Já mostramos outro GTS 1980 monocromático aqui, do meu amigo Ricardo Gurgel. Hoje outro GTS idêntico do amigo Paulo de Lucca. Ele restaurou o Puma com muito esmero e foi meticuloso nos detalhes.
A preocupação com a originalidade foi total e as informações do Puma Classic lhe ajudaram principalmente naqueles detalhes pouco divulgados ou desconhecidos.A capota bege, como manda a originalidade dá um toque muito especial a cor branca.
De capota levantada ...
... Ou de capota arreada, o Puma chama atenção pelo incomum das cores dos tecidos e lona.
As rodas foram polidas pelo Henrique do Ipiranga, mestre no assunto. Faltou apenas o friso do para-brisa pintado de preto para ficar extremamente correto nesta visão, pois emblema, lanternas frente e laterais, espelhos, maçanetas, etc., tudo como saiu de fabrica.
Neste ângulo, mais perfeito ainda, emblemas e dobradiças na cor preta, lanternas bi-colores (vermelha também na luz de direção) e escapamento Kadron.
A traseira do GTS após 1977 foi um dos melhores desenhos da Puma, principalmente de capota abaixada.
Entrando no coração do felino...
... Vemos muito cuidado com as peças que compõe o motor. Apenas não gostei de um detalhe bobo, mas eu não gosto, a bobina azul. Aliás só gosto da bobina na cor prata normal, nem as capas cromadas eu admiro, em um hot talvez. O sistema de acionamento dos carburadores com suporte original a partir de 1979 e faltou o distribuidor centrífugo, que a cada dia está mais raro.
Os suportes dos filtros de ar dos carburadores originais com a mensagem Puma.
Além de ser primoroso no cuidado da restauração, o Paulo também é um bom fotografo.
Em cada canto houve uma preocupação com a restauração original, sem inventar novas formulas para detalhes que alguns nem ligam. Um detalhe curioso é a pintura do tanque de combustível. Na época jamais veríamos algo tão brilhante como este está, tudo culpa da tecnologia, que deixou as tintas fabulosamente melhores e até simples peças podem ter um acabamento exemplar. Vocês acham que lá nos anos 80 o pintor pintaria o tanque com base duco e ficaria polindo para puxar o brilho? Que nada, pintava-se na base esmalte sintético automotivo, que levava 12 horas para secar e já ficava brilhante, mas nunca com um acabamento como este.
A fivela do cinto para prender o estepe percebe-se que foi zincada recentemente, mas tem marcas do passado, mesmo assim está perfeita limpa e sem marcas de ferrugem, esta é a preocupação da boa restauração. Utiliza-se peças originais, que são recuperadas sem que as modifique ou altere seu visual.
Os difíceis de achar espelhos "raquete" utilizados no Puma a partir de 1979. O Paulo suou a camisa para achá-los.
Entrando no Puma...
...As laterais com costura eletrônica na cor do monocromático. Detalhes de maçanetas também na mesma cor. O botão giratório da trava da porta como ele sempre foi: de alumínio e com a inscrição "trava".
Os bancos foram restaurados conforme os desenhos e tecidos originais.
Na entrada a soleira de porta, de borracha na cor marrom monocromático. Os reguladores de inclinação dos bancos poderia ser o de avanço rápido (Dogde) ou este milimétrico (Opala) que foi introduzido na linha Puma em final de 1979.
Como o encosto não pode ser levantado pelo reclinador como no modelo de avanço rápido, o milimétrico conta com uma trava de encosto para liberá-lo quando se quer puxá-lo para frente. Esta trava é do Dogde.
Os cintos originais com emblema Puma e na cor monocromática.
O painel foi todo refeito, assim como os instrumentos do painel. Botões na correta cor marrom.
As chaves com um belo chaveiro e logo ao lado, meio escondido, o botão do zerador do odômetro parcial.
As chaves originais, com a cara da fera.
O painel do modelo a partir de 1979 fica muito bonito na cor marrom, sóbrio e sofisticado.
O detalhe do som da época, twitter corneta da Selenium e toca-fitas TKR cara preta. Bolota do cambio mais moderna, mais confortável que as originais iguais do VW Brasilia monocromático.
Volante certíssimo, botão da buzina também, só com a inscrição PUMA.
Os instrumentos também monocromáticos restaurados na MIP.
Essa foto muita gente vai chorar, porque precisam desses interruptores e não encontram, ainda mais monocromático. As teclas utilizadas no Puma eram fabricadas por uma empresa que também vendia para os ônibus Marcopolo e para a Gurgel. Estão aí as dicas para procura em ferro-velho.
O botão de abertura do capô seguindo a linha de cor...
...E o botão da abertura do capô traseiro. O carpete buclê marrom é uma boa reprodução que o Paulo encontrou, já que a Tabacow não faz mais nesta cor.
Até a borrachinha do espelho retrovisor interno ele se preocupou em colocar e fotografar...
... Em dois ângulos.
O para-sol na mesma cor do interior do carro, assim como o acabamento onde encosta o cajado.
As simpáticas lanternas laterais introduzidas na linha Puma em 1979, vieram do Alfa Romeo 2300B, que tinha desde 1977.
Abaixo o Puma sendo restaurado o interior e capota na Fran-Cap, do França, sempre fumando... Lembrando, a lona desta capota é original, a mesma utilizada em Jipes e outros na época.
Um excelente Puma que retorna as ruas, para junto com tantos outros que passaram por aqui, enobrecer o nome daquela que foi a pequena grande fabrica de automóveis brasileira.