Segredo de Fábrica

A reportagem da Revista Auto Esporte de Agosto de 1968, traz um segredo que até os dias atuais continua segredo, quem seria o protótipo? Aí é com vocês.

Reportagens (02)

O início das exportações Puma se deu nessa partida. Quando o carro voltou, foi direto para o departamento de engenharia da Puma, para promover as alterações nos detalhes, onde o Puma foi reprovado, como lanternas e equipamentos de segurança.
E Jorge Lettry foi junto, o mago da engenharia sempre buscando novos conhecimentos e tecnologia

Anuncio (10) Esso Extra Motor Oil

Até merece ser, Alfa Romeo, Piero Gancia um grande piloto, mas o Malzoni DKW estava atrás incomodando. E o charmoso bonequinho da Esso, a gotinha, na época era uma enxurrada de mascotes, alguém lembra mais algum?

Puma de amigo (19)

O GTS 1973 do meu amigo Péricles Cruz, prima pela originalidade. Nesse GTS tudo é original, com excessão do espelho do lado direito, que falo e custam a acreditar que dirigia-se sem o equipamento. Mas eram outras épocas, outras vias e estradas.
A cor amarelo Puma cai muito bem nesse modelo, alegre, viva, a cor do sol, muito apropriada ao local onde passeia esse belo GTS, as praias do Rio de Janeiro.
As rodas Cruz de Malta eram item opcionais no Puma de 1973 a 1975, pagava-se mais caro para tê-las. Ainda feita de magnésio, para elas brilharem, gastávamos muito os dedos no polimento semanal. E nada de ver humidade que as rodas já escureciam, quem diria na chuva.

Até aqui tudo bem, um GTS extremamente original, mas como tantos outros existentes no Brasil. Até chegarmos mais perto e ver escondido dentro do Puma...

...o berço da capota original, ainda como saiu de fábrica, sem os furos de alto-falantes.

Puma de amigo (18) Maça do Amor

O Puma GTS 1975 do meu amigo Edilson Moretto, o famoso Alemão da Ilhabela, dono da melhor pousada da Ilha, a Pousada do Alemão. Apaixonado por Hots, Alemão não deixou seu Puma totalmente original, deu um leve toque de modernidade, mas mantendo muitos detalhes originais. O Puma que desfila em Ilhabela nas tardes ensolaradas de sábado, recebeu do delicado apelido de Maçã do Amor, nem precisa dizer porque.
Exige um belo sistema de caixas acústicas dianteiras, idealizadas pelo Alemão, que são muito eficientes e não atrapalham o motorista. Imagine se poderia atrapalhar, o Alemão mede 1,90 m de altura por 0,80 m de largura, um verdadeiro armário, digo, alemão.

A capota desarmada pousada no berço.

Recobrindo toda capota, o envelope é fixado com botões de pressão no berço.

Guarda Capota GTE Spyder / GTS (2)

Mais fotos dos detalhes do Guarda Capota, também conhecido com berço da capota, agora instalado no Puma. Nas próximas postagens, mostrarei no Puma de amigos, carros prontos com o berço e a capota no carro.

Foto de época

A foto foi tirada pelo meu amigo Mario Estivalet do Rio Grande do Sul, no Autódromo de Tarumã, em 1970. O Puma, um GT 1969 era de um colega de Faculdade, o Mario só poderia estar de Lorena GT, é claro. Quem gosta de Lorena não pode deixar de visitar o site dele: http://www.webng.com/lorenagt/

Soleira da porta GTE / GTE Spyder / GTS (1)

