A matéria a seguir traz na primeira parte a história dos primeiros freios a disco feitos para os carros com mecânica VW e rodas cinco furos. A segunda parte, um passo a passo de como construir seu freio a disco, sem comprometer o visual antigo do veículo.
1a. Parte - Freio a disco RetsanPor volta de 1968, a empresa Retsan localizada no bairro de Pinheiros em São Paulo, começou a fazer os freios a disco dianteiros para Fusca, Karmann Ghia e Puma, que na época tinham a suspensão por embuchamento e freios dianteiros por lona. A Retsan pegou o disco de freio do recém lançado Ford Corcel, juntamente com o suporte e pastilhas, fez um novo cubo de fixação das rodas e aplicou na suspensão VW. Como o Corcel utilizava rodas aros 13", mesmo com o freio Retsan, poderia ser utilizada rodas 13" nos VW, porque o disco entrava na roda. Em 1969 a VW lançou o VW 1600 4 portas com freio a disco na dianteira e rodas quatro furos. A suspensão era nova também. Em 1970, a vez da Variant e Karmann Ghia conter o equipamento, consequentemente o Puma também recebeu essa melhoria. Só que por utilizarem rodas aro 15 “, os discos eram maiores e as rodas de aro 13" não entravam nesse disco. Além disso, esses discos não serviam na suspensão antigo, porque os braços eram diferentes. Assim a Retsan continuou fazendo seus freios, com os pequenos discos do Corcel e para suspensão VW antiga, só que agora para receber rodas de quatro furos. E foi nessa onda que adquiri os freios Retsan, porque queria utilizar rodas de aro 13". Nas fotos abaixo vemos o freio Retsan completo.
Discos, pinças e pastilhas do Corcel, cubo Retsan. Funcionava perfeitamente.
O rolamento era o mesmo utilizado no Fusca antigo.
2a. Parte - Adaptação caseira
Hoje em dia, muito diferente da época em que comprei os freios Retsan, as pessoas desejam a segurança por usarem seus antigos no dia a dia, mas não querem o comprometimento visual, tendo que alterar as rodas de cinco furos para quatro. Nesse contexto fui buscar com meus gurus a solução. Não precisei pesquisar muito, porque lembrei do projeto de um amigo. Lá fui eu conversar com meu amigo Waldomiro Blasi, mecânico-engenheiro autodidata. Ele desenvolveu uma solução há algum tempo e passou todo o projeto para quem quiser executar.
Receita: Retiram-se os tambores de freios dianteiros e traseiros completos e GUARDE-OS! Um dia poderá voltar ao original. Compre quatro tambores de freio cinco furos, somente as panelas e mande-as tornear para retirar a espessura que se encosta às lonas. Compre quatro discos de Fiat 147 e formará o conjunto abaixo.
Repare que a panela de VW (D), depois de retirada a aba virou um disco.
A panela vai encaixada no disco de freio, mantendo a mesma bitola original do seu VW ou Puma.
Compre quatro pinças de freio e pastilhas do Corcel 1 (difícil de encontrar) ou uma melhor opção as pinças traseiras do Chevrolet Kadett. Na figura abaixo vemos a pinça do Corcel colocada e perfeitamente funcional, sem esbarrar em nada.
A pinça completa com o suporte das pastilhas.
Mas a pinça do freio traseiro do Kadett é melhor por ser mais fácil de achar a reposição das pastilhas e por ter o sistema de freio de mão, pois estávamos falando de colocar freio a disco nas quatro rodas. Talvez a pinça do Santana ou outra também sirva, questão de medir, mas se colocar a disco na traseira, importante não esquecer do freio de mão, porque as pinças dianteiras não contam com esse sistema.
Complementando a adaptação, troque o cilindro mestre por outro do VW Brasília, porque além de ser maior (19 mm), tem duplo circuito. Se optar por colocar freio a disco na traseira, deverá retirar a válvula do cilindro mestre do circuito traseiro e instalar uma válvula sextavada de redução de pressão do freio do VW Gol para o circuito traseiro. Os rolamentos, manga de eixo etc., continuam os mesmos originais.
Pronto, você pode ter freio a disco nas quatro rodas sem comprometer o visual, até para quem tem Fusca e quer andar sem calota.
Com o interior também projetado. Vocês esqueceram, porque publiquei esta foto há algum tempo.
E para realçar mais, a foto colorida do painel do outro protótipo, que ainda não tinha a saída de ar no painel e o radio era sobreposto.
O detalhe do painel de metal frisado e cromado, parte de madeira em jacarandá e a saída de ar do painel, oriunda do JK, controlada sua abertura pelo botão ao lado.
Discos, pinças e pastilhas do Corcel, cubo Retsan. Funcionava perfeitamente.
O rolamento era o mesmo utilizado no Fusca antigo.
2a. Parte - Adaptação caseira
Repare que a panela de VW (D), depois de retirada a aba virou um disco.
A panela vai encaixada no disco de freio, mantendo a mesma bitola original do seu VW ou Puma.
Compre quatro pinças de freio e pastilhas do Corcel 1 (difícil de encontrar) ou uma melhor opção as pinças traseiras do Chevrolet Kadett. Na figura abaixo vemos a pinça do Corcel colocada e perfeitamente funcional, sem esbarrar em nada.
A pinça completa com o suporte das pastilhas.
Mas a pinça do freio traseiro do Kadett é melhor por ser mais fácil de achar a reposição das pastilhas e por ter o sistema de freio de mão, pois estávamos falando de colocar freio a disco nas quatro rodas. Talvez a pinça do Santana ou outra também sirva, questão de medir, mas se colocar a disco na traseira, importante não esquecer do freio de mão, porque as pinças dianteiras não contam com esse sistema.
