sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Puma pelo mundo - GTE 1970 The First

Outro dia vi no E-bay este Puma GTE 1970. Pouco falam no site alguma coisa do veículo...
...Mas notamos tratar-se do primeiro modelo GTE fabricado para a exposição em New York em 1970 ou pelo menos uma cópia fiel.
A configuração do "S" da inscrição do logotipo indica ser um motor com preparação, com bem mais HPs. No catalogo Puma GTE 1970 a indicação de potência do motor 1600 cc é de 90 HP.
Apenas o espelho destoa do modelo apresentado em N.Y., que era pintado da cor do carro (o espelho direito sabemos que é coisa moderna). Até as lanternas de sinalização laterais são idênticas, aquelas que foram reprovadas pelo departamento de trânsito norte-americano. Por não terem sido de linha, essas raras lanternas não se conseguiria facilmente.
O interior exatamente o mesmo do catalogo, inclusive o rádio.
Fazer uma réplica de um modelo marcado por publicações ou catalogos não é difícil, no antigomobilismo brasileiro já vi muito coisa assim. No norte-americano não seria diferente, afinal todo mundo sempre deseja o carro que foi estrela em algum momento da história. Mas analisando a numeração do produto constante na plaqueta, este Puma certamente é aquele apresentado no salão, com 95% de chances de ser, os 100% só com uma analise mais demorada junto com meu amigo Rossato e a documentação do Registro Puma.
No E-bay junto com as fotos deste Puma estão as fotos do catalogo do GTE 1600 1970, fazendo uma associação ao carro. O Puma do catalogo é o mesmo que foi para N.Y., claro que sem o espelho para ser fotografado. Outro fato que no catalogo existe uma foto do painel que não parece o console e outro do interior já com o console, que foi criado para o modelo exportação.
E abaixo, uma parte da reportagem da Veja sobre o Salão de N.Y. de 1970.

Catalogo Puma - GTE 1600 - 1970

O catalogo Puma do GTE 1600 de 1970 feito para os produtos exportados era bem completo, com fotos de todos os detalhes e uma ficha técnica rica em informações. A faixa que corta o veículo era uma das grandes novidades no Puma GTE, que primeiramente foi criado para o mercado externo, depois vendido também no mercado interno. Essa faixa caracterizava o modelo exportação, tendo várias combinações, além desta do catalogo, tinha: vermelho e azul com faixa branca; branco, cinza prata e amarelo, todos com faixa preta.
Na ficha podemos notar a especificações das dimensões dos pneus, mas não das rodas. Pela fotos vemos que as rodas tem a mesma largura na dianteira e traseira, ou seja, tala 5,5 polegadas. O Puma saía assim, somente com pneus traseiros mais largos. As rodas de tala 7 polegadas eram opcionais para serem colocadas na traseira, isso a partir de 1971, porque os GTE de 1970 eram como o das fotos.
O catalogo era grande, abrindo em quatro partes, sendo as páginas acima da parte externa e a página abaixo a interna.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Puma pelo mundo

Em abril deste ano publiquei a foto de um Puma na Alemanha aqui. Hoje recebi um e-mail do amigo Jens-Uwe Harder, do Puma Club do Brasil - Germany, dizendo que a foto publicada era do Puma dele, de quando ele comprou. Também me mandou a foto do Puma hoje, já restaurado, como podem ver abaixo o comparativo de antes e depois. Nota-se que o capricho foi ponto alto da restauração, além da bonita cor, parecida com o Azul Alvorada Metálico 1979 Ford.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Puma de amigo - GTE 1973 vermelho

