
O Puma GTE 1973 é do meu amigo Carlos Almendra de Campinas-SP. O Carlos junto com o Leandro Guilherme são meus pupilos desde 2004, nos grupos de discussão da marca, formados na Internet. É maravilhoso vermos a capacidade do aprendizado dos jovens na restauração e conhecimento de seus carros, afinal eles não viveram a época e nem tem anos de experiência. O Almendra é um desses casos, porque fez um excelente trabalho de restauração, obedecendo os mínimos detalhes de originalidade, um aluno exemplar, se é que posso chamá-lo de aluno, talvez eu tenha sido apenas um orientador. Parabéns Almendra.
Tudo começou assim, com o Puma precisando de uma grande reforma e algumas correções de originalidade.

O processo de pintura com as etapas de raspagem, laminação, aplicação de fundo isolante e corretivo, fundo de pintura e pintura final.

Por outro lado o chassi também recebia a devida atenção, com o mesmo capricho dispensado na carroceria. O Carlos cita o escapamento que nos catálogos de peças mostra outro desenho que não é o mesmo do escape Kadron. Os primeiros Puma de 1968 a 1970 tinham o escapamento fabricado na própria fabrica, com o abafador por cima dos tubos (aranha), conforme existe no catálogo de peças. Depois a Kadron começou a fabricar o modelo por todos conhecidos, mas o catálogo de peças de 1970 a 1975 não foi alterado o desenho, apenas complementado com algumas peças a mais. Somente no catálogo 1977 a 1980, o desenho mudou totalmente, inclusive a forma de desenhar, mostrando o escapamento Kadron, como no motor do Almendra.

Todas as fotos são do Almendra que escolheu um belo cenário para compor com seu Puma, parecendo em muitas delas, fotografias em locais da Europa.





É gostoso ver um carro restaurado que pareça exatamente como aqueles que deixavam o concessionário para os primeiros kilometros. No Puma do Carlos não existe nada a mais do que deveria ou poderia ter na época.



Fotos muito artísticas dos detalhes.

Os limpadores com braços originais. Esse tipo de braço foi utilizado em todos os Puma com limpadores cruzados (1967 a 1974 1a. série), mudando somente quando passou a ser limpadores paralelos (1974 2a. série a 1976 1a. série).

Orgulho de ver que nenhum detalhe foi esquecido: Made in Brazil; dobradiças bicudas e pintura em preto fosco automotivo na saída do ar interno.


A tomadas de ar para resfriamento do motor, apelidadas de "tubarão".

A pintura da roda corretíssima para o modelo 1973 em diante. Apesar do mesmo modelo de roda em 1972, a pintura tinha algumas diferenças em relação ao 1973.

E nem precisa falar da parte interna, seguiu a mesma linha geral dos trabalhos.

Apenas o volante que está com o modelo do ano de 1972. No ano de 1973 o volante era o mesmo desenho, porém 20 milímetros maior de diâmetro, de 320 mm para 340 mm. Isso não afeta em nada o primor do trabalho, apenas uma citação para que não haja ensinamento errado, porque esse Puma será mais um que servirá como referência. Perfeito nos botões, painel, instrumentos e até no Toca-fitas, seguindo os passos do mestre, que adora ver em console de Puma o famoso Mitisubishi.





