quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Puma Al Fassi

Primeiro peço desculpes pela falta de publicações e demora em responder os muitos e-mails que recebo. Infelizmente estou sem muito tempo, mas aos poucos vou colocando ordem na casa.
Recebi muitas perguntas sobre a história desse Puma "Alface", carinhosamente chamado pelos amantes da marca, que está sendo vendido no Maxicar.
Primeiramente já falamos sobre o assunto que está ligado ao P-018 Conversível, pois esse carro é uma derivação do projeto do Puma P-018 Conversível.
A pergunta mais comum que recebi é se a história contada no Maxicar pelo proprietário é verdadeira, reproduzida abaixo:



HISTÓRIA DO MODELO: Fabricado pela Araucária Veículos, de Curitiba-PR, empresa que adquiriu os direitos da Puma de São Paulo. O Puma Al Fassi foi criado com a finalidade de atender à exportação de 400 veículos encomendada por um sheik da Arabia Saudita, representado aqui pelo ex lutador de boxe Mohamed Ali (Cassius Clay). Inicialmente foram fabricados 2 protótipos para aprovação, enviados ao Oriente. Uma terceira carroceria foi preparada, por precaução. Apesar de o modelo ter sido aprovado, a encomenda de 400 unidades nunca foi produzida, já que a exportação foi cancelada por questões burocráticas saudidas. O fato deixou a Araucária em situação financeira difícil, uma vez que muita matéria prima já havia sido comprada, o que contribuiu para o encerramento das atividades da empresa. A carroceria Al Fassi nº 003 ficou guardada por anos em um galpão em Curitiba-PR, e em 2009 foi retomada a sua montagem pelos mesmos profissionais que montaram os 2 primeiros protótipos. Foram 2 anos de trabalho para deixar o Al Fassi nº 003 rigorosamente igual aos dois modelos que embarcaram para a Arabia Saudita.CARACTERÍSTICAS: Carroceria estilo P-018, só que conversível e um pouco mais larga. Faróis retangulares. Painel em madeira, ao estilo dos esportivos europeus. Motor VW 1600 refrigerado a ar. O nome do modelo “Al Fassi”, foi uma homenagem ao filho do Sheik, que tinha esse nome. O veículo encontra-se atualmente com apenas 60 quilômetros rodados. Dos dois exemplares exportados, resta atualmente apenas um.


E respondo: sim verdadeira. Apenas com um senão, sem muita importância técnica, mas de grande importância histórica. A empresa Araucária S.A. não encerrou as atividades, ela foi vendida ao Nivio de Lima, dono do Grupo Alfa Metais. Após a compra, Nivio criou a Alfa Metais Veículos para fabricação dos produtos Puma. A Araucária por sua vez licenciou a Alfa Metais Veículos. Mesmo o Grupo Alfa Metais falindo no final dos anos 90, a Araucária permaneceu, inativa, mas ainda viva até hoje.
Quando diz no texto, que os mesmos profissionais da Araucária montaram esse carro é correto, porque foi o meu amigo Rubens Rossato, que era diretor na Araucária, depois Alfa Metais, que montou esse Puma Al Fassi exatamente como aqueles exportados.  Um raro exemplar, assim como os Puma P-018 Conversíveis sobreviventes. 

11 comentários:

Anônimo disse...

Interessante a história do Puma "Al Fassi", e outro fato que me chamou a atenção foi a referência ao Muhammad Ali, que ontem, 17 de jan., completou 70 anos!!!

Abraços!!!!
Matheus Cremonese

Adalberto disse...

Felipe,

Uma dúvida que eu gostaria de tirar com você:

Os P-018 tinham originalmente uma peça de fibra que cobria o facão da suspensão traseira? Todas as fotos que vi mostram os carros com uma espécie de recorte que dá uma aparência estranha ao carro.

Desde moleque sou fascinado por esse modelo. Li numa reportagem de época que o conversível se chamaria P-019 e não P-018 Conversível.

Abraço,

Adalberto

Sergio Tempo disse...

Felipe, apenas para completar, uma vez que vc citou o nome do Rossatto, quem fez a parte de estofaria/capota e ferragens foi o Manoel e a parte elétrica foi o Claudio, da Estofaria Verona aqui em Curitiba, ambos ex-funcinários da Puma e Alfa Metais.

Agnaldo Murilo disse...

Time, completando, eles ainda prestam excelentes serviços de capota e parte elétrica. Abraço

Portal Maxicar disse...

Olá Felipe

Te confesso que nós do Portal Maxicar não sabiamos da existência desse modelo tão raro. Quem nos contou a história foi o próprio proprietário. Com relação à Araucária, baseado em sua informação, vamos alterar o texto do anuncio, para que fique correto.

Um abraço!

Fernando Barenco

luis wynns disse...

caraca, que historia das arabias, e pelo preço talvez ele so consiga vender pra algum cheique

smarca disse...

Tá tudo muito bem, tá tudo muito bom mas é um Puma ou a coroa britânica que está sendo vendido?

Embora surreal torço para que alguém pague o preço, pois não deixa de ser um novo patamar que acaba sendo, indiretamente, um impulso a todos os demais Pumas, hehehe

Morello disse...

Olá Felipe, td bem com vc? este é o Puma que te falei no churrasco na oficina do Domingos, pertence ao João do Puma do Rio, tive o prazer de ver pessoalemte este carro que é maravilhoso, quem dera ter cash para compra-lo, tomara que alguém aqui do Brasil fique com ele.
Abraço
Morello

Renato disse...

Sei que vou criar polêmica, mas afinal faz parte de um blog: não troco no meu GTS 80! Ele é muuuito mais bonito e harmonioso.

Abraços.
Renato David.

Anônimo disse...

Só uma duvida que fiquei ao ver fotos de época do Puma Al Fassi: assim como na reportagem de 11/08/2011 neste blog, vi que o carro originalmente possuia 02 faróis de milha em cada lado na frente, juntos do pára-choque o que este do anúncio não tem...sairam 02 modelos de Al Fassi? Ou foi modificado? Vejam a reportagem neste blog mesmo.
http://www.pumaclassic.com.br/2011/08/puma-p-018-conversivel-2.html

Felipe Nicoliello disse...

Por ser um dos dois exemplares sobreviventes, dos três fabricados, o preço quem define é quem quer e pode pagar.
Vejam que um Puma DKW restaurado não se encontra por menos de 80 mil e nesse caso foram fabricados 125.

Anônimo,
O Puma da matéria anterior é um P-018 conversível, fabricado em São Paulo. O Al Fassi é seu sucessor, fabricado no Paraná dois anos depois, portanto outro modelo, com direito a algumas modificações.

Adalberto,
Não tem nenhuma peça recobrindo esse local. Era um detalhe de desenho, que ajudava na manutenção do facão da suspensão.