segunda-feira, 1 de março de 2010

Placa preta e seu objetivo


A placa preta (PP) deverá ser tornar o verdadeiro propósito a que foi criada, isso é uma questão de tempo, já já estará em vigor normas mais eficientes para o assunto. Ouvimos falar de um projeto que proibi a circulação de carros com PP, mas isso é só projeto, para passar é outra história, fugiria completamente da proposta que é valorizar àquele veículo que roda como rodavam os veículos no ano de sua fabricação, com as principais e verdadeiras características de uma época.
A placa preta é necessária sim, porque com ela podemos preservar nossos veículos. O problema maior é a intenção de cada proprietário. Se a intenção for preservar a originalidade irrestritamente, deve-se colocar a PP. Caso o proprietário goste de alguma coisa não original e queira mudar, opte pelas placas cinzas. O que não deve existir é querer as duas coisas. Devemos acabar com esse pensamento que PP é "status". Placa Preta é uma UTILIDADE criada para quem gosta de circular com modelos corretamente originais, sem por nem tirar, relembrando o passado, vivendo uma época. Acessórios de época também é uma questão discutível, porque podem influenciar a visão do observador. Se forem originais de fabrica, não haverá problemas, porque constam dos catálogos e registro, sendo a única forma de saber para aqueles que não viveram o tempo, mas os que viveram poderão ter um choque. Os acessórios vendidos em lojas, raramente tem registro de lançamento e normalmente eram feitos para diversos veículos, inclusive até o mesmo modelo de carro, por diversos anos a fio. Com isso, não podemos caracterizá-lo como de uma época surgindo o choque visual. Quem dirá então os acessórios bem antigos, utilizados em carros mais modernos.
Voltando a PP, já disse diversas vezes que quando coloquei a PP no meu Puma foi para não ter que colocar o espelho do lado direito e outras coisinhas obrigatórias, porque quero ter a mesma sensação de dirigibilidade que eu tinha em 1974. Existem diversos problemas em carros antigos, próprios daquele tempo, agora se formos solucionar todos esses problemas, não teremos a mesma realidade, uma sensação só conseguida com veículos estritamente originais.
Certa vez, eu chamei meu filho e sobrinho, que tinham por volta de 17 anos, para dar umas voltas no meu Brasília. Eles já sabiam dirigir e adoravam carros. Comecei a fazer curvas de 90º excedendo o limite de velocidade em curva do carro, assim jogando a traseira para um lado e rapidamente fazendo a correção da trajetória no volante. Eles ficaram encantados, porque em carros modernos, jamais se consegue esse feito em baixa velocidade, devido a excelente suspensões dos carros atuais. Agora se eu pegar um Puma, que tem a mesma estabilidade do Brasília e colocar uma mecânica atual, com suspensão moderna, e toda tecnologia existente, eu não vou ter um Puma e sim um carro moderno com uma bolha. Isso nós chamamos de HOT ROD, uma máquina quente, com aparência antiga, para fazer graça.
Nunca esqueço da primeira vez que dirigi um caminhão Ford 1948, isso aconteceu em 1974, aos meus 19 anos. Até ligar e sair tudo bem, quando fui trocar as marchas percebi que a troca em cambio seco de um motor V8, não era tão fácil como nos câmbios secos de um Fusquinha. Mas o grande drama foi quando pisei no freio, parecia que eu não tinha feito nada e o coração foi à boca. Consegui parar, mas aprendi que a condução daquele caminhão era diferente daqueles veículos de carga mais modernos, que eu estava acostumado a dirigir. Dali para frente eu fui até o destino para nunca mais dirigir esse caminhão e não foi por falta de aviso do meu pai.
Aí eu pergunto, como podemos reviver a história se eu pegasse esse caminhão colocasse motor moderno, forte e veloz, freios eficientes e cambio sincronizado, que não chorasse ao acelerar? Nada disso eu saberia. Sendo um veículo original, até um jovem, em que seu pai ainda não tivesse nascido, na data em que o caminhão foi fabricado, pode saber como é. Daí a importância da PP, credenciando veículos para aqueles que não conhecem o modelo e saberem como eram fabricados. Com isso as pessoas podem ter ideia da evolução dos modelos até os tempos atuais.

9 comentários:

Dr. JMM disse...