Complementando a adaptação, troque o cilindro mestre por outro do VW Brasília, porque além de ser maior (19 mm), tem duplo circuito. Se optar por colocar freio a disco na traseira, deverá retirar a válvula do cilindro mestre do circuito traseiro e instalar uma válvula sextavada de redução de pressão do freio do VW Gol para o circuito traseiro. Os rolamentos, manga de eixo etc., continuam os mesmos originais.
Logo em primeiro plano, em cima da "cegonha", vemos um GTE Exportação, assim batizado por ter motor com mais potência. Era identificado pela faixa esportiva que vinha da frente do Puma, pela parte inferior, subindo no meio do carro, cortando o teto até o outro lado. Essa faixa se tornou um ícone de esportividade em Puma. A cor da faixa na maioria dos casos era preta, podendo ser vermelha em Puma na cor azul metálico e branca na cor vermelha.
Interessante a faixa colocada no caminhão "cegonha" com os dizeres: “ESTAMOS EXPORTANDO O PUMA - NUNCA DUVIDE DO BRASIL”. Propaganda para a Puma, mas também uma mensagem nacionalista, muito comum naqueles tempos, onde o governo militarista impunha o nacionalismo a todo custo, divulgando a frase “Brasil, Ame-o ou Deixe-o”.
O caminhão "cegonha" era o valente FNM, fênêmê para os íntimos, um peso-pesado na época, fabricado por uma indústria brasileira.
Já pensaram uma carreta dessa carregada com nove Puma zero quilometro? Hoje seria a felicidade de muito "marmanjão".
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Bem que a notícia poderia ser atual, a única coisa que mudou em São Paulo foi a extinção da fabrica Puma. O ocorrido da foto aconteceu no verão de 1981, onde a Puma perdeu milhares de cruzeiros nas instalações e produtos ali contidos.
As fotos do belíssimo GTE Spyder 1971 no lançamento em dezembro de 1970. Essas minhas fotos estavam no fundo do "HD", esquecidas e o meu amigo Claude Fondeville me enviou, fazendo lembrar delas e prestar a devida homenagem, em pleno verão, do mais lindo conversível brasileiro. Muitos na época odiaram o aerofólio traseiro, hoje tão cobiçado. Tanto que se o cliente não quisesse o aerofólio o Spyder vinha sem. No ano seguinte, este ficou mais baixo, largo e comprido, continuando com a mesma opinião pública: odeie ou ame-o. Eu particularmente prefiro o modelo do primeiro (foto abaixo), muito mais harmônico com as linhas do Spyder.
Eu sei que na era da informática, ver fotos em preto e branco não é muito agradável, então vai a foto colorida do primeiro Spyder, que pertenceu ao jogador Clodoaldo do glorioso Santos Futebol Clube e da Seleção Brasileira Tri-campeã do Mundo em 1970.
"Boa noite Felipe, envio a reportagem do jornal EXTRA que aconteceu com o meu Puma aqui do Rio de Janeiro. Esta matéria foi a primeira para apresentação do veículo Puma da coleção promocional do jornal. Imagina como o felino está metido agora ! Abração, Claude Fondeville"
A promoção do Jornal Extra para o Estado do Rio de Janeiro e Juiz de Fora está chegando ao fim para receber a miniatura Puma. Infelizmente esta promoção é dirigida apenas a estes locais, onde poderão ser trocadas as cartelas com o selos colados. Mesmo que se compre o jornal em outros Estados, a troca somente deverá ser realizada nos locais dentro da promoção.
O Aluisio Martinez foi o segundo colocado no Presente de Natal do Puma Classic, com a pintura dos Puma tipo viatura da Polícia paulista, recebendo a camiseta do evento "Puma 45 anos - VI Encontro Nacional do Puma", realizado em Foz do Iguaçu-PR e promovido pelo Puma Club do Brasil - Cataratas.
O nosso amigo Maurício de Morais continua fazendo suas gravuras, lançando agora em 2010, o lindo Puma GTB.
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Lá do fundo do baú do nosso amigo Ronaldo Brochado, a foto de um GTE 1972 na Europa, com o escocês voador Jackie Stewart ao volante. Nada como um veículo recém fabricado, tudo novo e com qualidade, a perfeição dos ajustes de porta, as linhas e os vincos da carroceria na maior perfeição... E o que falar das rodas, sem nenhum risco e com a pintura que há dias coloquei no quebra-cabeça.
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"Boa noite Felipe,.png)
O Puma GTE 1973 é do meu novo amigo Marcos Vianna de Jundiaí-SP. Prima pela originalidade e detalhes da época. Um senão é quanto as bolhas dos faróis e entrada de ar sem divisão, que no modelo 73 ainda tinham, mas Marcos diz que, como segundo dono, não fez nenhuma modificação e não existem marcas de lanternagem. No restante este carro é excepcional. A cor Azul Astral metálico, código L-1314, da linha VW TL / SP-1 / SP-2, ainda é a mesma de quando saiu da fábrica.
No motor, a torre de acionamento dos carburadores já não é a mesma original, nem os elementos dos filtros de ar, mas são detalhes que não comprometem a qualidade do veículo e fáceis de voltar a originalidade.
A pintura do tanque de combustível está na exata cor original...
...E o estepe, ainda tem o famoso pneu Pirelli Cinturato 165x14, de perfil padrão (80).
Painel liso, tudo funcionando, console com cinzeiro de Kombi (que nos Puma foi de 71 a 73), tudo corretamente no lugar.
Muito contra a vontade, Marcos colocou o Puma para venda por motivos alheios a sua vontade e não pede um absurdo, afinal o GTE é muito integro. Para saber mais entre em contato comigo pelo felipe@pumaclube.com.br.
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