terça-feira, 29 de março de 2016

Liquidação Brasil - Promotion Brazil

Adeus Amigos!
Com a defasagem cambial, os produtos brasileiros se tornaram atraentes para o mercado externo, incluindo automóveis antigos. Hoje no Brasil, compra-se bem barato, veículos de qualidade, isto é, para quem ganha em dólar ou Euro.
O Puma GTE 1972 amarelo foi para Alemanha e lá vai fazer parte do Puma Club Germany.
 O Puma GT 1968 foi vendido para a França.


 O Puma GTE 1972 foi para os Estado Unidos da América...
 ...Junto com um Bianco.



 Além dos esportivos ícones brasileiros, a famosa Kombi "Corujinha" há algum tempo tem sido embarcada para os Estado Unidos e Holanda. O que achar vai embora.
É bom saber que nossos produtos são desejados por muitas pessoas pelo mundo, mas ao mesmo tempo, estamos ficando sem as relíquias para contar a história.
As duras penas os brasileiros conseguiram manter esses veículos por décadas, mas o país sempre joga contra e não nos deixa outra alternativa se não dar uma frase: "Amigos Adiós".

quarta-feira, 23 de março de 2016

Reportagem Puma Rallye

A reportagem do site  Petrolicious Productions traz a matéria do Roxinho, o Puma GTE 1800 Rallye do meu amigo James Mendonça. Muito interessante a reportagem falando muito bem de um brasileiro! Apenas citaram ser o único conhecido, mas na verdade existem mais dois e eles já apareceu por aqui:
Puma GTE 1973 Rallye e Puma GTE 1972 Rallye.
A dica do link foi do meu amigo Flavio Gomes.

News Puma - Rodas Scorro

A empresa Scorro fabricante de rodas, que foi a marca da moda nos anos 1970 está relançando o modelo Cruz de Malta  ao mercado de clássicos. Uma série limitada. 
Uma pena não ser a Cruz de Malta Puma, mas mostra que é um começo. As empresas encontrarão uma forma viável de entrar nesse filão de mercado dos veículos antigos.
 Esse primeiro passo se deve a roda S-27 que fez tanto sucesso entre os proprietários de Chevrolet Opala e Ford Maverick. Era o para esses veículos destinados, por ter cinco furos....
... Mas seu nome popular originou-se por causa do modelo S-30, com o mesmo tipo de desenho, mas com quatro hastes e quatro furos, logo sendo apelidada de Cruz de Malta. Existia furação para linha VW, Fusca, Puma, etc., além de Chevette e Dogde 1800.
 A Scorro já havia tentado retomar o sucesso da S-27 criando um modelo lembrando as linhas nostálgicas da S-27, com formato atual, aro grande e off set decentralizado.
Esperamos com essa grandiosa atitude da Scorro, que o mercado de rodas para antigos trilhe o sucesso desejado por muitos apaixonados pelas raridades.

sexta-feira, 4 de março de 2016

Entradas de ar dianteira Puma GT e GTE 1970 a 1972

As entradas de ar dianteiras surgiram no Puma GT (DKW) nas mãos do designer Anisiso Campos, quando reformulou o GT Malzoni. Eram dois filetes verticais, que completavam o charme do novo desenho.
Quando do projeto do Puma GT (VW), Rino Malzoni continuou com as mesmas lanternas dianteiras e as entradas de ar, duas, na mesma posição vertical de seu antecessor. 
No protótipo e nas primeiras unidades, acredita-se que nas dez primeiras, as fendas verticais eram bem próximas as lanternas oriundas do Fissore DKW 1965. 
 Depois a Puma passou mais para o centro, esta sendo posicionada junto a parede divisória do porta-malas, por onde corria a tubulação para levar o ar até o interior do veículo.
 Em 1969, a Puma mudou o formato das entradas de ar, agora na horizontal, com cinco aberturas próximas as lanternas.
 Essas aberturas não eram iguais, sua extensão diminuía nas aberturas inferiores.
 Abaixo uma mostra de entradas de ar em veículos 1969 e 1970, mas todos modelos GT, aqueles sem as entradas de ar próximo ao para-brisa de canto quadrado.


Interessante notar, que as carrocerias não eram laminadas com essas aberturas, elas eram instaladas posteriormente. A marcação do furo das lanternas existia, pois há um degrau para encaixe.
 Com o lançamento do Puma GTE em 1970, essas tomadas de ar tiveram uma ligeira modificação, agora um pouco menores e diminuindo bem da primeira abertura até a última. Apesar desses modelos receberem ar para a parte interna, logo abaixo do para-brisa, as aberturas embaixo dos para-choques continuaram a existir sem função.
 


