sexta-feira, 15 de maio de 2015

Puma de corrida - GTB

Os mais jovens questionam por que não existiu Puma GTB de corrida? O exemplar acima é atual e corre na Copa Classic-RS, mas também não tem um desempenho exemplar como foram os Chevrolet Opala na década de 1970.
Em 1969 e 1970 começaram aparecer nas pistas os Chevrolet Opala. Eram lindos e potentes como o motor 6 cilindros, rugiam como as feras rugem, alto e feroz. As rodas eram de talas grandes e apesar de ser um sedã médio de quatro portas - não exista o cupê -, ele era o grande esportivo daquela época. Como brilhava nas pistas, logo seria tratado como tal, um esportivo. 
Entre os jovens que gostavam de "motorzões" o Opala se tornou o preferido e falar a verdade, era um excelente carro, que trazia emoções e uma grande satisfação de arrancar forte. O problema maior eram os freios, muito ruins, fazendo algumas vítimas, eu inclusive.  Depois a Chevrolet resolveu o problema e ainda por cima melhorou o motor, com a chegada do 4100 e 250S. O modelo cupê veio junto, aí a coisa ficou insana e muitas vitórias vieram. Até uma categoria foi criada especialmente para os Opala: a Stock Car. 
O Puma GTB chegou em 1974, no auge do Opala 6 cilindros, mas apesar das tentativas não estreou nas pistas. O Puma era bom como o Opala, talvez até melhor por ser 100 kg mais leve, até a primeira curva. O Opala não era nenhum exemplo de primacia em curvas,  agora o GTB era muito ruim. Se no Opala em certas situações saía de frente, quando na verdade ele era traseiro, no GTB a coisa era bem pior. A própria fabrica optou por colocar suspensão traseira de carroça - feixes de molas é usado desde a invenção da carroça, por ser simples e funcional - para corrigir os problemas encontrados, quando  no protótipo do GTB, utilizou na traseira o eixo rígido, braços tensores longitudinais, barra transversal e molas helicoidais, ou seja, suspensão traseira de Opala. Não funcionou porque o GTB não era monobloco e sim chassi de longarinas. Na dianteira a suspensão de Opala se mostrou eficiente. Então, a solução mais barata - que não precisava de grandes desenvolvimento -  foi a utilização na traseira da suspensão do Dogde Charger, com feixes de molas, aqueles que vemos em qualquer jipe, caminhão ou carroça. O amortecedor também é do Dodge.
Meninos a culpa do GTB não ser um carro para pistas foi a suspensão traseira, que não recebeu o desenvolvimento necessário para ser utilizado naquele tipo de chassi. Uma pena, o  porque GTB seria o gigante das pistas!

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