O Puma GTE 1973 é do meu amigo Carlos Almendra de Campinas-SP. O Carlos junto com o Leandro Guilherme são meus pupilos desde 2004, nos grupos de discussão da marca, formados na Internet. É maravilhoso vermos a capacidade do aprendizado dos jovens na restauração e conhecimento de seus carros, afinal eles não viveram a época e nem tem anos de experiência. O Almendra é um desses casos, porque fez um excelente trabalho de restauração, obedecendo os mínimos detalhes de originalidade, um aluno exemplar, se é que posso chamá-lo de aluno, talvez eu tenha sido apenas um orientador. Parabéns Almendra.
Tudo começou assim, com o Puma precisando de uma grande reforma e algumas correções de originalidade.
O processo de pintura com as etapas de raspagem, laminação, aplicação de fundo isolante e corretivo, fundo de pintura e pintura final.
Por outro lado o chassi também recebia a devida atenção, com o mesmo capricho dispensado na carroceria. O Carlos cita o escapamento que nos catálogos de peças mostra outro desenho que não é o mesmo do escape Kadron. Os primeiros Puma de 1968 a 1970 tinham o escapamento fabricado na própria fabrica, com o abafador por cima dos tubos (aranha), conforme existe no catálogo de peças. Depois a Kadron começou a fabricar o modelo por todos conhecidos, mas o catálogo de peças de 1970 a 1975 não foi alterado o desenho, apenas complementado com algumas peças a mais. Somente no catálogo 1977 a 1980, o desenho mudou totalmente, inclusive a forma de desenhar, mostrando o escapamento Kadron, como no motor do Almendra.
Todas as fotos são do Almendra que escolheu um belo cenário para compor com seu Puma, parecendo em muitas delas, fotografias em locais da Europa.
É gostoso ver um carro restaurado que pareça exatamente como aqueles que deixavam o concessionário para os primeiros kilometros. No Puma do Carlos não existe nada a mais do que deveria ou poderia ter na época.
Fotos muito artísticas dos detalhes.
Os limpadores com braços originais. Esse tipo de braço foi utilizado em todos os Puma com limpadores cruzados (1967 a 1974 1a. série), mudando somente quando passou a ser limpadores paralelos (1974 2a. série a 1976 1a. série).
Orgulho de ver que nenhum detalhe foi esquecido: Made in Brazil; dobradiças bicudas e pintura em preto fosco automotivo na saída do ar interno.
A tomadas de ar para resfriamento do motor, apelidadas de "tubarão".
A pintura da roda corretíssima para o modelo 1973 em diante. Apesar do mesmo modelo de roda em 1972, a pintura tinha algumas diferenças em relação ao 1973.
E nem precisa falar da parte interna, seguiu a mesma linha geral dos trabalhos.
Apenas o volante que está com o modelo do ano de 1972. No ano de 1973 o volante era o mesmo desenho, porém 20 milímetros maior de diâmetro, de 320 mm para 340 mm. Isso não afeta em nada o primor do trabalho, apenas uma citação para que não haja ensinamento errado, porque esse Puma será mais um que servirá como referência. Perfeito nos botões, painel, instrumentos e até no Toca-fitas, seguindo os passos do mestre, que adora ver em console de Puma o famoso Mitisubishi.

Foto do dia

A diretoria do Puma Club Club do Brasil - Curitiba em visita ao 4° Aniversário do Puma Clube, no evento "Homenagem a Anisio Campos", realizado dia 3 de agosto de 2010 em São Paulo -SP.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Puma de corrida - Espartano N° 60 (5)

O agora conhecido Puma Espartano # 60 do meu amigo Fernando La Rocque no detalhe lateral. As rodas "tijolinho" aro 14 eram largas na frente, talvez 7" e no mínimo 9" na traseira. A data a mesma das outras fotos: 1972.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Puma de amigo - GTE 1978

Esse Puma GTE 1978 foi do meu amigo Edson Gonçalves dos Santos. Ele comprou em 1991 nesse estado. Apesar de não parecer um brilhante Puma, ele era único dono, tinha manual e chave reserva original e um "senhor" motor 1.800 cc, além da barra estabilizadora traseira. O Edson nem chegou a reformá-lo, mas me disse que andava muito. Logo vendeu para uma pessoa de Fortaleza. Atualmente as únicas coisas que sabemos sobre o Puma: que não é mais dessa cor e seu excelente motor foi retirado do carro para servir em outro.
O motor 1.800 cc era composto de dupla Webber 40; três radiadores de óleo, totalizando 6 litros de óleo para refrigeração; comando P3; cabeçotes rebaixados e refluxados; válvulas maiores; molas mais duras nos balancins.

Catálogo de Fornecedores Puma - Metagal

A Metagal fabricante de espelhos retrovisores, dos quais o modelo "raquete" utilizado na linha Puma, tinha um catálogo com os modelos que fabricava no começo dos anos 80. Aqui a imagem da capa do catálogo onde aparece o retrovisor externo modelo Flag aparecendo um Puma com retrovisor raquete.