pura, dizem que fizeram 50 espartanos, o meu era um deles, mas apenas 7 ou 8 eram espartanos de verdade, o resto era montado na base da galega como o meu.
o meu tinha a fibra mais fina, mas o vidro traseiro era normal, os limpadores era cruzados ao contrário do espartano que tinha um só pantográfico, mas tinha dois radiadores na frente muito bem instalados com as mangueiras passando dentro das caixas e cárter sêco com tanque da Puma ao lado do motor e os bancos eram mais finos. As rodas eram aro 15 ou 14, acho que eram 15 mesmo. era 1500, mas a carburação era 40 e andava muito. viajava com ele para botucatú e itapetininga a toda sem o menor problema. dava a impressão que montavam os carros com o que tinham à mão, mas era um carro excelente a não ser pelo nível de zoeira dentro, radio ou tape nem pensar, mas como carro esporte era excelente mesmo para padrões internacionais da época.
Me arrependi de vender.

Anônimo disse...

Cara, sacanagem os detalhes... nem em livros caros de restauração de Porsche se encontram esses tipos de detalhes....PARABENS

abraços
Kleber Pizolato

Fernando Portilho disse...

Felipe, este é um dos detalhes mais importantes na restauração dos GT e GTE até 1972.
Quando removemos a tinta do meu GT, encontramos os vestígios do "bigode" que havia sido lixado.
Moda na época para dar uma aparência mais atual nos modelos mais antigos.
A partir deste vestígio, o Raimundo(raimundovalerio@hotmail.com) a pessoa que está restaurando o GT, passou a refazer este detalhe.
Minucioso como vem sendo em cada detalhe, certamente estas informações deverão completar este trabalho.
Importante dizer que, qualquer diferença nestas medidas dão ao carro uma aparência de um rosto com excesso de "Botox", muito comum de se ver hoje em mulheres de idade mais avançada...rsrs
Coloquei o e-mail do Raimundo no texto pois sei que se alguém precisar de qualquer informação completentar, ele estará disposto a fornecer, primeiramente pelo rigor com que faz seu trabalho e pela grande paixão que tem pela marca Puma.

Anônimo disse...

Caro Felipe, parabéns pelo trabalho, preciso como sempre! Mas já que você abordou este assunto, gostaria de levantar uma dúvida que tive quando da restauração do meu GTS 78/79, que foi com relação ao local exato de fixação do emblema da Puma na frente do carro. Na época procurei olhar as fotos de outros GTS para me basear, mas ainda hoje acho que se houvesse um gabarito, com as medidas exatas para cima e para abaixo, talvez eu tivesse fixado o emblema numa posição diferente. Se você olhar a maioria das fotos de Pumas 77-80, verá que a carinha do Puma dificilmente está num mesmo lugar, ora mais acima, ora mais abaixo. Que tal você verificar com o pessoal que trabalhou na fábrica se existia esse gabarito? Fica a sugestão. Grande abraço! Paulo (Fpolis)

ramoswr disse...

Felipe

Alem da brilhante matéria que vc publicou , no que se refere aos detalhes tecnicos e estéticos , ficou muito nítida a beleza dos carros que ilustram a reportagem.
ESTE ESPAÇO É REALMENTE EXTRAORDINÁRIO !!!
Parabéns .

Walter Ramos

Dr. JMM disse...

esse puma cor de mer... digo, abobora, eu conheço ele...hehehehe
agora já está originalíssimo....parabéns Felipinho, são posts como esses é que engrandecem ainda mais o seu lindo narizinho de deus grego...hehehehhehe

Leo Gaúcho disse...

O Fernando tá corretíssimo, este é o ítem mais importante na restauração destes carros, 68-72...
Bem explicado.