 Veja que o conjunto de aberturas formam um trapézio mais definido que o anterior.

 E nessa época também, as aberturas eram laminadas depois, na funilaria.
Em 1972, o primeiro a perder essas entradas de ar foi o GTE Spider (conversível) e depois em 1973, o GTE (coupe) também deixou de ostentar.
Reportagem especial aos restauradores fora do Brasil sem muito acesso a informações.

Foto do dia - GTE 1600 S

O Puma GTE 1970 de Reiner Dorsch na Alemanha. Muito original, a parte traseira inteira está perfeita, com as lanternas traseiras vindas do Saab Sonet III, dobradiças do capô traseiro do Renault Gordini, frisos no vidro traseiro, saídas de ar da parte baixa do motor corretas, capas dos para-choques cromadas e por fim, os emblemas Puma GT 1600 S. O restante, o Reiner pretende deixar todo original.

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Puma pelo mundo - GTE 1600S 1970

Mais um Puma pelo mundo. Este, um raro GTE 1600 S do alemão Rainer Dorsch. Ele vai restaurar da forma original. Para isso já está comprando o espelho do Edward Champoski e já me pediu as entradas de ar, que vão embaixo dos para-choques e lanternas. O bom nesses carros que foram para a Europa na década de 1970, que não sofreram tantas modificações como os carros daqui ou os que foram para os Estados Unidos. Veja que ainda tem as maçanetas externas das portas originais, vindas de Fissore DKW. As rodas, apesar da pintura, ainda são as originais "Tijolinho"...
 ...E claro, o famoso emblema "S" relativo ao modelo 1600 S.
 Inclusive no painel, como era originalmente. A imitação de madeira tipo jacarandá do painel, ainda é original, coisa muito rara.
Mais um Puma original que figurará nos encontros na Alemanha, um orgulho brasileiro.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Notícias - Casamento Mayane e Jaques

Olá Felipe! Queria compartilhar contigo e com todos os amantes de Puma a "novidade". 
Como sabes, em 10 de outubro de 2009, durante o 6° Encontro Nacional do Puma, que ocorreu em Foz do Iguaçu, eu e o Jaques nos conhecemos. Nos tornamos amigos e pouco tempo depois, no dia 2 de dezembro de 2009, começamos a namorar. Seis anos depois, em 02 de dezembro de 2015, nos casamos.
Agradeço à todos pelo apoio, pelas brincadeiras e tudo que fez parte dessa caminhada. Os encontros, as viagens e a alegria de fazer parte da família Puma.
Quando a fibra corre nas veias e as paixões unem as pessoas, todas as estradas levam para o céu. 
Estou lhe mandando algumas fotos especiais do nosso casamento! 
Grande Abraço! Mayane.


Puma pelo mundo - GTE 1972

O Puma GTE 1972 é de Robert Thalmann da Suíça. Ele está comprando as rodas originais Estrela aqui no Brasil para instalar em seu Puma.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Projeto Puma GTB C3 Conversível

