segunda-feira, 21 de julho de 2014

Puma de corrida n° 4 e n° 18

A foto já publiquei há algum tempo, nela estão Chico Lameirão com o Puma #4 e Angi Munhoz com o Puma # 18, no autódromo do Rio de Janeiro-RJ.
O meu amigo Angi me contou nesta semana que o #18 era o mesmo Puma #8 (abaixo), ano 1968, pois quando participavam de corridas em outras cidades, as vezes já existia algum carro com o mesmo número. Como naquele tempo tinha que pintar o número na carroceria - adesivo no final dos anos 1960, nem pensar - era mais fácil acrescentar um número do que modificar o existente. Além disso, os carros eram deles, dos pilotos e não de equipes. Era raro um piloto correr e receber por uma equipe, mais para frente a coisa se profissionalizou.
Coisas de uma época romântica do automobilismo brasileiro, onde grandes nomes brilharam com esforço próprio. Eu venero muito essa turma, porque além de corajosos - segurança era pouca - tinham raça para conseguir o que queriam. As vezes começavam como ratos de oficina - Piquet foi um deles - e aos poucos iam se enfronhando até conseguir o objetivo. Mecânico, quase todos eram, sabiam o que estavam tocando. Além disso, muitas vezes eram autodidatas em engenharia para saber o que era melhor para seu bólido.
É moçada, a coisa era para os grandes pilotos. Eu quase fui um rato de oficina na extinta Equipe Camionauto Alfa Romeo, mas o destino de minha vida já estava traçado e eu não poderia mudar sem enfrentar grandes confrontos. Uma pena, porque talvez tivesse vivido com toda essa turma, nem precisa ser piloto, estar do lados deles, já me faria muito bem.

4 comentários:

Comandante disse...

Caro mestre Felipe,
Saudações antigomobilísticas. Pois é, mesmo trazendo determinados traços em nossa engenharia genética, os destinos traçados pelo nosso criador são imutáveis.
Grande abraço,
Heriberto.

Sylvio Fujioka disse...

Ahahhh, still staying alive and kicking!!!

Comandante disse...

Thanks God

Sergio Campos disse...

Lindas fotos, de uma época mais linda ainda. Espero que as futuras geraçoes consigam no futuro, quem sabe, sentir um pouquinho deste gosto, essa efervecencia de vida que inundou nosso cotidiano no final dos anos 60 e inicio dos 70, isso a nivel mundial e em todas as areas da cultura, inclusive o design.