Felipe, vc falow de forma "lordesca" (de lord) tudo que eu queria dizer e nao poderia..hehehehhee
placa preta é placa preta, o carro tem que ser original mesmo, o mais possivel. ainda mais qdo se altera suspensao, motor, voltagem, bancos, volantes, etc.
coisa de epoca eu toleraria, mas comprovado por fotos tb de epoca.
agora sou contra a historia de carro pp nao poder rodar, se assim o fosse, nao precisaria de motor...detesto cristaleira. o gostoso é dirigir, sentir o comportamento.
um dia um guarda me parou e disse que o "ia liberar, mas carro pp nao podia rodar", chamei ele de volta, mostrei CBT, mais as resoluções, que sempre ando com eles. e disse que era exatamente o contrario, o carro de pp poderia rodar sem nenhum equipamento obrigatorio que fosse criado apos a sua fabricação...era um reconhecimento. ai ele ficou calado e nada disse...mas veja a mentalidade das nossas "otoridades".
se essa maluquice passar, de que carro pp nao pode rodar, tiro as pp dos meus, mas nem por isso vou futrica-los, ao contrario.
parabens pelo post felipe.
ficou "bárbaro", vc é um "fofo", como diz uns vi..digo, colegas nossos..hehehehe
"PUTZ".

Luby disse...

Concordo em genero numero e grau, placa preta é para veiculo ORIGINAL e ponto final, coisa que inclusive nem me atrevo a pensar em colocar nos meus carros..

jean claude disse...

O que mais vão criar ou inventar para acabar com a preservação da nossa história??

Pow, carro só pra ficar em cavaletes na garagem?? Que graça tem.

Rinaldi disse...

Perfeito, acho apenas que voce se enganou nas datas....o caminhão era de 1947 e em 1948, quando voce tinha 19 anos......

abs

Marco Rinaldi

Felipe Nicoliello disse...

JM,
Se esse projeto pegar, tiro tb do meu carro, porque a coisa que mais gosto e andar nele. Quem gosta de carro parado é museu!
Luby,
Vc não tem PP porque não quer, porque seus carros são aptos.
Jean Claude,
Isso não passa de especulação, porque muitos, mas muitos mesmo gritarão contra.
Rinaldi,
Não houve engano, você que não entendeu. Eu tinha 19 anos em 1974, e no ano do seu nascimento, 1948, o caminhão foi fabricado, entendeu agora? Aproveita e vai ver se estou na esquina, fritando pneu com sua Harley!

Dr. JMM disse...

Felipe, vc nao tinha ficado na mesma maternidade que matusalén???
vi dizer que vc foi auxiliar de mecanica do Karl benz??? confere?
vem dizer que tinha 19 anos em 74..ah, ja sei, foi em 1874, confere?
hehehehe
xingos, só no email, falow? seja polido, como um "lord" "fofo" e "bárbaro" que vc é, como diz um doce barbaro la das praias de saquarema...heheheheh

smarca disse...

Bem, se com PP não pode andar, sem ela tem que passar na inspeção.

Hehehe ... ficaria difícil.

Felipe Nicoliello disse...

JM,
Não precisava contar para todos. Mas já que contou, quem solucionou o problema do funcionamento da linha de montagem de Henry Ford fui eu. No projeto do Karl, só ajudei na criação da explosão dos motores,na época era somente um estagiário...

Sandro,
Passa sim na vistoria, é só desregular os carburadores na marcha lenta (mistura bem pobre) e passar na vistoria, depois volta e regula de novo.
Para leis impossíveis de cumprir (em veículos antigos, bem entendido), soluções brasileirinhas! Aí entra a famosa criatividade brasileira, já acostumada com certas idiotíces.

smarca disse...

A mistura tudo bem. O Irineu até comentou algo no Yahoo PumaClube tempos atrás.

Mas tem uma questão mais difícil de ser resolvida: o escapamento Kadron!

O ruído emitido por um Kadron é alto pra caramba e (não tenho certeza, apenas li aqui e ali) o decibelímetro faz parte da vistoria.

Será que passa?

Dizem que eventuais vazamentos (não é o caso do meu Puma mas muito comum em VW a ar) também não são tolerados.

Estou aguardando algum pumeiro comentar a respeito no Yahoo PumaClube, mas até agora não vi nenhum comentário a respeito.

Sabe de alguém em São Paulo que submeteu seu Puma para vistoria?

Os seus foram vistoriados?

Estou realmente muito curioso.