A soleira de alumínio, estampada parecendo fundo do chinelo havaiana, era folha de alumínio que vendiam para diversos fins, como congelador das geladeiras antigas e outros.
A Puma fazia a soleira de seus carros com esse material, para dar melhor acabamento e não acumular água nesse local, porque o motorista quase sempre mete a bunda nessa parte dos Puma, principalmente o modelo tubarão. Nos conversíveis é mais raro esse acontecimento. Sem a soleira, a pintura fica desprotegida em um local de muito atrito, podendo riscar com muita facilidade por sapatos e outros acessórios das calças dos motoristas e acompanhantes.
Como melhora de produto, a Puma lançou essa soleira nos GTE em 1970 (os GT não tinham esse modelo), nos GTE Spyder (71/72) e posteriormente GTS. E assim, todos os modelos (GTE/GTS) até 1976 1a. série (que utilizam chassis de KG) tinha essa peça. Depois com a chegada do novo modelo em abril de 1976, essa soleira passou a ser de borracha.
A soleira de alumínio era cortada, moldada na forma da caixa da porta e rebitada no local.
O problema atual nas restaurações desses modelos Puma, é que as pessoas quando reformavam os carros, acabavam tirando a peça, por estar feia ou por não gostarem, e acabavam deixando sem as peças. Por isso muitos Puma atualmente não tem essa soleira, que se tornou rara, pois essa estampa de alumínio não fabrica mais há muito tempo.

Abaixo estão as dimensões da soleira para quem conseguir um pedaço desse alumínio estampado.

Ar interno Puma GTE ( tubarão )

Em assunto publicado anteriormente comentei sobre as entradas do ar no interior do veículo. Agora comento sobre a saída do ar interno viciado, nos modelos GTE de 1973 a 1976 1a. série.
Na parte interna traseira, logo abaixo do vigia, vemos uma abertura no carpete com acabamento em moldura preta, feita de fiberglass. Essa é a saída do ar interno passando por um duto, que leva... ...a outra abertura na parte externa. Essa abertura tinha uma moldura também em fiberglass, que apesar de parecer uma peça sobressalente a carroceria, ela era integrada, formando uma peça única. Por esse motivo, muitos acham que essa moldura era da cor do carro, mas não era. A Puma tinha o magistral trabalho de recobrir as áreas do entorno e pintar essa moldura de preto fosco automotivo.

Vale salientar que a moldura externa tinha como fundo, uma pequena grade que impedia a entrada de sujeira e a água era encaminhada para um duto horizontal que tinha duas saída nas extremidades, onde se instalavam duas mangueiras que levavam a água até o chão, por dentro do compartimento do motor.

Os modelos GTE 1970, 1971 e 1972 também tinham esse requinte, porém a abertura era em tamanho menor, mas com o mesmo desenho. Posteriormente publicarei as fotos. Nos modelos GT não existia a saída de ar interno.

Guarda Capota GTE Spyder / GTS

O equipamento produzido pela Puma para os modelos GTE Spyder (1971/72) e GTS (1973 até 1976 1a. série), servia para acomodar a capota quando recolhida, ficando um ótimo acabamento. Servia também para transportar pequenos objetos, quando a capota estava erguida, porque forma uma grande caixa. Instalado atrás dos bancos dianteiros, limitava o reclinamento total possível dos bancos, mas em compensação, permitia a instalação de auto-falantes traseiros no modelo conversível. O equipamento era opcional no veículo 0K, mas podia ser instalado a qualquer tempo, pois não necessitava nenhuma alteração ou adaptação.

Puxador do Capuz dianteiro (1)

Um detalhe simples, mas se não estiver na posição correta, pode comprometer seu funcionamento.
A partir de agora, publicarei a série Puxador do Capuz Dianteiro de cada modelo, com fotos e detalhes de cada um. Iniciamos com os puxadores dos modelos:

GTE / GTS 1973 a 1976 1a. série (chassis Karmann Ghia).

Localizado à esquerda do motorista, embaixo do painel, o puxador em botão preto e seu cabo é fixado por uma chapa fixada no parafuso que segura a trava da direção.

Aproveitamos também para ver as cruzetas da barra de direção, que dão a posição correto ao volante, além de ser um item de segurança, nos casos de colisões, evitando o esmagamento do tórax do motorista pelo volante.

Puma de amigo (17)

Os dois carros, o Puma GTB S2 1981 e o Puma GT 1969 são do meu amigo Marcos Kowalczuk de Brasília, grande incentivador da marca e agitador dos eventos de antigomobilismo da região.

