sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Museu - Coleção Olds Car Club - Gravatá

Já tinha ouvido falar da bela coleção existente em Gravatá-PE, uma ótima localização para veículos antigos pelo clima seco. O meu amigo Antonio Dourado Filho, pumeiro pernambucano, foi lá conferir e fotografar a coleção de esportivos, como ele nos diz: "Há inúmeras coleções (garagens) particulares e um museu aberto ao público mediante pagamento de ingresso. Dentre as particulares se destaca a Old Cars Clube que possui todos (todos mesmo) carros esportivos nacionais. De TL Sport a Brasinca GT 4200, passando por GTX, JK Timb, Interlagos, Karmann Ghia e Puma, claro, que são ótimos. Há também alguns importados, mas não é o foco da coleção." 


 GT Malzoni branco ao lado do Puma GT (DKW) prata.






 Um belo Puma GTE 1971.



 O raro Interlagos II, projeto da Willys de 1966, conhecido por Capetinha, pois se tivesse sido lançado usaria o nome Capeta do projeto de 1964 que se encontra no Museu do Automóvel de Brasília. O Capetinha foi baseado no Willys Interlagos, com algumas modificações na carroceria, chassi novo e interior totalmente remodelado em comparação ao Interlagos. Com a compra da Willys pela Ford, o Interlagos foi descontinuado e o projeto deste único veículo construído foi engavetado.Na verdade este seria a evolução do Interlagos.


 Todos os modelos de Willys Interlagos, Conversível, Berlineta e Coupê.

 Outra raridade, o Uirapuru 4200 GT...
 ...Com motor Chevrolet 6 cilindros da Veraneio. O motor do Opala ainda não existia.

 Os vários modelos de Karmann Ghia.


 Mais uma raridade, com produção de 17 ou 19 veículos (não lembro agora): o Hofstetter, esportivo baseado no protótipo de Giugiaro. Este tinha motor de Passat entre eixos traseiro, chassi próprio e um desenho surpreendente, até hoje.


 Todos os esportivos nacionais.



 Chevrolet Opala SS e FNM (Alfa Romeo) não poderia faltar.
O Chrysler GTX foi um ícone em 1969, sendo considerado o melhor carro do Brasil naquele ano. Era a versão esportiva do Chrysler Esplanada.
 A bonitinha Romi-Iseta...
 ...Que ao lado do grandalhão Dodge Charger acaba parecendo um brinquedo.
 O espaço é muito bonito.
 E o estacionamento dos sócios, com carros antigos. O Puma AM1 ao fundo é o xodó do Antonio.



 E alguns importados, como esse Cadilac 1959.

 Corvette 1959.
 Impala 1959.
 Ao lado do Impala, Mustang fast-back 1967 ou 1968 e um Simca Tufão, pela cor deve ser 1966.

11 comentários:

HELDER disse...

QUE COLEÇÃO FANTASTICA !!!! QUE MARAVILHA !!!! VIDA LONGA AOS COLECIONADORES QUE MANTEM A HISTORIA VIVA , ABRAÇOS , HELDER RAMOS.

Artur disse...

Lindos carros, parabens pela coleção!

Luby disse...

Fantastica a coleção ..

Eduardo Nogueira disse...

Sensacional... sem palavras...

Cesar Costa disse...

Bela coleção, mas essa história do tal Capetinha não me convence. Como uma Departamento de Estilo que fez o Mark I (amais bela das Berlinetas) e o Bino Mark II, com o Tony Bianco, iria produzir essa colcha de retalhos horrorosa?

Felipe Nicoliello disse...

Cesar,
Para você ver como são as coisas. O Bino ou Mark I eram protótipos de corridas, com uma longa distância entre um belo carro de corrida e um esportivo de série. Estes precisariam de muito de desenvolvimento para chegar a linha de produção. Se para entrar no carro de corrida precisa ser contorcionista, não tem problema, afinal o piloto entra ou sai poucas vezes. Se entra água em abundância, sem crise, quem está na chuva ou na corrida é para se molhar. Valetas em provas de velocidade não existem. E assim por diante. Veja o Bianco S, um esportivo baseado no protótipo de corrida Fúria, não era um veículo para qualquer pessoa que gostasse de esportivos ou para várias utilizações, dia a dia, viagens longas, etc. Aproveitar um veículo em produção, dando um facelift para alavancar as vendas em baixa é uma solução adotada até hoje pelas grandes montadoras. E como tem que aproveitar a peça maior existente (chassi, carroceria), nem sempre adoção de nossas lanternas e faróis dão o resultado tão desejado. Mas é assim que modernizam o produto sem desembolsar milhões de dinheiro. A Willys naquele ano de 1966, estava mais preocupada em investir no projeto Renault, do qual acabou nascendo o Ford Corcel. Para citar outro exemplo, o GT Malzoni projetado para corridas, como teve muito entre o público de esportivos, precisou mudar para ser bem mais agradável no uso nas ruas e assim nasceu o Puma GT (DKW), que pelo menos tinha porta-malas, coisa desnecessária no GT Malzoni.

Cesar Costa disse...

Eu sei, Felipe. Mas o Mark I, por exemplo, eram os Alpines A110, que a Willys havia importado para corrida. Basicamente eram Berlinetas com o teto um pouco mais alto (exatamente para facilitar a entrada e a saída) e, claro, mecânicas mais elaboradas. O que digo é que na época este carro nunca foi fotografado, nem houve qualquer notícia ou boato sobre sua construção. De repente, do nada, começaram a surgir fotos dele "restaurado".

Guilherme da Costa Gomes disse...

Fotos de época:

http://antigosverdeamarelo.blogspot.com.br/2010/09/prototipo-interlagos-ii-okm.html

Cesar Costa disse...

Pela altura do teto, destas fotos que não conhecia, arrisco dizer que este foi um dos Alpines A110 importados pela Willys na época. Parece que foram cinco: dois viraram os Mark I, um ficou com o presidente da Willys e este pode ser um dos outros dois. Só que pela feiura continuo achando muito pouco provável, que fosse fabricado. Acho que não passou de um estudo, como fizeram com o Aero e o Itamaraty em 68..

Daniel Pardo disse...

Olhando uma coleção como essa, chego a conclusão de que eu queria ser pobre por um dia, pois ser pobre todo dia é osso.

EGO's disse...

Este Protótipo da Willis, o Capeta estava no museu Robert Lee em Caçapava. Pelo menos até 1982 ainda estava lá em Caçapava...