quarta-feira, 15 de junho de 2011

Inspeção Veicular (8)

Há poucos dias recebi do meu amigo Tiago Songa que é Diretor para São Paulo da FBVA Federação Brasileira de Veículos, um e-mail com arquivos de um projeto de lei do deputado Itamar Borges (PMDB) para a isenção da inspeção veicular de veículos relíquias que pertencem a colecionadores e clubes oficiais. Acontece que cada um que conta um conto aumenta um ponto, começaram a divulgar que isso já é lei e na verdade é um projeto de lei. O próprio deputado Itamar divulgou em seu boletim "Willys ITAMARaty" o encaminhamento do projeto. O Itamar, que é colecionador, para resolver aquela laguna em que se encontram os automóveis colecionáveis e são jovens para a placa preta, ou seja, com menos de trinta anos, está tentando uma saída para a difícil situação da inspeção veicular. Os veículos com placa preta já foram isentos desde o começo da inspeção, graças ao projeto de outro deputado e também colecionador Fernando Capez. Os automóveis com até 29 anos ficaram a mercê da amaldiçoada inspeção, que na generalidade quase usa o mesmo índice para todos os veículos abaixo de 1988: A partir de 1997 a injeção de combustível mais o catalizador se tornou obrigatória no Brasil, e só a partir daí podemos ter real situação do automóvel, no qual se não estiver em boas condições estará poluindo. Antes disso, apenas os carros acima de 1992 tem catalizadores, mas muitos continuaram com carburadores, que não consegue fazer com eficiência a queima do combustível como faz a injeção. Nesse contexto, a Prefeitura de São Paulo crucifica futuros objetos de coleção, como muitos Puma até completarem trinta anos e principalmente automóveis que já são disputados a tapa, como Porsche, BMW, Mazda Miata e Mustang dos anos 90, todos sujeitos a inspeção ou mudança de cidade e quem sabe até de Estado. Outros não tão procurados, mas igualmente colecionáveis, como os Puma AMV, AM1, AM2, AM3 e AM4 - que atualmente já estão nas mãos de colecionadores - são obrigados a se sujeitar a essa condição em até 2024, quando saiu o último AM do Paraná. O que fazer, ficar sofrendo todo ano, como fiz esse ano com o Fusca, um Oval 1955 Hot de época, que não tem direito a placa preta e pouco roda (1000 km em 5 anos). Tive que gastar uma quantia considerável no mecânico e duas idas na inspeção. Na primeira, o Fusca foi reprovado e isso com glicês pequenos, válvulas totalmente abertas, tudo para passar, mas só na segunda tentativa com carburação única e coletor com aquecimento do escapamento ele passou, para depois voltar ao mecânico e regular tudo de novo no padrão correto de fabrica e conseguir andar corretamente com o carro. Só para terem ideia, o motor desse Fusca um 1300 cc eu comprei de um Fusca 1970 que apodreceu inteiro e tinha 70.000 originais de fabrica. Por isso o desespero de colecionadores e pretendentes a colecionadores, para guardar os futuros carros das exposições, que sempre mostram em sua grande maioria veículos com trinta e quarenta anos. Eles terão que usar de diversos artifícios ou simplesmente colocá-los no cavalete até completarem 30 anos, coisa que duvido muito.
O mais certo será vermos anúncios como este:

2 comentários:

Adao Emilio disse...

Muito polemico,como sempre os principais interessados nao foram consultados, os clubes de antigomobilismo.
Hoje que vemos e o comercio de placa preta a todo vapor, e so vou apimentar um pouco mais:
COMO PODE POR EX. O CLUBE DO FORDINHO CONCEDER CERTIFICADO DE ORIGINALIDADE PARA UM PUMA??????
Nada contra clube do Fordinho, o inverso tambem serve. este topico vai render pano pra manga.

smarca disse...

Analisem a tabela e observem os limites das motos em comparação com os automóveis !!!

Bem se diz que as motos poluem muuuito mais.