GTE 1978 de Luís Claudio de Petrópolis-RJ |
Acontece que as borrachas produzidas atualmente não tem a mesma qualidade das originais, talvez pelo motivo de baratear os custos. Não sei qual a razão de custos baixos, porque quem está disposto a restaurar um automóvel, quer com qualidade. E carro "velho" não está mais nas mãos de pessoas sem condições financeiras, ainda mais com Puma, que não serve para o trabalho, por se tratar de um esportivo. Quem paga R$ 150,00 ou mais por uma borracha nova de má qualidade, preferia muito mais pagar R$ 250,00 por uma borracha idêntica a original, com excelente qualidade. Quem fabrica a ruim, tem o ferramental, consegue perfeitamente fabricar a boa, é só uma questão de custo final do produto.
Para terem ideia, o meu Puma restaurado há oito anos, continua com a borracha do para-brisa original de 39 anos. A borracha nova, não segurava o friso do para-brisa, por ter o vinco raso demais. No GTS da minha esposa, a borracha original teve que ser sacrificada, não teve jeito. Com a colocação da borracha nova, ela não segurava o para-bisa no lugar, por ser mole demais, ficou com um calço por algum tempo para segurar o vidro. Apesar de trocar de fabricantes de borrachas, o problema continuava, só trocando os problemas. A solução foi colocar uma borracha original, que algum proprietário largou no vidraceiro.
Todas as borrachas de todos os modelos Puma são EXCLUSIVAS, não sendo de nenhum outro veículo nacional ou estrangeiro, portanto, não dá para fazer adaptações e mesmo cortando e emendando a borracha, o resultado nunca é satisfatório.
O meu conselho é tentar preservar ao máximo as borrachas originais, quando estas foram mesmo originais.
Outro problema encontrado na colocação das borrachas são os encaixes na carroceria. Podem ter sofrido ação de lanterneiros e acabam não encaixando perfeitamente. Na fibra, as vezes os funileiros/lanterneiros, passam a massa plástica e deixam nos cantos ou no friso dos encaixes, ocasionando a deformação da borracha. É muito importante numa boa restauração montar todo o veículo antes da pintura, fazendo assim todas as correções necessárias, furos, cortes, etc. Além disso, o profissional trabalha mais confortável, não se preocupando de riscar o carro. Uma vez tudo ajustado, desmonta-se e vai para a pintura. Depois na montagem final, tudo fica mais fácil, porque está tudo ajustado e furado.
Esse processo é primordial para quem não tem as borrachas dos vidros originais, porque nessa montagem preliminar, as possibilidades de ajustes para borrachas porcarias ficam maiores.