VI Blue Cloud

Você que é fã dos DKWs (e quem não é?), de automóveis que marcaram a história da indústria automobilística no Brasil, é hávido porconhecimento e gosta de conhecer lugares bacanas, não pode perder este evento. Portanto, antes de mais nada, já anote em sua agenda: VI Blue Cloud, de 6 a 9 de novembro, em Caxambu- MG.
Mas o que vem a ser o Blue Cloud? Nascido em 2003 pelas mãos dos criadores do site http://www.dkw.com.br/, o evento é organizado por Paulo Renato Arantes,Hélio Marques e o jornalista Flávio Gomes e tem por objetivo reunir os amantes destes simpáticos veículos de três cilindros, com seu característicoronco “pipocado” e que insistem em soltar aquela “fumacinha azul” assim que ligados. Daí a origem do nome “Blue Cloud”.
Vem aí a festa dos DKWsMas o evento não é exclusivo para os DKWs. Este ano, irá homenagear dois modelos “decendentes” da marca de origem alemã: o Puma em suas diversasversões e o Volkswagen Passat. Veja porque no box abaixo. Além disso, automóveis de outras marcas também serão bem vindos.
Quem decidir pegar a estrada rumo às montanhas de Minas Gerais, participará de um evento repleto de atrações. Muito mais do que apenas um encontro de automóveis antigos, o VI Blue Cloud terá exibições de filmes e videos, palestras com grandes “feras” do automobilismo e do antigomobilismobrasileiros, mesas redondas... Você ainda poderá participar de uma carreata pela encantadora cidade e de um passeio à vizinha e histórica Baependi, além de poderse divertir no coquetel de boas vindas de quinta-feira e no baile com música dos anos 1960 que acontece sábado. Veja a programação completa no final desta reportagem.
Roberto Nasser será um dos palestrantesEntre os palestrantes convidados, nomes de peso como Roberto Nasser, Amauri Mesquita, Bob Sharp, Bird Clemente e Miguel Crispin. Estes três últimosfarão uma palestra em homenagem ao mago dos DKWs, Jorge Lettry, falecido recentemente.
Kiko Malzoni, filho de Rino (o criador do GT Malzoni e do Puma, entre outros) e entusiasta das marcas, fará duas palestras. Na primeira, entitulada “A Saga dos Malzoni”, falará sobre a história de sucesso deste esportivo campeão também nas pistas. Terá a participação do restaurador especializado emveículos fora-de série, André Valente. Na segunda, contará como se deu a restauração de um raríssimo exemplar do Puma 4R, versão especial lançada em 1969 e que teve sua produção limitada a apenas 4 exemplares, sob encomenda da Revista 4 Rodas, que premiou seus assinantes.
Imperdível também será a palestra “Os 100 anos de História da Audi” ministrada por Peter Kober, representante do Museu da Audi, na Alemanha.
Os decendentes
PUMA

Lançado em 1967 pelas mãos do genial designer Rino Malzoni, em seu primeiro ano de fabricação o Puma era totalmente baseado na mecânica DKW, com o mesmo motor dianteiro refrigerado a água, de dois tempos e três cilindros e a mesma plataforma. Naquele ano, a DKW-Vemag foi comprada pela Volkswagen brasileira, que encerrou as atividades da concorrente. Isso obrigou a Puma a buscar uma nova mecânica para seu esportivo. Foi então que nasceu o novo Puma, com motor VW 1500 (o mesmo motor da Kombi e do Karmann Ghia) refrigerado a ar e de tração traseira.
PASSAT