Depois da compra da Puma em São Paulo, com investidores do Paraná, a sede da Puma se transferiu para Curitiba-PR, sendo fundada em 1986 a Araucária S.A. O acordo firmado era que o antigo sócio Eng. Milton Masteguin continuasse  fornecendo assessoria técnica a fabrica por um período pré estabelecido. Masteguin mudou para Curitiba e continuou seu trabalho, como fez por 20 anos em São Paulo, quando era um dos sócios da Puma Indústria de Veículos S.A.
Em 1985, a Volkswagen fornecedora da Puma, suspendeu o fornecimento da plataforma rolante da Brasília e de qualquer peça até o efetivo pagamento da dívida até então. A nova proprietária Puma não tinha condições de quitar a dívida de 20 milhões de cruzeiros e consequentemente não poderia montar os modelos Puma com motorização VW. A saída foi recomeçar pelo modelo GTB S2, que utilizava mecânica Chevrolet e o fornecimento estava garantido. A produção iniciou-se pelo n° 1.000, para ficar registrado ser produzido no Paraná. Abaixo desse número foi produção em São Paulo. Pouco depois a Araucária começou a montar os modelos com mecânica VW usada, que era totalmente revisada. Mas isso é outra história.
Como a Araucária estava montando apenas o GTB S2 chamado de ASA, de Araucária S.A., Milton Masteguin tinha convicção que a fabrica deveria fabricar também um modelo conversível. Para Milton um fabricante de esportivo deveria ter os dois modelos, coupe e conversível.  Baseado no sucesso do SM, que também utilizava mecânica Chevrolet, que passou de 81 unidades em 1985 para 207 em 1986, sendo desses, 52 conversíveis no ano de seu lançamento, a diretoria da Araucária resolveu dar o aval a Masteguin iniciar seu projeto do GTB S2 Conversível.
Para o engenheiro não era apenas cortar a capota do GTB e sim criar um novo projeto. Para tal, pegou uma carroceria que ainda era de laminação da fabrica da Presidente Wilson em São Paulo e começou as alterações. A frente recebeu uma nova grade, imponente e muito moderna para época. A dupla faróis redondos permaneceram, mas com nova posição. Novos para-choques e spoilers formavam a nova frente. Na traseira Masteguin quis que as lanternas de Brasília fossem aposentadas para dar lugar as lanternas de Opala Diplomata, já que tudo no veículo era Chevrolet, não ficava bem as lanternas VW.
Com a retirada da capota, o esportivo recebeu uma nova tampa do porta-malas, deixando seu desenho com aparência de sedan. Nessa época, a equipe de Milton Masteguin era formada pelo engenheiro da Araucária Ivan e o uruguaio Bruno.Reforçaram a coluna da porta e internamente permaneceu igual ao GTB S2. Assim em 1987 estava pronto o novo projeto.
Paralelamente outros acontecimentos surgiram com a Araucária, como a frustada negociação com Morammed Ali, deixando a Araucária sem condições de sobrevivência. Em dificuldades financeiras e precisando de empréstimo bancário, seu diretor Rubens Rossatto fatura a venda do GTB S2 Conversível, que estava encostado em um canto na fabrica. Para o faturamento ele determinou a nova sequencia da numeração de chassi, iniciando pelo n° 1101. Com isso, ele garantiu um empréstimo que mais tarde foi saldado.
Sem condições financeiras para continuar Rubens Rossatto "achou" um comprador para a fabrica. Rubens Maluf relutou a oferta, mas Rossatto insistiu e o convenceu a realizar a venda para Nivio de Lima, do Grupo Alfa Metais. Nivio por sua, criou a Alfa Metais Veículos e a Araucária licenciou a Alfa Metais para a fabricação dos produtos Puma e utilização do nome Puma. Rossato ainda permanece com pequena participação na sociedade da Araucária.
Com o novo grupo no comando, as coisas melhoraram. Nivio pagou a dívida com a Volkswagen e pode receber novamente a mecânica VW. Relançou o GTB S2 com novo nome, o do seu grupo, AMV - Alfa Metais Veículos e adicionou as alterações feitas por Milton Masteguin para o GTB Conversível no novo AMV. O projeto do conversível foi engavetado.
Depois da morte de Nivio de Lima em 1993, a produção de automóveis esportivos foi encerrada, permanecendo apenas a fabricação de caminhões que foi até 1999. Com a falência do Grupo Alfa Metais, a fabrica e todos seus equipamentos e estoque foram bloqueados pela justiça. Apenas o Grupo Alfa Metais, já que esta era apenas licenciada da Araucária S.A.
Rubens Rossato retomou o livro de Registro de produções da Puma como era de direito, alguns projetos antigos e permaneceu com os protótipos dos modelos criados na Araucária, como esse GTB Conversível, o Puma Al Fassi e o utilitário 2T.
Em 2004, na visita a Curitiba por causa do 1° Encontro Nacional do Puma, o carioca João José viu esses projetos nas dependências de Rossato e logo se interessou. Os veículos estavam em ordem, mas faltava muito dinheiro para a finalização dos produtos. João José comprou a ideia e  financiou o término dos veículos Al Fassi e GTB Conversível. Assim Rossatto, com ajuda de ex-funcionários da Puma terminou os dois veículos, que foram entregues ao colecionador carioca.
O carro está exatamente como foi projetado.
 ...Apenas o emblema GTB C3 que foi criado posteriormente, afinal em 1987 ainda não tinham resolvido como ele iria se chamar, por isso no documento de Registro de Veículo de 1988 - aquele que foi para o banco... - ele consta como GTB S2 Conversível. Rossatto criou esse emblema e nome em 2004 para finalizar o projeto.
 Quanto a centena de instrumentos no painel, isso é coisa do João José, que gosta muito de aviação. No projeto, o painel era idêntico ao GTB S2 ASA.







Aí está o emblema criado por Rossatto.