quinta-feira, 11 de julho de 2013

Puma com faixas - Série "S"

Devido ao feriado do dia 9 de julho, apenas em São Paulo, o evento da Estação da Luz no dia 7 não estava a todo vapor. Mesmo assim o meu amigo Dario Faria encontrou um Green Shark fora d'água passeando pela feira, que servirá de exemplo para a matéria. O Puma, um GTE 1973, foi da esposa de um amigo, que ele mesmo restaurou. 
A restauração parece ter sido bem feita na qualidade, parece porque não cheguei a ver o Puma pessoalmente. Dentro do possível conta com itens originais, como frisos nos vidros, limpadores cruzados, bolhas nos faróis, espelho copinho e tomada de ar dividida.
Na traseira também, lanternas originais, saída de ar em preto e friso no vigia. As dobradiças deveriam ser as "bicudas", oriundas do Gordini Willys e o painel traseiro pintado de preto não existiu nesse ano e modelo de carroceria.  Essa pintura era própria do GTE Spider 1971 e 1972.
Lateralmente vemos que as rodas são um modelo alternativo não original e as faixas cruzando o teto e laterais inferiores são de um modelo anterior de Puma, o GTE 1600S.
Essas faixas vieram das corridas e foram introduzidas no Puma para o lançamento do GTE em 1970 enviado ao E.U.A., para apresentação na feira de New York.
Mais tarde passou a identificar os modelos "S", ou seja,  GTE 1600S e GTE 1800S, que tinham motores mais fortes que os originais, 90 HP e 110 HP respectivamente. A série "S" durou certamente até 1971 com faixas; com ou sem faixas em 1972; em 1973 nos modelos GTE e GTS sem as faixas e quem sabe em alguns 1974 (não existem registros).
Como as faixas tornaram-se moda em Puma, mesmo não saindo de fabrica, os proprietários mandavam pintar as faixas por questão de gosto, virando logo "carne de vaca". Para quem não sabe, essa expressão popular identificava tudo aquilo que tinha aos montes (comum).  E tudo que vira carne de vaca deixa de ser uma exclusividade. Portanto, não combinava com Puma. A fabrica foi deixando a utilização já em 1972 e para a nova carroceria de 1973, nem chegou a ser esboçada qualquer tipo de faixa. E na história, as amadas faixas rapidamente passaram a ser odiadas, démodé, cafonas, etc., por isso não existem sobreviventes, logo desapareceram daqueles carros que as tinham. Hoje volta a ser um símbolo de status pela raridade. Mas tomem cuidado, pintar apenas as faixas não significa que o Puma é da série "S", existem registros e na falta deles, todos desta série vinham com o logotipo 1600S ou 1800S, no painel e no capô traseiro.
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3 comentários:

Flávio disse...

Felipe! Pode ser impressão mas as lanternas traseiras parecem estar fora da posição correta! Está estranho,não?

Sergio Campos disse...

Estas faixas deixavam o carro com uma vigorosa expressao mais agressiva. O meu GTE 1972 tem o logotipo Puma GT 1800 mas falta o "S", provavelmente deve ter caido ou "sumido" em alguma reforma. O que fazer Felipe ???

Daniel Pardo disse...

Eu sei que aqui no blog, os senhores prezam pela originalidade dos Pumas, mas esse verde com as faixas eu gostei, embora não seja original, só acho que não deveria ter placa preta, justamente por isso, mas um carro não precisa ser necessariamente original para ser bonito.