Mas e o Passat, o que tem a ver com essa história? Vamos voltar a 1932, quando a DKW, já lider no mercado de motocicletas e ingressando no mundo dosautomóveis, associou-se a três outras empresas: Horch, Wanderer e Audi. Surgia assim a marca das quatro argolas, a Auto Union. Passados 33 anos,a Volkswagen adquiriu a Auto Union na Alemanha, passando a utilizar novamente a marca Audi. Em 1968 é lançado o Audi 80, que deu origem ao Volkswagen Passat. Como se pode ver, nossos Belcar, Vemaguet, Candango e Fissore são legítimos antepassados do Passat!
PROGRAMAÇÃO
Quinta-feira, 6 de novembro-14h - Abertura da Secretaria, credenciamento e recepção dos veículos.-18h - Fechamento dos portões ao público-20h - Cerimônia de abertura oficial-20:30h - Coquetel de boas vindas-22 às 23h - Filme: “Forjando o Futuro com a indústria automobilística - História da DKW-Vemag”
Sexta-feira, 7 de novembro-9h - Abertura da Secretaria, credenciamento e recepção dos veículos.-9 às 18h - Exibição e visita aos veículos no pátio e feirinha de peças-10h as 11h - Palestra: “A Saga dos Malzoni”, com Kiko Malzoni-11 às 12h - Palestra: “Competindo nos anos 60 e 70” – Amauri Mesquita-14 às 15h - Palestra: “O que é restaurar um Carro Antigo” – Roberto Nasser - Museu do Automóvel de Brasília-15 às 17h - Mesa Redonda: "A Oficina, o box e as vitórias" - Miguel Crispin-17 às 19h - Palestra: “O homem e o Mito - Jorge Lettry, meu depoimento" - Bob Sharp, Bird Clement e Miguel Crispin-18 h - Fechamento dos portões ao público-21 às 22h - Vídeo “O Puma e sua história”-22 às 23h - Vídeo: “Carros brasileiros - DKW-Vemag"– série de filmes de Jean Manzon recuperados pela Dana
Sábado, 8 de novembro-9h - Abertura da Secretaria, credenciamento e recepção dos veículos.-9 às 18 h - Exibição e visita aos veículos no pátio e feirinha de peças-10h - Foto oficial do encontro.-10:30 às 12 h - Palestra: "Os 100 anos de História da Audi" - Peter Kober (Audi Tradition)-14h - Visita de alunos da rede municipal de ensino-14:30h - Carreata pela cidade-15 às 17h - Passeio a Baependi-15 às 17h - Exibição de filmes ao público visitante-17 às 18h - Assembléia: organização do Blue Cloud 2009-18h - Fechamento dos portões ao público-19 às 19:30h - Palestra: “A recuperação de um Puma GT 4R” – Kiko Malzoni-19:30 às 20h - Palestra: "O papel de Jorge Lettry no automobilismo de competição - Uma visão histórica” – Roberto Nasser - Museu do Automóvel deBrasília-2130h - Baile para os participantes e convidados com musica dos anos 60
Domingo, 09 de Novembro-9h - Abertura dos portões ao público-10h - Inicio da retirada dos veículos para encerramento do evento-9:30 às 11h - Mesa-redonda: “Competindo com DKW” – Marinho e Bird Clemente. Moderadores: Luiz Salomão e Flávio Gomes-12h - Encerramento do evento.
Maiores Informações: Paulo Renato Arantes (35) 9112-2155 renato@dkw.com.br - Hélio Marques (21) 2719-3420 - Flavio Gomes (11) 9264-3084

Feras e Gatas

Reportagens (01)

A reportagem completa da Revista Auto Esporte de Junho de 1971 está aí, para todos saberem os detalhes do excelente Teste.

Aerofólio Puma (2)

Como falei anteriormente, o aerofólio Puma surgiu no lançamento do GTE Spyder, junto com o modismo de uma época.

O que pouca gente sabe é que existiram dois tamanhos de aerofólio. Os primeiros GTE Spyder vieram com um aerofólio menor em tamanho e largura, sendo maior na altura, como os aerofólios dos Puma verdes das fotos abaixo. Não durou muito tempo, apenas o começo do lançamento, ou seja, o primeiro semestre de 1971.

Já em junho de 1971, a Puma apresenta o GTE Spyder com novo aerofólio, mais comprido, mais largo e mais baixo que o anterior, conforme mostra o comparativo na foto abaixo. Na foto menor, o mais moderno e na foto maior o primeiro modelo.

Nas fotos abaixo, o GTE Spyder 1972 do meu amigo Sergio Campos, com aerofólio maior.

Na Revista Auto Esporte, o teste do GTE Spyder em junho de 1971, já com o novo aerofólio.

Puma+Arts