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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Número do Produto e Linha de Produção

Sobre o número do produto falamos anteriormente em Número do produto Puma, e lá é explicado porque esse número existia, coisas da fibra de vidro. Interessante ressaltar que as carrocerias ficavam expostas ao tempo para a cura completa da resina de poliéster durante alguns meses. 
Vejam que as carrocerias estão marcadas com o n° do produto

Claro que no começo da produção de 1968, esse tempo deve ter sido reduzido e muito, pois eles tinham pressa em montar os veículos para venda e ganhar dinheiro para pagar as contas, que quem tem empresa sabe que elas não param.  
Dispostas assim para a secagem, quando pegavam para a montagem, respeitavam as datas, mas não a numeração. Isto porque as primeiras devem ser as de baixo e as últimas as de cima em uma leva fabricada na mesma semana. Então a ordem era a que já estava em seu tempo correto e que estava mais fácil.
Com isso, a ordem de produção não era exatamente pelo número do produto (n° da carroceria) e sim, a ordem escrita no Livro de Registro de saída e posterior faturamento (nota fiscal).  
Vejam o exemplo abaixo extraído do Livro, gentilmente cedido pelo amigo Rubens Rossato:
O n° 17 foi o décimo primeiro a ser entregue. Já o n° 5 foi o décimo segundo a ganhar as ruas.
Em alguns momentos desses seis anos de Puma Classic e dos doze "pregando" a originalidade, devo ter falado que até o n° 50 do Puma GT VW utilizava painel de metal e a partir daí utilizando o painel de imitação de madeira. Mas esta afirmação está incorreta. Depois de conhecer exatamente os registros, analisamos que não podemos fazer uma afirmação desta, pois a metodologia de fabricação aplicada, não consistia na formalidade de sequência dos números. Neste caso, a matéria sobre o Painel do Puma GT 1968 de março de 2012, ainda é válida, pois não cita número e apenas a identificação da carroceria. Se tiver a tubulação de ar (laminada internamente) direto ao painel, utiliza painel de metal. Se esta for direto junto ao para-brisa é painel de madeira.
Outro caso já citado no Puma Classic é quanto aos quadros de vidros das portas, que no catalogo de peças do concessionário Puma cita que a partir do n° 250, houve mudança nos quadros. Isto é válido, pois a Puma ressaltou a mudança, colocando um ponto inicial e término para tal peça. Se não fosse isso, dificilmente poderíamos identificar esse tipo de mudança, ao contrário do painel que altera peças incorporadas na carroceria.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

GTB S2 - Produção total

 Esse GTB S2 certa vez foi fotografado no Encontro da Estação da Luz. O seu proprietário, Rafael Moreira acompanha o Puma Classic e me escreveu citando um curiosidade sobre o Certificado do Registro de Fabricação, emitido pelo meu amigo Rubens Rossato.
A reclamação do Rafael é que gostaria de saber a cor original do seu carro e o certificado não veio com todos os dados, que segundo o Rossato, em 1984, a fabrica já não marcava mais todos os dados no livro de registro devido a mudança de endereço.
Realmente, em fase terminal, a Puma só cumpria suas obrigações com a legislação, que obriga o registro de chassis, motor e modelo ao fabricante. Aqueles complementos como número de caixa de câmbio, de eixos, cor e para quem foi vendido, não existiam mais funcionários para esse levantamento e anotação. Tudo era anotado na caligrafia, ou seja, a mão!
O que mais me chamou atenção foi o número do produto, 940, provando assim que até o momento sabemos que foram produzidos 940 unidades. Nas muitas tabelas circulantes na Internet, esse número mal passa dos 900, em todas, a afirmação é de 888 GTB S2 produzidos e nenhum em 1984.
Somente o Rossato teria condição de fazer esse levantamento corretamente baseado nos registros, mas esse trabalho é árduo. Os registros não estão agrupados por modelo. Mas um número mais fiel seria ver o último n° de chassis fabricado, não seria 100%, porque podem existir lacunas entre essas numerações, já que a Puma vendia chassis separadamente para reposição, assim como carrocerias, nas quais nasciam o número do produto.  
Isso mostra que esse número pode até passar dos 940, porque eu conheço pelo menos quatro GTB S2 do ano de 1984.
Quando falo que a Puma produziu mais de 23.000 veículos ao longo dos 34 anos de existência - incluindo a fase paranaense - não estou tão errado assim. Outro dia descobrimos a respeito da produção do GTB, que já está em 710 e não 701 como informam as tabelas. 

segunda-feira, 21 de março de 2011

Reportagens - Na Puma, a Tecnologia Nacional

A reportagem publicada na revista Autoesporte de outubro de 1974 traz a biografia da Puma Veículos e Motores Ltda.
Essa vale ser lida e respeitada, por ser correta e mencionar tudo que a Puma fazia naquele tempo. Claro que tempos depois fez muito mais.
O quadro de produção Puma publicado na matéria serviu muito tempo como referência, apenas o GT Malzoni que menciona a produção de 35 veículos, na verdade foram 50 GT Malzoni, como não existia registro, o numero correto só apareceu corretamente muito tempo depois, com o levantamento da numeração dos chassis fabricados. Outro fator importante é a relação das exposições que a Puma participou pelo mundo, além da pequena foto da linha de produção do GTE Spider (foto de 1972), sendo que aparecem dois com capota rígida. Como se vê, o Spider capota rígida era produzido com o equipamento e não colocado depois, confirmando a afirmação do Celso de Jundiaí-SP, possuidor de um GTS Capota Rígida desde zero km, que esperou o carro ser produzido para recebê-lo e não apenas colocaram a capota depois do Puma pronto. Mais uma vez obtive ajuda do meu amigo Mário Estivalét para conseguir a reportagem.